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sábado, outubro 13, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 254]

Abaixo, trecho da entrevista que o psicanalista inglês, Adam Phillips, concedeu à revista Veja, na edição 1793, de março de 2003:

Por que o número de cirurgias plásticas e implantes de silicone não pára de aumentar?
Phillips – Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas. Há uma enorme sensação de invisibilidade. Todo mundo acha que ficou de fora de algo, mas não sabe do que exatamente. É como se sempre houvesse uma festa imperdível em algum lugar e ninguém conseguisse encontrar o local. A obsessão por beleza reflete a necessidade de ser amado e aceito.

Essa necessidade é maior hoje do que era no passado?
Phillips – Na cultura atual, parece que há apenas dez pessoas que realmente estão vivendo. São as celebridades. O resto encontra-se num nível bem mais baixo. Isso tudo é um absurdo sem tamanho. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada. Esse estado de coisas deixa muita gente enfurecida e infeliz.

Por que mulheres e homens parecem totalmente obcecados por dietas de emagrecimento e exercícios?
Phillips – É uma nova versão do que Freud chamou de histeria. Mas, desde que ele escreveu sobre o assunto, as coisas pioraram. Todos devem estar se sentindo muito enfermos e vulneráveis para se preocupar de forma tão doentia com a saúde. O sexo é outro assunto preocupante. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados com o estilo de vida que levamos.

Isso tem relação com o número de casos de depressão?
Phillips – Muitas pessoas conseguem suportar o mundo contemporâneo apenas num estado de depressão. Se não estivessem assim, ficariam enfurecidas e tentariam mudar o mundo. Hoje trabalhamos e produzimos numa velocidade que impede a reflexão sobre o significado de nossa vida. Estamos hipnotizados. Vivemos em sociedades em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos, mais importante ser famoso do que amar. Isso é enlouquecedor. Estamos todos muito sós e famintos de contatos eróticos que sejam genuinamente criativos.

O que é depressão?
Phillips – Para muita gente, é melhor estar quase morto que totalmente vibrante diante de uma situação difícil. A depressão funciona como um escudo para evitar situações conflituosas. Esse tipo de comportamento certamente aumentou. Dito isso, sofremos de outro tipo de problema. É a indústria do diagnóstico. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.

Muitas crianças têm agenda lotada de compromissos. Há tempo para ser criança no mundo atual?
Phillips – Com certeza, não. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar. Há grande ansiedade da parte dos pais em relação ao futuro. Essa pressão está literalmente enlouquecendo muitas crianças. A decisão sobre a profissão está acontecendo cada vez mais cedo. No século XIV, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: "ser rico e famoso". Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.

Do ponto de vista dos pais, não é legítimo o desejo de sucesso e riqueza para os filhos?
Phillips – Claro. Não acho que as crianças deveriam ser educadas para se tornar revolucionárias. Mas é possível melhorar o que temos. Os pais devem ter como objetivo garantir o futuro de seus filhos e, ao mesmo tempo, deixá-los mais à vontade, com mais tempo e espaço para ser menos focados, menos objetivos. Adiar as decisões sobre o futuro, dar tempo ao tempo.

O senhor consegue atingir esse equilíbrio com sua filha de 8 anos?
Phillips – Acho que sim. Não fico tentando entender tudo que minha filha faz e diz. Estou mais preocupado em que se divirta. Não acredito num planejamento milimétrico para o futuro de uma criança, como se tudo pudesse ser programado.

Há alguns anos se fala da necessidade de dar limites aos filhos. Por que os pais acham essa tarefa tão difícil?
Phillips – É assim porque os pais não acreditam nos limites. É preciso acreditar neles para que funcionem. A cultura em que vivemos não facilita esse trabalho. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.

Como os pais podem resolver esse problema?
Phillips – Resolver o problema é algo muito ambicioso. O que podemos fazer é instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos. O que está a nosso alcance é ensiná-los a ser críticos. Mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas. Será que realmente precisamos de tal coisa? Será que é a melhor opção? Será que tal comportamento é o melhor? Outro problema é a incapacidade dos adultos de ser adultos. Os pais também devem aprender a ser odiados pelos filhos em algumas ocasiões. Muitas pessoas têm filhos porque acham que o nascimento deles é uma garantia de que serão amados de forma incondicional e eterna. Por isso, têm receio do ódio e da desaprovação deles. Tratam crianças como se fossem adultos. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.

Os remédios e as terapias alternativas estão acabando com a psicanálise?
Phillips – A psicanálise está apenas começando. A experiência de ser ouvido é muito poderosa. Definitivamente, tem efeito benéfico. É verdade que num mundo ideal ninguém precisaria de analista. O diálogo com os amigos daria conta do recado. O problema é que não temos a coragem de contar certas coisas aos amigos. Outras podemos até contar, mas os amigos não sabem como ajudar.

Os amigos, pelo menos, não cobram uma exorbitância para ouvir, não é verdade?
Phillips – Essa crítica é totalmente válida. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo "se um produto é caro, então é bom". Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 238]

O inimigo interno

Nasrudin viu um homem sentado na beira de uma estrada, com ar de completa desolação.
- O que o preocupa? – quis saber.
- Meu irmão, não existe nada interessante na minha vida. Eu tenho dinheiro suficiente para não precisar trabalhar, e estava viajando para ver se havia alguma coisa curiosa no mundo. Entretanto, todas as pessoas que encontrei nada tem de novo para me dizer, e só conseguem aumentar meu tédio.
Enfim: posso dizer sem qualquer medo que apesar de tudo que fiz, não consegui encontrar a paz que buscava. Transformei-me em meu pior inimigo.
Na mesma hora, Nasrudin agarrou a mala do homem, e saiu correndo pela estrada. Como conhecia a região, rapidamente conseguiu distanciar-se dele, pegando atalhos pelos campos e colinas.
Quando se distanciou bastante, colocou de novo a mala no meio da estrada por onde o viajante iria passar, e escondeu-se por detrás de uma rocha. Meia hora depois o homem apareceu, sentindo-se mais miserável que nunca, por causa do ladrão que encontrara.
Assim que viu a mala, correu até ela e abriu-a, ofegante. Ao ver que seu conteúdo estava intacto, olhou para o céu cheio de alegria, e agradeceu ao Senhor pela vida.
Certas pessoas só entendem o sabor da felicidade, quando conseguem perdê-la”, pensou Nasrudin, olhando a cena.

Copyright © 2010 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sexta-feira, julho 10, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 208]

Yo no soy yo.
Soy éste
que va a mi lado sin yo verlo;
que, a veces, voy a ver,
y que, a veces, olvido.
El que calla, sereno, cuando hablo,
el que perdona, dulce, cuando odio,
el que pasea cuando no estoy,
el que quedará en pie cuando yo muera.
(Juan Ramón Jiménez)


Seja você quem for
agora segurando minha mão,
sem uma coisa há de ser tudo inútil
— é um leal aviso o que lhe dou
antes que continue a me tentar:
não sou aquele que você imagina,
mas muito diferente.

Quem é que gostaria
de vir a ser um seguidor meu?
Quem é que gostaria de lançar
sua candidatura ao meu afeto?

O caminho é suspeito,
o resultado é incerto, destrutivo talvez;
teriam que abrir mão de tudo mais
tendo eu a pretensão
de ser seu padrão único e exclusivo;
sua iniciação haveria de ser ainda assim
extensa e fatigante,
toda a teoria da sua vida passada
e toda conformidade com as vidas em redor
precisariam ser abandonadas;
por isso deixe-me agora
antes de perturbar-se ainda mais,
deixe cair sua mão do meu ombro,
coloque-me de lado e siga seu caminho.
(Walt Whitman, "Leaves of Grass")

domingo, junho 28, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 206]

Vivemos num mundo obcecado pelo barulho, pela velocidade e pela atividade. Vivemos numa época assolada pela cobiça, pela luxúria e pela violência; uma época paralisada pelo medo, pela ameaça, pela desconfiança. E os efeitos de tudo isso são tão graduais que mal os percebemos no dia-a-dia. Com o tempo, porém, eles se tornam dramáticos e até devastadores.
Minhas experiências e reflexões me levam a crer que um dos maiores desafios dos tempos atuais é o modo de vida. No mundo febril de hoje nos deixamos empurrar até o limite - esquecendo-nos de que nossos corpos, corações, mentes e espíritos precisam de tempo para recarregar e ajustar o foco. Investirmos na conquista de um modo de vida equilibrado - que nos permita manter nosso estado natural - é um caminho seguro para a saúde e o bem-estar.
Precisamos de um novo modo de viver. Precisamos de um novo estilo de vida. Nosso estilo de vida é autodestrutivo. Precisamos de um estilo de vida que dê asas ao que há de melhor em nós. Precisamos de um estilo de vida que respeite as nossas necessidades legítimas. Precisamos de um estilo de vida que nos ajude a nos tornarmos a melhor pessoa que podemos ser.

Copyright © 2006 by Matthew Kelly ('O ritmo da vida' - 1.a Edição - Ed. Sextante) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

segunda-feira, junho 01, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 201]

"…a vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas.
Cada pisco é um dia.
Pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre? - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
(Monteiro Lobato; 'Memórias de Emília')

sexta-feira, abril 17, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 194]

Cada segundo que vivemos é um momento novo e único do universo, um momento que nunca mais existirá... E o que é que ensinamos aos nossos filhos? Ensinamos a eles que dois mais dois são quatro, e que Paris é a capital da França.
Quando ensinaremos a eles o que eles são?
Deveríamos dizer a cada um deles: Sabe o que você é? Você é uma maravilha. Você é único. Em todos os anos que se passaram, nunca houve outra criança como você. Suas pernas, seus braços, seus dedos inteligentes, a maneira como você se move.
Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven. Você tem capacidade para qualquer coisa. Sim, você é uma maravilha. E quando crescer, como então poderá fazer mal a uma outra pessoa que, como você, é uma maravilha?
Você deve trabalhar - todos devemos - para tornar o mundo digno de suas crianças.
(Pablo Casals)

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 183]

Os caminhos para encontrar o com 'si mesmo'
(Autora: Silvia Malamud*)

...Todos nós temos habilidades inatas e altamente criativas para trilharmos os caminhos que nos são importantes. Podemos experienciar com validação total, ou seja, nos sentindo ininterruptamente vividos.
Todos podemos ficar imediatamente atentos e largarmos efetivamente mão dos nossos próprios pilotos automáticos saindo dos diversos sistemas hipnóticos em que estamos ousando olhar, acionando simultaneamente a nossa realidade maior. Uma realidade muito mais sagrada do que esse sonambulismo existencial em que multidões sub-vivem.
Podemos pensar em como estamos vivendo e finalmente dirigir os nossos passos para o caminho que nos faz sentido. Por vezes, algumas decisões de vida serão extremamente difíceis de serem tomadas; as nossas vidas, porém, neste intervalo de tempo em que estamos de passagem aqui na Terra, deveriam obrigatoriamente seguir a linha do coração, mesclada às nossas sensações mais viscerais.
Muita gente é infeliz porque nunca se atreve a tomar decisões em suas vidas. Se todos se dessem o espaço para escutar a si mesmos seria um excelente caminho para que a sensação de sentir-se plenamente vivo e livre tomasse verdadeiramente um espaço especial dentro de cada um.
Com certeza, todos estaríamos mais felizes e muito mais conectados com tudo o que existe no sentido mais sagrado que se pode imaginar...

*Silvia Malamud é psicóloga e escritora.

Copyright © 2009 by Silvia Malamud Todos os direitos reservados. All rights reserved.

domingo, setembro 28, 2008

Lições para 'o caminho' [Km 165]

"Muita luz é como muita sombra: não deixa ver."
(Carlos Castañeda)

"O ser incompleto nasce da incessante procura por reconhecimento social."
(Carlos Castañeda)

"Tudo é questão de despertar sua alma."
(Gabriel García Marquez)

"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
(Gabriel García Marquez)

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver."
(Gabriel García Marquez)

terça-feira, junho 03, 2008

Lições para 'o caminho' [Km 162]

Algumas reflexões de Carlos Castañeda (editadas)

Nada é fácil
Nada neste mundo é dado de presente: tudo precisa ser aprendido com muito esforço. Um homem que vai em busca do conhecimento deve ter o mesmo comportamento de um soldado que vai para a guerra: bem desperto, com medo, com respeito, e com absoluta confiança. Se seguir estes requisitos, pode perder uma batalha ou outra, mas jamais irá lamentar-se do seu destino.

O medo é natural
O medo da liberdade que o conhecimento nos traz é absolutamente natural; entretanto, por mais terrível que seja o aprendizado, é pior viver sem sabedoria.

A irritação é desnecessária
Irritar-se com os outros significa dar a eles o poder de interferir em nossas vidas. É imperativo deixar este sentimento de lado. Os atos alheios não podem de maneira nenhuma nos desviar de nossa única alternativa na vida: o encontro com o infinito.

O fim é um aliado
Quando as coisas começam a ficar confusas, o guerreiro pensa em sua morte, e imediatamente seu espírito encontra-se de novo com ele. A morte está em todas as partes. Podemos comparar aos faróis de um carro que nos segue por uma estrada sinuosa; às vezes os perdemos de vista, às vezes aparecem perto demais, às vezes apaga suas luzes. Mas este carro imaginário jamais se detém (e um dia nos alcança). Só a idéia da morte dá ao homem o desapêgo suficiente para seguir adiante, apesar de todos os percalços. Um homem que sabe que a morte está se aproximando todos os dias, prova de tudo, mas sem ansiedade.

O presente é único
Um guerreiro sabe esperar, porque sabe o que está aguardando. E enquanto espera, não deseja nada, e desta maneira, qualquer coisa que receber – por menor que seja – é uma benção. O homem comum se preocupa em demasiado por querer aos outros, ou ser querido por eles. Um guerreiro sabe o que deseja, e isso é tudo em sua vida (e nisso concentra toda a sua energia). O homem comum gasta o presente agindo como ganhador ou perdedor, e dependendo dos resultados, transforma-se em perseguidor ou vítima. O guerreiro, por outro lado, preocupa-se apenas com os seus atos, que o levarão ao objetivo que traçou para si mesmo.

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sexta-feira, novembro 30, 2007

Lições para 'o caminho' [Km 144]

Muitas pessoas entram nos relacionamentos com falsas expectativas. Isso acontece quando queremos que as pessoas façam o que queremos que elas façam, apesar de estarem nos indicando claramente que têm outras intenções... Existem momentos em que esperamos que as pessoas sejam capazes de fazer algo que ainda não estão prontas para fazer... Freqüentemente, as coisas não correm bem nos relacionamentos porque as pessoas pelas quais nos sentimos atraídos estão seguindo outro caminho para atingir um outro objetivo. Cada um de nós tenta convencer o outro a trilhar o caminho que escolhemos. Você deve trilhar o caminho que é verdadeiro para você. O caminho que você escolher não é a verdade absoluta, mas tem que ser verdadeiro para você.
...Você pode amar alguém profundamente, mas tem que aceitar que ele(a) pode não trilhar necessariamente o mesmo caminho que você. Escolheu outro caminho, outra lição, que pode não ser complementar à sua. Aprenda a encarar a verdade!
...A verdade é que duas espigas de milho não crescem no mesmo ritmo. Dois botões de rosa não desabrocham ao mesmo tempo. Pode ser uma corrida cabeça a cabeça, mas todo mundo e todas as coisas se desenvolvem num ritmo próprio. É muito tentador procurar interromper seu próprio crescimento ou insistir que alguém acompanhe o seu ritmo. A verdade é que o crescimento simultâneo é raro nos relacionamentos. Normalmente, as pessoas começam juntas. Uma passa a frente, a outra fica para trás. Em alguns casos a que está na dianteira pode se esticar para trás e puxar a outra para a frente. Na maioria dos casos, a pessoa que se estica para trás diminui o seu ritmo, às vezes até parar. Encontre o seu eixo e mantenha-se firme. Podemos ainda amar a pessoa que está correndo atrás de nós, mas, se ela resolver andar, é nossa responsabilidade com nós mesmos continuar correndo.

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sexta-feira, outubro 26, 2007

Lições para 'o caminho' [Km 142]

"Mudar e melhorar são duas coisas diferentes."
(Provérbio Alemão)

"A mudança não assegura necessariamente progresso, mas o progresso implacavelmente requer mudança."
(Henry S. Commager)

"Comece desafiando suas próprias suposições. Suas suposições são suas janelas no mundo. Esfregue-as de vez em quando, ou a luz não entrará."
(Alan Alda)

"Eu posso mudar. Eu posso viver da minha imaginação ao invés da minha memória. Eu posso me amarrar ao meu potencial ilimitado ao invés do meu passado limitado."
(Stephen Covey)

"O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite."
(Will Garcia)

sexta-feira, março 16, 2007

Lições para 'o caminho' [Km 128]

Os defeitos e as qualidades

Um guerreiro da luz conhece seus defeitos. Mas conhece também suas qualidades.
Alguns de seus companheiros queixam-se o tempo todo: "os outros tem mais oportunidade que nós".
Talvez tenham razão; mas um guerreiro não se deixa paralisar por isto, e procura valorizar ao máximo as suas virtudes.
Sabe que o poder da gazela é a habilidade de suas pernas. O poder da gaivota é sua pontaria para atingir o peixe. Aprendeu que um tigre não tem medo da hiena, porque é consciente de sua força.
Um guerreiro procura saber com que pode contar. Sempre verifica seu equipamento, composto de três coisas: fé, esperança e amor.
Se as três estão presentes, ele não hesita em seguir adiante.


Acreditar sem medo

O guerreiro da luz acredita. Assim como as crianças acreditam.
Porque crê em milagres, os milagres começam a acontecer. Porque tem certeza que seu pensamento pode mudar sua vida, sua vida começa a mudar. Porque está certo que irá encontrar o amor, este amor aparece.
De vez em quando, se decepciona. Às vezes, se machuca.
E então escuta os comentários: "como é ingênuo!"
Mas o guerreiro sabe que vale o preço. Para cada derrota, tem duas conquistas a seu favor.
Todos os que acreditam sabem disso.


A arte de despertar

O guerreiro da luz está agora despertando de seu sono.
Ele pensa: "não sei lidar com esta luz, que me faz crescer".
A luz, entretanto, não desaparece.
O guerreiro pensa: "serão necessárias mudanças que eu não tenho vontade de fazer".
A luz continua lá - porque a vontade é uma palavra cheia de truques.
Então os olhos e o coração do guerreiro começam a se acostumar com a luz.
Ela já não assusta; passa a aceitar sua Lenda, mesmo que isto signifique correr riscos.
O guerreiro esteve dormindo por muito tempo. É natural que vá despertando aos poucos.


Do Breviário de Cavalaria Medieval

Assim diz o Breviário da Cavalaria Medieval:
"A energia espiritual do Caminho utiliza a justiça e a paciência para preparar teu espírito.
Este é o Caminho do Cavaleiro. Um caminho fácil e ao mesmo tempo difícil, porque obriga a deixar de lado as coisas inúteis e as amizades relativas. Por isso, no começo, sente-se tanta hesitação em segui-lo.
Eis o primeiro ensinamento da Cavalaria: tu irás apagar o que até então tinhas escrito no caderno de tua vida: inquietação, insegurança, mentira. E irás escrever, no lugar disto tudo, a palavra coragem. Começando a jornada com esta palavra e seguindo com a fé em Deus, chegarás onde precisas".

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Lições para 'o caminho' [Km 124]

A grande obra-prima
(Autor: Roberto Shinyashiki)

Você é o criador da maior obra do universo: sua vida. A única pessoa que pode dar a sua forma final é você mesmo. No passado, seus pais o criaram com a ajuda de avós, professores e todo o contexto que foi sua infância. Eles o criaram do jeito deles, e fizeram o melhor que puderam. O ruim é quando você simplesmente mantém o que eles fizeram.
A maioria das pessoas é escrava do passado. Vive como se as situações e soluções do passado se repetissem todos os dias, e não se transforma como deveria.
Uma pergunta para pensar:
— Você seria diferente se tivesse tido outros pais ou outra infância?
Provavelmente, você dirá:
— Sim, Roberto, se eu tivesse tido um pai mais compreensivo, seria uma pessoa mais relaxada. Se tivesse tido uma infância mais tranqüila, poderia estar vivendo em paz.
Sabe o que significa essa resposta? Que você ainda não conseguiu se libertar do seu passado. Está na hora de você ser você e dar um basta aos relacionamentos antigos, da infância, da adolescência, da juventude. Você tem de ser você, independentemente de seus pais e de sua infância. Se você não foi amado, procure um jeito de encontrar amor. Se você era inseguro, descubra a coragem dentro de si. Não deixe que o passado defina sua vida!
Aliás, não permita nem que o presente defina sua vida. Pessoas milionárias podem ficar pobres e pessoas pobres podem virar milionárias. Você pode estar vivendo um grande amor, acomodar-se e ficar sozinho. O presente não decide sua vida. O que decide sua vida é seu comprometimento com seus projetos de vida.
Nesse momento, você pode estar abrindo mão de muitos de seus sonhos. E a grande pergunta é: “Quais desses sonhos farão falta?
Boa parte das pessoas vive abrindo mão de sonhos. Quer ver se isso está acontecendo com você? Faça uma lista dos sonhos de sua juventude e escreva todos num papel. Agora quero que você analise essa lista. Quais desses sonhos efetivamente estão fazendo falta para você? Depois que tiver a resposta, corra atrás desses sonhos porque certamente são eles que darão significado à sua vida.
Talvez um de seus maiores sonhos tenha sido viver um casamento gratificante, um relacionamento em que os dois pudessem crescer, mas hoje você está sozinho. O que é preciso fazer para que daqui a vinte anos você não se arrependa, de novo, de ter deixado esse sonho para trás?
Muitas pessoas se orgulham de sua capacidade de abrir uma empresa ou escrever um poema, mas se esquecem de criar a si próprias com o mesmo cuidado que colocam em suas metas. São pais que querem que os filhos realizem projetos que eles não conseguiram e que não percebem que a única pessoa que realmente podemos criar somos nós mesmos. Você é a pessoa que você cria... Se não está gostando do resultado, mude! Seu crescimento lhe dará energia para continuar a percorrer o caminho e ser o grande artista da sua vida.
A criação de si próprio é o melhor combustível de sua evolução. É a melhor vacina contra a acomodação.

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quinta-feira, novembro 16, 2006

Lições para 'o caminho' [Km 115]

Todos os dias, desde que acordamos, fazemos milhares de escolhas a propósito do nosso modo de vida, escolhas que criam ou destroem o ritmo natural da vida.
A vida não é uma prova de 100 metros rasos; é uma maratona.
Não se trata de aumentar sempre a velocidade. Mais rápido nem sempre é melhor, maior nem sempre é melhor, mais alto nem sempre é melhor. "Mais" nem sempre á a solução. A vida não é uma competição para ver quem consegue juntar mais... Tudo. As melhores coisas da vida não são coisas - e, às vezes, menos é mais.
Encontre o seu ritmo... E a sua vida se encherá de paixão, criatividade e energia.

Copyright © 2006 by Matthew Kelly ('O ritmo da vida' - 1.a Edição - Ed. Sextante) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Lições para 'o caminho' [Km 041]

Encerrando Ciclos
(Autor: desconhecido / Adaptação: Paulo Coelho)

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistimos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que sentem-se culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto as vezes ganhamos, e as vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o está apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não tem data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do 'momento ideal.' Antes de começar um capitulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

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