A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.
(Osho)
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segunda-feira, fevereiro 13, 2012
sábado, março 13, 2010
Lições para 'o caminho' [Km 242]
Amor Versus Individualidade
(Flávio Gikovate)
Ao longo do segundo ano de vida a criança vivencia enorme avanço em suas competências: aprende a andar, a formular as primeiras frases, aprimora suas aptidões motoras etc. Se até então seu maior prazer era ficar no colo da mãe, usufruindo da paz e aconchego similar ao que foi perdido com o nascimento e sentindo por ela aquilo que chamamos de amor, agora ela gosta também de circular, especular sobre o ambiente, tentar entender para que servem e como é que funcionam os objetos. Coloca quase tudo que encontra na boca, tenta sentir seu tato, observa o que acontece quando deixa que caiam no chão. Dá sinais de grande satisfação a cada nova descoberta. Está praticando os primeiros atos próprios de sua individualidade - e se deleitando com eles.
Tudo isso acontece na presença da mãe. Sim, porque se ela for para um outro local, a criança imediatamente abandona o que está fazendo e sai em disparada atrás dela. O mesmo acontece se levar um tombo: corre chorando de volta para o colo. Diante da dor física ou da iminência de distanciamento exagerado da mãe, a sensação de desamparo cresce muito rapidamente e aí se torna absolutamente necessária a reaproximação. Há, pois, uma clara alternância de preferências: estando tudo em ordem, o que a criança quer é exercer os prazeres da sua individualidade em formação; ao menor desconforto, busca no aconchego materno (amor) o remédio para todas as dores.
Não há como não compararmos nossos comportamentos ditos adultos com o que acabei de descrever: queremos exercer nossa individualidade com a máxima liberdade, mas queremos voltar para casa e encontrar o parceiro à nossa espera. Ficamos bem longe da pessoa amada por algum tempo, mas depois o desejo maior é o de nos aconchegarmos; se isso não é possível, sentimos a dor forte correspondente à saudade (mistura de abandono com lembrança do calor que advém da companhia). Temos a nosso favor o benefício de um imaginário mais rico e a capacidade de nos comunicar com o amado à distância graças aos recursos tecnológicos: sentimos-nos aconchegados, mesmo longe, graças às palavras e juras de amor.
No convívio íntimo, parece que queremos mesmo é encontrar uma fórmula capaz de conciliar amor e individualidade: quero, por exemplo, assistir ao programa de TV do meu interesse e quero que minha amada esteja ao meu lado, se possível bem agarradinha. Ela, também interessada no aconchego, poderá tentar achar graça, por exemplo, no jogo de futebol que tanto me encanta. Mas talvez não consiga e aí começam os problemas. Ela se afastará, indo em busca daqueles que são os seus reais interesses individuais. Eu me sentirei rejeitado, abandonado e mal amado; tentarei pressioná-la com o intuito de fazer com que volte. Ela, prejudicada em seus legítimos direitos, irá se revoltar e a briga (chamada de briga normal dos casais) será inevitável.
O homem é, ao mesmo tempo, a criança e a mãe. O mesmo vale para a mulher. Querem exercer sua individualidade, mas sem se afastar muito um do outro. Lutarão pelo poder, para definir quem irá impor o ritmo e a programação. Por maiores que sejam as afinidades, sempre irão existir atividades que são do interesse exclusivo de um dos membros do casal. A fórmula tradicional - homens mandam e mulheres obedecem - não funciona mais (felizmente).
O que fazer? Só há um jeito: o crescimento emocional de ambos para que a dependência típica do amor infantil se atenue. Que cada um consiga se sentir em condições de exercer suas atividades, de modo a liberar o parceiro para fazer o mesmo.
** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
Copyright © 2007 by Flávio Gikovate Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Flávio Gikovate)
Ao longo do segundo ano de vida a criança vivencia enorme avanço em suas competências: aprende a andar, a formular as primeiras frases, aprimora suas aptidões motoras etc. Se até então seu maior prazer era ficar no colo da mãe, usufruindo da paz e aconchego similar ao que foi perdido com o nascimento e sentindo por ela aquilo que chamamos de amor, agora ela gosta também de circular, especular sobre o ambiente, tentar entender para que servem e como é que funcionam os objetos. Coloca quase tudo que encontra na boca, tenta sentir seu tato, observa o que acontece quando deixa que caiam no chão. Dá sinais de grande satisfação a cada nova descoberta. Está praticando os primeiros atos próprios de sua individualidade - e se deleitando com eles.
Tudo isso acontece na presença da mãe. Sim, porque se ela for para um outro local, a criança imediatamente abandona o que está fazendo e sai em disparada atrás dela. O mesmo acontece se levar um tombo: corre chorando de volta para o colo. Diante da dor física ou da iminência de distanciamento exagerado da mãe, a sensação de desamparo cresce muito rapidamente e aí se torna absolutamente necessária a reaproximação. Há, pois, uma clara alternância de preferências: estando tudo em ordem, o que a criança quer é exercer os prazeres da sua individualidade em formação; ao menor desconforto, busca no aconchego materno (amor) o remédio para todas as dores.
Não há como não compararmos nossos comportamentos ditos adultos com o que acabei de descrever: queremos exercer nossa individualidade com a máxima liberdade, mas queremos voltar para casa e encontrar o parceiro à nossa espera. Ficamos bem longe da pessoa amada por algum tempo, mas depois o desejo maior é o de nos aconchegarmos; se isso não é possível, sentimos a dor forte correspondente à saudade (mistura de abandono com lembrança do calor que advém da companhia). Temos a nosso favor o benefício de um imaginário mais rico e a capacidade de nos comunicar com o amado à distância graças aos recursos tecnológicos: sentimos-nos aconchegados, mesmo longe, graças às palavras e juras de amor.
No convívio íntimo, parece que queremos mesmo é encontrar uma fórmula capaz de conciliar amor e individualidade: quero, por exemplo, assistir ao programa de TV do meu interesse e quero que minha amada esteja ao meu lado, se possível bem agarradinha. Ela, também interessada no aconchego, poderá tentar achar graça, por exemplo, no jogo de futebol que tanto me encanta. Mas talvez não consiga e aí começam os problemas. Ela se afastará, indo em busca daqueles que são os seus reais interesses individuais. Eu me sentirei rejeitado, abandonado e mal amado; tentarei pressioná-la com o intuito de fazer com que volte. Ela, prejudicada em seus legítimos direitos, irá se revoltar e a briga (chamada de briga normal dos casais) será inevitável.
O homem é, ao mesmo tempo, a criança e a mãe. O mesmo vale para a mulher. Querem exercer sua individualidade, mas sem se afastar muito um do outro. Lutarão pelo poder, para definir quem irá impor o ritmo e a programação. Por maiores que sejam as afinidades, sempre irão existir atividades que são do interesse exclusivo de um dos membros do casal. A fórmula tradicional - homens mandam e mulheres obedecem - não funciona mais (felizmente).
O que fazer? Só há um jeito: o crescimento emocional de ambos para que a dependência típica do amor infantil se atenue. Que cada um consiga se sentir em condições de exercer suas atividades, de modo a liberar o parceiro para fazer o mesmo.
** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
Copyright © 2007 by Flávio Gikovate Todos os direitos reservados. All rights reserved.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 232]
Segurança X Liberdade: A escolha é sua!
A maioria de nós gostaria de acreditar que podemos ter a segurança e a liberdade. Mas, estes são dois valores opostos. Meu pai rico disse, "liberdade e segurança não são os mesmos ideais. De fato, em muitos aspectos, a liberdade e a segurança são exatamente opostos. As pessoas que têm mais segurança são as pessoas na prisão. Presos têm menos liberdade e maior segurança. Na prisão não precisam preocupar-se com moradia, alimentação, recreação, planos de saúde ou educação para si mesmos. Eles têm um monte de segurança, mas ao preço de sua liberdade."
Uma das vantagens de viver em uma sociedade livre é a liberdade para fazer escolhas. Existem duas grandes escolhas de acordo com meu pai rico: a escolha pela liberdade e a escolha pela segurança. Ambas as escolhas têm atrativos, ambas têm pontos fortes e fracos, e ambas vêm com um preço. Se você escolher a liberdade, o preço é pago antecipadamente, no início de sua vida. Se você optar por segurança, você paga um preço enorme na forma de impostos excessivos e juros. Frequentemente, o preço é pago mais tarde durante sua vida.
Veja a falência da Enron, por exemplo, uma das maiores corporações do mundo. O preço que os trabalhadores que buscavam segurança pagaram, por sua lealdade, por seu empenho, é muito alto: eles perderam seus empregos e seus planos de aposentadoria. Infelizmente, muitos estão pagando este preço, no final dos seus anos de trabalho, simplesmente quando as suas opções diminuem por causa da idade ou da saúde.
Hoje, muitos funcionários estão aprendendo que os seus empregos não são seguros e nem tampouco seus planos de aposentadoria/previdência. Nos próximos anos, milhões de pessoas poderão descobrir que suas ações e fundos mútuos não eram tão seguras quanto elas pensavam, forçando-as à um padrão do seu nível de vida inferior ao que seus pais desfrutaram. Com as perspectivas de redução pairando sobre suas cabeças, alguns têm tomado a iniciativa de iniciar seus próprios negócios. Você deveria ser um deles?
Meu pai rico disse: "Em algum ponto ao longo do caminho, as pessoas tornaram-se mais ávidas por segurança e pagaram o preço através da venda das suas liberdades. Você deve ter notado que hoje, as escolas focam principalmente, na estabilidade no emprego, em vez de liberdade financeira. O problema é que a maioria das pessoas não sabe que o custo dessa segurança é a sua liberdade." Ele continuou a dizer: "Se você escolher a segurança, alguém está sempre lhe dizendo a que horas trabalhar, o quanto produzir, e até o horário do seu almoço. Esse é o preço da segurança."
Liberdade significa ter mais opções, não segurança. Você tem uma escolha: ser pobre, classe média ou rico. Se você optar por ser rico, então você precisa aprender todo um novo jogo. Mas isso requer uma mentalidade diferente e inteligência financeira. Você será livre para trabalhar ou não trabalhar. Seu conhecimento vai trazer-lhe a liberdade do trabalho porque você aprenderá como fazer seu dinheiro trabalhar para você. A escolha é sua.
Copyright © 2005 by Robert Kiyosaki Todos os direitos reservados. All rights reserved.
A maioria de nós gostaria de acreditar que podemos ter a segurança e a liberdade. Mas, estes são dois valores opostos. Meu pai rico disse, "liberdade e segurança não são os mesmos ideais. De fato, em muitos aspectos, a liberdade e a segurança são exatamente opostos. As pessoas que têm mais segurança são as pessoas na prisão. Presos têm menos liberdade e maior segurança. Na prisão não precisam preocupar-se com moradia, alimentação, recreação, planos de saúde ou educação para si mesmos. Eles têm um monte de segurança, mas ao preço de sua liberdade."
Uma das vantagens de viver em uma sociedade livre é a liberdade para fazer escolhas. Existem duas grandes escolhas de acordo com meu pai rico: a escolha pela liberdade e a escolha pela segurança. Ambas as escolhas têm atrativos, ambas têm pontos fortes e fracos, e ambas vêm com um preço. Se você escolher a liberdade, o preço é pago antecipadamente, no início de sua vida. Se você optar por segurança, você paga um preço enorme na forma de impostos excessivos e juros. Frequentemente, o preço é pago mais tarde durante sua vida.
Veja a falência da Enron, por exemplo, uma das maiores corporações do mundo. O preço que os trabalhadores que buscavam segurança pagaram, por sua lealdade, por seu empenho, é muito alto: eles perderam seus empregos e seus planos de aposentadoria. Infelizmente, muitos estão pagando este preço, no final dos seus anos de trabalho, simplesmente quando as suas opções diminuem por causa da idade ou da saúde.
Hoje, muitos funcionários estão aprendendo que os seus empregos não são seguros e nem tampouco seus planos de aposentadoria/previdência. Nos próximos anos, milhões de pessoas poderão descobrir que suas ações e fundos mútuos não eram tão seguras quanto elas pensavam, forçando-as à um padrão do seu nível de vida inferior ao que seus pais desfrutaram. Com as perspectivas de redução pairando sobre suas cabeças, alguns têm tomado a iniciativa de iniciar seus próprios negócios. Você deveria ser um deles?
Meu pai rico disse: "Em algum ponto ao longo do caminho, as pessoas tornaram-se mais ávidas por segurança e pagaram o preço através da venda das suas liberdades. Você deve ter notado que hoje, as escolas focam principalmente, na estabilidade no emprego, em vez de liberdade financeira. O problema é que a maioria das pessoas não sabe que o custo dessa segurança é a sua liberdade." Ele continuou a dizer: "Se você escolher a segurança, alguém está sempre lhe dizendo a que horas trabalhar, o quanto produzir, e até o horário do seu almoço. Esse é o preço da segurança."
Liberdade significa ter mais opções, não segurança. Você tem uma escolha: ser pobre, classe média ou rico. Se você optar por ser rico, então você precisa aprender todo um novo jogo. Mas isso requer uma mentalidade diferente e inteligência financeira. Você será livre para trabalhar ou não trabalhar. Seu conhecimento vai trazer-lhe a liberdade do trabalho porque você aprenderá como fazer seu dinheiro trabalhar para você. A escolha é sua.
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