Uma prece dos índios ojibwa:
"Grande Espírito, já que procurei entender a voz do vento e o sopro que me criou, escuta-me:
- Eu venho a Ti como um de Teus numerosos filhos. Sou falível e pequeno; preciso de Tua sabedoria e Tua força. Deixa-me andar na Tua beleza, e faz com que meus olhos sempre percebam o vermelho e a púrpura do entardecer. Faz com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes, e que minhas orelhas consigam entender Tua voz. Faz-me sábio, de modo que eu possa absorver o que ensinastes a meu povo, e aprender as lições que escondestes em cada folha e em cada rochedo.
Eu Te peço força e sabedoria; não para ser superior a meus irmãos, mas para que possa vencer o maior inimigo que tenho: eu mesmo. Assim, meu espírito poderá retornar a ti sem pecado."
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quinta-feira, fevereiro 13, 2014
quarta-feira, fevereiro 13, 2013
Lições para 'o caminho' [Km 258]
A humildade corresponde a um estado de alma no qual uma pessoa encontra alguma serenidade que deriva dela saber o tamanho de sua ignorância.
Os que toleram bem as dúvidas tendem a ser mais humildes; os que não as aceitam se apegam a convicções e as defendem com certa arrogância.
A humildade não tem a ver com submissão e obediência a outras pessoas: o importante é conseguir controlar a lamentável vaidade intelectual.
Aqueles que cultivam a humildade são eternos aprendizes, sempre dispostos a trocar suas ideias por outras que lhes pareçam mais adequadas.
A sabedoria corresponde a um estado de serenidade e grande prazer que deriva do entendimento satisfatório de si mesmo e da condição humana.
Encontrar-se com a sabedoria é difícil e trabalhoso; porém, muita gente poderá chegar lá. Fama e fortuna sempre contemplarão a uns poucos.
São poucas as pessoas que, hoje em dia, buscam a sabedoria. A maioria está voltada para atividades competitivas, essas sim muito valorizadas.
(Flávio Gikovate, médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor)
Os que toleram bem as dúvidas tendem a ser mais humildes; os que não as aceitam se apegam a convicções e as defendem com certa arrogância.
A humildade não tem a ver com submissão e obediência a outras pessoas: o importante é conseguir controlar a lamentável vaidade intelectual.
Aqueles que cultivam a humildade são eternos aprendizes, sempre dispostos a trocar suas ideias por outras que lhes pareçam mais adequadas.
A sabedoria corresponde a um estado de serenidade e grande prazer que deriva do entendimento satisfatório de si mesmo e da condição humana.
Encontrar-se com a sabedoria é difícil e trabalhoso; porém, muita gente poderá chegar lá. Fama e fortuna sempre contemplarão a uns poucos.
São poucas as pessoas que, hoje em dia, buscam a sabedoria. A maioria está voltada para atividades competitivas, essas sim muito valorizadas.
(Flávio Gikovate, médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor)
terça-feira, abril 27, 2010
Lições para 'o caminho' [Km 245]
Responsabilidade e risco
A raiz latina da palavra "responsabilidade" desvenda o seu significado: capacidade de responder, de reagir.
Um guerreiro responsável foi capaz de observar e treinar. Foi, inclusive, capaz de ser "irresponsável": às vezes deixou-se levar pela situação, e não reagiu.
Mas aprendeu as lições; tomou uma atitude, ouviu um conselho, teve a humildade de aceitar ajuda.
Um guerreiro responsável não é o que coloca sobre seus ombros o peso do mundo; é aquele que consegue lidar com os desafios do momento presente.
Evidente que às vezes fica apavorado diante de decisões importantes.
"Isto é grande demais para você", diz um amigo.
"Vá em frente, tenha coragem", diz outro.
E suas dúvidas aumentam.
Depois de alguns dias de angústia, ele recolhe-se ao canto de sua tenda, onde costuma sentar-se para meditar e orar. Vê a si mesmo no futuro. Vê as pessoas que serão beneficiadas e prejudicadas por sua atitude. Ele não quer causar sofrimentos inúteis, mas tampouco quer abandonar o caminho.
O guerreiro então deixa que a decisão se manifeste. Se for preciso dizer sim, ele dirá com coragem. Se for preciso dizer não, ele dirá sem covardia. Quando o guerreiro assume uma responsabilidade, mantém sua palavra.
Os que prometem e não cumprem, perdem o respeito próprio, tem vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir. Gastam muito mais energia desonrando a palavra, que o guerreiro da luz usa para manter seus compromissos.
Às vezes também ele assume uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo. Não torna a repetir esta atitude - mas, mesmo assim, honra sua palavra e paga o preço de sua impulsividade.
Claro que termina por escutar opiniões desfavoráveis. Mas, antes de dar ouvidos a qualquer coisa, procura sempre informar-se se quem dá estas opiniões já realizou um trabalho melhor que o seu. Geralmente, quem critica nunca viveu seu próprio sonho; apenas os vencedores são tolerantes e generosos.
Por que criticam?
Porque, a cada passo que o guerreiro dá adiante, esta pessoa ficou um passo atrás. Para ela, é duro aceitar que ele está atingindo tudo que ela julgou inatingível.
Isso não quer dizer que dê passos errados: vai errar muitas vezes, e não tem importância. Errar faz parte do caminho, corrigir o erro faz parte de sua responsabilidade.
Para errar menos, o guerreiro descansa de vez em quando, e se alegra com as coisas simples da vida. Sabe que as cordas que estão sempre tensas, terminam desafinando. Os cavalos que não param de saltar obstáculos, terminam quebrando a perna. Os arcos que são curvados todos os dias, já não atiram suas flechas com a mesma força.
Copyright © 2010 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
A raiz latina da palavra "responsabilidade" desvenda o seu significado: capacidade de responder, de reagir.
Um guerreiro responsável foi capaz de observar e treinar. Foi, inclusive, capaz de ser "irresponsável": às vezes deixou-se levar pela situação, e não reagiu.
Mas aprendeu as lições; tomou uma atitude, ouviu um conselho, teve a humildade de aceitar ajuda.
Um guerreiro responsável não é o que coloca sobre seus ombros o peso do mundo; é aquele que consegue lidar com os desafios do momento presente.
Evidente que às vezes fica apavorado diante de decisões importantes.
"Isto é grande demais para você", diz um amigo.
"Vá em frente, tenha coragem", diz outro.
E suas dúvidas aumentam.
Depois de alguns dias de angústia, ele recolhe-se ao canto de sua tenda, onde costuma sentar-se para meditar e orar. Vê a si mesmo no futuro. Vê as pessoas que serão beneficiadas e prejudicadas por sua atitude. Ele não quer causar sofrimentos inúteis, mas tampouco quer abandonar o caminho.
O guerreiro então deixa que a decisão se manifeste. Se for preciso dizer sim, ele dirá com coragem. Se for preciso dizer não, ele dirá sem covardia. Quando o guerreiro assume uma responsabilidade, mantém sua palavra.
Os que prometem e não cumprem, perdem o respeito próprio, tem vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir. Gastam muito mais energia desonrando a palavra, que o guerreiro da luz usa para manter seus compromissos.
Às vezes também ele assume uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo. Não torna a repetir esta atitude - mas, mesmo assim, honra sua palavra e paga o preço de sua impulsividade.
Claro que termina por escutar opiniões desfavoráveis. Mas, antes de dar ouvidos a qualquer coisa, procura sempre informar-se se quem dá estas opiniões já realizou um trabalho melhor que o seu. Geralmente, quem critica nunca viveu seu próprio sonho; apenas os vencedores são tolerantes e generosos.
Por que criticam?
Porque, a cada passo que o guerreiro dá adiante, esta pessoa ficou um passo atrás. Para ela, é duro aceitar que ele está atingindo tudo que ela julgou inatingível.
Isso não quer dizer que dê passos errados: vai errar muitas vezes, e não tem importância. Errar faz parte do caminho, corrigir o erro faz parte de sua responsabilidade.
Para errar menos, o guerreiro descansa de vez em quando, e se alegra com as coisas simples da vida. Sabe que as cordas que estão sempre tensas, terminam desafinando. Os cavalos que não param de saltar obstáculos, terminam quebrando a perna. Os arcos que são curvados todos os dias, já não atiram suas flechas com a mesma força.
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quinta-feira, novembro 19, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 230]
É muito mais fácil culpar outra pessoa do que olhar para si mesmo.
(Edein French, 84 anos)
Quando um casal briga, na maior parte do tempo nenhum dos dois está ouvindo. Ambos colocam toda a energia que têm em sua própria defesa. Você vai se envolvendo pelo entusiasmo de culpar e isso é como um reflexo. Não requer qualquer esforço e acontece automaticamente, a menos que você se oponha com toda a sua força.
Mas se um dos dois conseguir parar e tentar compreender o outro, buscar ver realmente a mágoa da outra pessoa, a briga esfria imediatamente. Algo diferente acontece, algo interessante, em vez da mesma velha briga de novo e de novo.
Edein French fez aconselhamento de casais por mais de 50 anos. Nada a perturba porque ela já viu todo tipo de conflito e de reconciliação. Usando sua mente aguçada e seu coração sensível, ela é incansável em ensinar casais a fazerem seus relacionamentos funcionarem. Aos 84 anos, Edein ainda vê clientes de forma ocasional, tendo optado por diminuir o ritmo há apenas alguns anos.
Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Edein French, 84 anos)
Quando um casal briga, na maior parte do tempo nenhum dos dois está ouvindo. Ambos colocam toda a energia que têm em sua própria defesa. Você vai se envolvendo pelo entusiasmo de culpar e isso é como um reflexo. Não requer qualquer esforço e acontece automaticamente, a menos que você se oponha com toda a sua força.
Mas se um dos dois conseguir parar e tentar compreender o outro, buscar ver realmente a mágoa da outra pessoa, a briga esfria imediatamente. Algo diferente acontece, algo interessante, em vez da mesma velha briga de novo e de novo.
Edein French fez aconselhamento de casais por mais de 50 anos. Nada a perturba porque ela já viu todo tipo de conflito e de reconciliação. Usando sua mente aguçada e seu coração sensível, ela é incansável em ensinar casais a fazerem seus relacionamentos funcionarem. Aos 84 anos, Edein ainda vê clientes de forma ocasional, tendo optado por diminuir o ritmo há apenas alguns anos.
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sexta-feira, novembro 13, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 229]
Primeiras reflexões sobre a vaidade humana (*)
(Flávio Gikovate)
...Exercemos o exibicionismo por todas as formas, desde a mais inofensiva, que é o de caráter físico até a mais perigosa, que corresponde ao exibicionismo intelectual. O exibicionismo intelectual é o mais grave, porque nossa razão deveria estar a serviço de nos ajudar a ver a realidade como ela é e também a nos posicionar de forma adequada diante dos fatos.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver uma certa aversão aos fatos, especialmente aqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem os que efetivamente existem. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas ideias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas ideias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
...A vaidade cega, subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.
* Extraído e editado à partir do artigo original publicado pelo autor, em seu site.
** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
Copyright © 2006 by Flávio Gikovate Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Flávio Gikovate)
...Exercemos o exibicionismo por todas as formas, desde a mais inofensiva, que é o de caráter físico até a mais perigosa, que corresponde ao exibicionismo intelectual. O exibicionismo intelectual é o mais grave, porque nossa razão deveria estar a serviço de nos ajudar a ver a realidade como ela é e também a nos posicionar de forma adequada diante dos fatos.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver uma certa aversão aos fatos, especialmente aqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem os que efetivamente existem. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas ideias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas ideias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
...A vaidade cega, subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.
* Extraído e editado à partir do artigo original publicado pelo autor, em seu site.
** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
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terça-feira, outubro 20, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 225]
Se eu quiser falar com Deus
(Gilberto Gil)
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar.
(Gilberto Gil)
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar.
sábado, setembro 26, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 221]
"No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?"
As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?
Copyright © 2009 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?
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sexta-feira, agosto 21, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 215]
Frequentemente, as forças do mal são mais sutis e menos manifestas. Quase tão horrível como o mal em si é a sua negação, como no caso das pessoas que passam pela vida vendo tudo cor-de-rosa. Na verdade, a negação do mal pode em certos sentidos perpetuar o próprio mal. No livro 'Em Busca das Pedras', escrevi sobre essa tendência, comum em muitas pessoas com boa situação financeira, cujo dinheiro isola-as no seu mundo de opulência. Elas não conseguem realmente enxergar a pobreza que existe bem perto delas, e assim evitam aceitar qualquer responsabilidade que por acaso tenham no problema. Muitos pegam o trem todos os dias nos seus refúgios suburbanos, para trabalhar no centro de Nova York, sem tirar as vistas de seus jornais quando passam pelos setores mais empobrecidos do Harlem. As favelas tornam-se invisíveis e o mesmo acontece, assim, com quem nelas está imerso.
De outro lado estão aqueles que têm cínica opinião a respeito do mundo e parecem acreditar que o mal se esconde detrás de tudo. A visão deles é sombria e fatalista, mesmo em meio à inocência e à beleza. Eles procuram o pior em tudo, sem nunca reparar no que é positivo e dá sustentação à vida. Quando o desespero e o cinismo são como demônios para nós, arriscamo-nos também a perpetuar o mal. Embora não possamos evitar os nossos demônios, podemos optar por não lhes dar as boas-vindas nem nos aliar a eles. Para sermos sadios, devemos combatê-los pessoalmente.
Copyright © 2009 by M. Scott Peck Todos os direitos reservados. All rights reserved.
De outro lado estão aqueles que têm cínica opinião a respeito do mundo e parecem acreditar que o mal se esconde detrás de tudo. A visão deles é sombria e fatalista, mesmo em meio à inocência e à beleza. Eles procuram o pior em tudo, sem nunca reparar no que é positivo e dá sustentação à vida. Quando o desespero e o cinismo são como demônios para nós, arriscamo-nos também a perpetuar o mal. Embora não possamos evitar os nossos demônios, podemos optar por não lhes dar as boas-vindas nem nos aliar a eles. Para sermos sadios, devemos combatê-los pessoalmente.
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domingo, agosto 09, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 213]
Dúvidas do cotidiano
(Flávio Gikovate)
As pessoas comentam que a paixão, aquele estado inicial do encantamento amoroso no qual o coração bate forte e tudo parece fascinante e assustador ao mesmo tempo, corresponde ao período mais interessante do relacionamento amoroso. Depois, com o passar do tempo, tudo tende à rotina e a uma certa monotonia já que a intensidade do amor diminui. É mesmo assim que as coisas acontecem?
Resposta: Penso de um modo diferente sobre o amor e a paixão. Acho a paixão uma condição dolorosa e na qual passamos muito medo: medo de perder aquela pessoa que, apesar de mal conhecermos, se transformou em essencial para nosso bem estar e felicidade; medo também que a relação evolua, condição na qual os compromissos mais sérios podem não estar nos nossos planos para aquele momento da vida; enfim, medo de um grande sofrimento, já que toda constituição de um elo é o embrião de uma possível ruptura! O amor, condição que se segue, corresponde a uma situação na qual os medos diminuíram muito tanto porque já conhecemos melhor o amado e desenvolvemos alguma segurança no relacionamento como porque já aceitamos de nos comprometer. Assim, paixão é amor + medo. Com o fim da paixão, vai embora o medo e o amor se mantém igual. Com o fim da paixão, acaba o filme de suspense e começa o filme de amor, mais calmo, mais doce. Amor é paz e aconchego ao lado de uma outra pessoa. Não é monótono e nem chato, mas é só isso. Acho ótimo que seja assim. Acho que temos que aprender a buscar nossas emoções mais fortes em outras áreas ao invés de tumultuarmos nossas relações amorosas. Vivenciamos tensões fortes e grande incerteza na vida prática, no trabalho, nos esportes etc. No amor, devemos buscar nosso porto seguro, adorável se houver companheirismo e afinidades intelectuais, além, é claro, das deliciosas sensações que as trocas de carícias eróticas determinam.
Como definir uma pessoa má? Trata-se de uma característica inata ou é algo que foi adquirido ao longo dos anos de formação? Como ajudar alguém a evoluir moralmente?
Resposta: Trata-se de uma questão muito complexa, mas eu penso que, para a grande maioria dos casos, a maldade é filha da fraqueza. Ou seja, não acredito que existam pessoas que gostem de ser más e se orgulhem disso. Atos maldosos são, quase sempre, derivados de emoções que escaparam do controle da pessoa, especialmente aqueles que dependem da inveja: ao admirar e valorizar algo em outra pessoa, a criatura mais fraca se sente diminuída e humilhada pela presença daquela virtude. Não sendo capaz de se conter, reage violentamente ao que foi sentido como uma agressão – a presença, no outro, da qualidade admirada e não possuída. Pessoas imaturas, egoístas e pouco tolerantes a contrariedades e frustrações é que fazem parte daquelas que chamamos de más, justamente porque investem contra nós sem que tenhamos feito algo de negativo para elas. Reagem com raiva pelo simples fato de sermos do modo como somos e isso lhes mostrar suas limitações e incompetências. É por isso que penso que se essas pessoas egoístas e invejosas conseguirem evoluir emocionalmente, o que implica em aprenderem a tolerar melhor as dores da vida, poderão perfeitamente se tornar criaturas portadoras das virtudes que tanto invejam. Tudo isso faz parte das nossas aquisições ao longo da vida e pode ser alcançado em qualquer idade. A verdade é que os egoístas gostam de mostrar que estão felizes mas não é verdade. Quem está feliz não age de forma agressiva – e gratuitamente – contra ninguém. Pessoa feliz não tem tanta inveja, não é tão insegura e ciumenta. É hora de pensarmos de forma mais séria sobre nossos valores morais e aqueles das pessoas que nos cercam. Uma sociedade que defina de modo mais claro o que são virtudes e o que são vícios ajudará tanto os adultos como suas crianças a evoluírem de forma mais rápida na direção da maturidade emocional e moral, condição fundamental para que as pessoas possam se sentir felizes, orgulhosas de si mesmas e, portanto, menos invejosas. Quem está bem se preocupa menos com os outros, com o que têm ou deixam de ter. Estão mesmo é interessadas em alcançar seus objetivos.
* Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
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(Flávio Gikovate)
As pessoas comentam que a paixão, aquele estado inicial do encantamento amoroso no qual o coração bate forte e tudo parece fascinante e assustador ao mesmo tempo, corresponde ao período mais interessante do relacionamento amoroso. Depois, com o passar do tempo, tudo tende à rotina e a uma certa monotonia já que a intensidade do amor diminui. É mesmo assim que as coisas acontecem?
Resposta: Penso de um modo diferente sobre o amor e a paixão. Acho a paixão uma condição dolorosa e na qual passamos muito medo: medo de perder aquela pessoa que, apesar de mal conhecermos, se transformou em essencial para nosso bem estar e felicidade; medo também que a relação evolua, condição na qual os compromissos mais sérios podem não estar nos nossos planos para aquele momento da vida; enfim, medo de um grande sofrimento, já que toda constituição de um elo é o embrião de uma possível ruptura! O amor, condição que se segue, corresponde a uma situação na qual os medos diminuíram muito tanto porque já conhecemos melhor o amado e desenvolvemos alguma segurança no relacionamento como porque já aceitamos de nos comprometer. Assim, paixão é amor + medo. Com o fim da paixão, vai embora o medo e o amor se mantém igual. Com o fim da paixão, acaba o filme de suspense e começa o filme de amor, mais calmo, mais doce. Amor é paz e aconchego ao lado de uma outra pessoa. Não é monótono e nem chato, mas é só isso. Acho ótimo que seja assim. Acho que temos que aprender a buscar nossas emoções mais fortes em outras áreas ao invés de tumultuarmos nossas relações amorosas. Vivenciamos tensões fortes e grande incerteza na vida prática, no trabalho, nos esportes etc. No amor, devemos buscar nosso porto seguro, adorável se houver companheirismo e afinidades intelectuais, além, é claro, das deliciosas sensações que as trocas de carícias eróticas determinam.
Como definir uma pessoa má? Trata-se de uma característica inata ou é algo que foi adquirido ao longo dos anos de formação? Como ajudar alguém a evoluir moralmente?
Resposta: Trata-se de uma questão muito complexa, mas eu penso que, para a grande maioria dos casos, a maldade é filha da fraqueza. Ou seja, não acredito que existam pessoas que gostem de ser más e se orgulhem disso. Atos maldosos são, quase sempre, derivados de emoções que escaparam do controle da pessoa, especialmente aqueles que dependem da inveja: ao admirar e valorizar algo em outra pessoa, a criatura mais fraca se sente diminuída e humilhada pela presença daquela virtude. Não sendo capaz de se conter, reage violentamente ao que foi sentido como uma agressão – a presença, no outro, da qualidade admirada e não possuída. Pessoas imaturas, egoístas e pouco tolerantes a contrariedades e frustrações é que fazem parte daquelas que chamamos de más, justamente porque investem contra nós sem que tenhamos feito algo de negativo para elas. Reagem com raiva pelo simples fato de sermos do modo como somos e isso lhes mostrar suas limitações e incompetências. É por isso que penso que se essas pessoas egoístas e invejosas conseguirem evoluir emocionalmente, o que implica em aprenderem a tolerar melhor as dores da vida, poderão perfeitamente se tornar criaturas portadoras das virtudes que tanto invejam. Tudo isso faz parte das nossas aquisições ao longo da vida e pode ser alcançado em qualquer idade. A verdade é que os egoístas gostam de mostrar que estão felizes mas não é verdade. Quem está feliz não age de forma agressiva – e gratuitamente – contra ninguém. Pessoa feliz não tem tanta inveja, não é tão insegura e ciumenta. É hora de pensarmos de forma mais séria sobre nossos valores morais e aqueles das pessoas que nos cercam. Uma sociedade que defina de modo mais claro o que são virtudes e o que são vícios ajudará tanto os adultos como suas crianças a evoluírem de forma mais rápida na direção da maturidade emocional e moral, condição fundamental para que as pessoas possam se sentir felizes, orgulhosas de si mesmas e, portanto, menos invejosas. Quem está bem se preocupa menos com os outros, com o que têm ou deixam de ter. Estão mesmo é interessadas em alcançar seus objetivos.
* Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
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terça-feira, maio 05, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 197]
As Três Peneiras
Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar algo sobre alguém. Sócrates ergue os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve parar por aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: a Bondade. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a imagem do próximo? Se o que você quer contar é verdade. É coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a Necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
E finaliza Sócrates:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar algo sobre alguém. Sócrates ergue os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve parar por aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: a Bondade. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a imagem do próximo? Se o que você quer contar é verdade. É coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a Necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
E finaliza Sócrates:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 167]
Nós olhamos a maldade nos outros, porque conhecemos a maldade através de nosso comportamento. Nunca perdoamos aqueles que nos ferem, porque achamos que jamais seríamos perdoados. Nós dizemos a verdade dolorosa ao próximo, porque a queremos esconder de nós mesmos. Nos refugiamos no orgulho, para que ninguém possa ver nossa fragilidade. Por isso, sempre que estiver julgando o seu irmão, tenha consciência de que é você quem está no tribunal.
(Okakura Kakuso, O Livro do Chá, 1904)
Copyright © 2008 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Okakura Kakuso, O Livro do Chá, 1904)
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terça-feira, outubro 07, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 166]
"Nós somos o que pensamos. Com o pensamento, construímos e destruímos o mundo.
Nós somos o que pensamos. A sua imaginação pode lhe causar mais dano que seu pior inimigo.
Mas, uma vez que você controla seus pensamentos, ninguém pode ajudá-lo tanto, nem mesmo seu pai ou a sua mãe."
(Buda)
Um sábio chegou à vila de Akbar e as pessoas não deram muita importância. Exceto um pequeno grupo de jovens, o sábio não conseguiu interessar mais ninguém; pelo contrário, tornou-se motivo de ironia dos habitantes da cidade. Um dia passeava com alguns de seus discípulos pela rua principal, quando um grupo de homens e mulheres começou a insultá-lo. O sábio foi até eles, e abençoou-os.
Ao sair dali, um dos discípulos comentou:
- Eles dizem coisas horríveis, e o senhor responde com belas palavras.
E o sábio respondeu:
- Cada um de nós só pode oferecer o que tem.
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Nós somos o que pensamos. A sua imaginação pode lhe causar mais dano que seu pior inimigo.
Mas, uma vez que você controla seus pensamentos, ninguém pode ajudá-lo tanto, nem mesmo seu pai ou a sua mãe."
(Buda)
Um sábio chegou à vila de Akbar e as pessoas não deram muita importância. Exceto um pequeno grupo de jovens, o sábio não conseguiu interessar mais ninguém; pelo contrário, tornou-se motivo de ironia dos habitantes da cidade. Um dia passeava com alguns de seus discípulos pela rua principal, quando um grupo de homens e mulheres começou a insultá-lo. O sábio foi até eles, e abençoou-os.
Ao sair dali, um dos discípulos comentou:
- Eles dizem coisas horríveis, e o senhor responde com belas palavras.
E o sábio respondeu:
- Cada um de nós só pode oferecer o que tem.
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domingo, setembro 28, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 165]
"Muita luz é como muita sombra: não deixa ver."
(Carlos Castañeda)
"O ser incompleto nasce da incessante procura por reconhecimento social."
(Carlos Castañeda)
"Tudo é questão de despertar sua alma."
(Gabriel García Marquez)
"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
(Gabriel García Marquez)
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver."
(Gabriel García Marquez)
(Carlos Castañeda)
"O ser incompleto nasce da incessante procura por reconhecimento social."
(Carlos Castañeda)
"Tudo é questão de despertar sua alma."
(Gabriel García Marquez)
"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
(Gabriel García Marquez)
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver."
(Gabriel García Marquez)
quinta-feira, agosto 28, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 164]
Deus age por intermédio de você e não para você.
(Gerald Huntley, 62 anos)
Eu não suporto pessoas que se sentam e esperam que Deus realize o que elas querem, como se Ele não tivesse nada melhor para fazer. Elas reclamam dos seus fardos na vida e por não terem isto ou aquilo.
Eu não me compadeço muito com esse tipo de conversa. Prefiro ouvir o que você andou fazendo ultimamente para outra pessoa, ou que passos deu para sair do apuro em que está metido. Você tem de fazer a sua parte. Tem de fazer algum tipo de esforço. Isso é divino em nós - fazer uso dos dons que recebemos.
Gerald Huntley é cego desde o nascimento, e bastante ciente de ser diferente dos outros, mas não menciona o fato e acha que não sente falta de uma capacidade que nunca teve.
Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Gerald Huntley, 62 anos)
Eu não suporto pessoas que se sentam e esperam que Deus realize o que elas querem, como se Ele não tivesse nada melhor para fazer. Elas reclamam dos seus fardos na vida e por não terem isto ou aquilo.
Eu não me compadeço muito com esse tipo de conversa. Prefiro ouvir o que você andou fazendo ultimamente para outra pessoa, ou que passos deu para sair do apuro em que está metido. Você tem de fazer a sua parte. Tem de fazer algum tipo de esforço. Isso é divino em nós - fazer uso dos dons que recebemos.
Gerald Huntley é cego desde o nascimento, e bastante ciente de ser diferente dos outros, mas não menciona o fato e acha que não sente falta de uma capacidade que nunca teve.
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terça-feira, maio 20, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 161]
"Quando você julga os outros, você não os define, você define a si mesmo."
(Wayne Dyer)
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
(Friedrich Nietzsche)
"Se a crítica está errada ou mal-intencionada, erga-se acima dela. Mantenha-se elevado quando estiver sob ataque. Nenhuma vitória vale a pena à custa de se pegar a lama que foi atirada em você e atirá-la de volta."
(Rubel Shelly)
(Wayne Dyer)
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
(Friedrich Nietzsche)
"Se a crítica está errada ou mal-intencionada, erga-se acima dela. Mantenha-se elevado quando estiver sob ataque. Nenhuma vitória vale a pena à custa de se pegar a lama que foi atirada em você e atirá-la de volta."
(Rubel Shelly)
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segunda-feira, maio 05, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 160]
"Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada."
(Elbert Hubbard)
"Críticos são como eunucos em um harém. Teoricamente eles sabem qual a melhor maneira de fazer, mas não conseguem ir além disso."
(Brendan Behan, dramaturgo irlandês)
"Quando você decidiu que uma coisa tem que ser feita, e a está fazendo, nunca evite de ser visto fazendo-a, mesmo que uma multidão possa provavelmente julgá-la inapropriada. Pois se você não está agindo corretamente, evite o ato em si; se estiver agindo corretamente, no entanto, porque temer a censura errada?"
(Epictetus)
(Elbert Hubbard)
"Críticos são como eunucos em um harém. Teoricamente eles sabem qual a melhor maneira de fazer, mas não conseguem ir além disso."
(Brendan Behan, dramaturgo irlandês)
"Quando você decidiu que uma coisa tem que ser feita, e a está fazendo, nunca evite de ser visto fazendo-a, mesmo que uma multidão possa provavelmente julgá-la inapropriada. Pois se você não está agindo corretamente, evite o ato em si; se estiver agindo corretamente, no entanto, porque temer a censura errada?"
(Epictetus)
quarta-feira, abril 23, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 158]
"O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender."
(Alvin Toffler)
"A competitividade de um país não começa nas indústrias ou nos laboratórios de engenharia. Ela começa na sala de aula."
(Lee Iacocca)
"A única coisa de valor que podemos dar às crianças é o que somos, e não o que temos."
(Leo Buscaglia)
(Alvin Toffler)
"A competitividade de um país não começa nas indústrias ou nos laboratórios de engenharia. Ela começa na sala de aula."
(Lee Iacocca)
"A única coisa de valor que podemos dar às crianças é o que somos, e não o que temos."
(Leo Buscaglia)
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sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 152]
Estatutos para o momento presente
1) Todos os homens são diferentes. E devem fazer o possível para continuar sendo.
2) A todo ser humano foram concedidas duas maneiras de agir: a ação e a contemplação. Ambos levam ao mesmo lugar.
3) A todo ser humano foram concedidas duas qualidades: o poder e o dom. O poder dirige o homem ao encontro com o seu destino, o dom o obriga a dividir com os outros o que há de melhor em si mesmo.
4) A todo ser humano foi dada uma virtude: a capacidade de escolher. O que não utiliza esta virtude, a transforma em uma maldição - e outros escolherão por ele.
5) Todo ser humano tem direito a duas bênçãos, a saber: a benção de acertar, e a benção de errar. No segundo caso, sempre existe um aprendizado que o conduzirá ao caminho certo.
6) Todo ser humano tem um perfil sexual próprio, e deve exercê-lo sem culpa - desde que não obrigue os outros a exercê-lo com ele.
7) Todo ser humano tem uma Lenda Pessoal a ser cumprida, e esta é a sua razão de estar neste mundo. A Lenda Pessoal manifesta-se através do entusiasmo com sua tarefa.
Parágrafo único: pode-se abandonar por certo tempo a Lenda Pessoal, desde que não se esqueça dela, e volte assim que for possível.
8) Todo homem tem o seu lado feminino, e toda mulher tem o seu lado masculino. É necessário usar a disciplina com intuição, e usar a intuição com objetividade.
9) Todo ser humano precisa conhecer duas linguagens: a linguagem da sociedade e a linguagem dos sinais. Uma serve para a comunicação com os outros. A outra serve para entender as mensagens de Deus.
10) Todo ser humano tem direito à busca da alegria, e entende-se por alegria algo que o deixa contente - não necessariamente aquilo que deixa os outros contentes.
11) Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal.
12) São considerados faltas graves apenas os seguintes itens: não respeitar o direito do próximo, deixar-se paralisar pelo medo, sentir-se culpado, achar que não merece o bom e o mal que lhe acontece na vida, e ser covarde.
Parágrafo 1 - amaremos nossos adversários, mas não faremos alianças com eles. Foram colocados no nosso caminho para testar nossa espada, e merecem o respeito de nossa luta.
Parágrafo 2 - escolheremos nossos adversários.
13) Todas as religiões levam ao mesmo Deus, e todas merecem o mesmo respeito.
Parágrafo único - Um homem que escolhe uma religião, também está escolhendo uma maneira coletiva de adorar e compartilhar os mistérios. Entretanto, ele é o único responsável por suas ações no Caminho, e não tem o direito de transferir para a religião a responsabilidade de suas decisões.
14) Fica decretado o fim do muro que separa o sagrado do profano: a partir de agora, tudo é sagrado.
15) Tudo que é feito no presente afeta o futuro por conseqüência, e o passado por redenção.
Revogam-se as disposições em contrário.
Copyright © 2003 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
1) Todos os homens são diferentes. E devem fazer o possível para continuar sendo.
2) A todo ser humano foram concedidas duas maneiras de agir: a ação e a contemplação. Ambos levam ao mesmo lugar.
3) A todo ser humano foram concedidas duas qualidades: o poder e o dom. O poder dirige o homem ao encontro com o seu destino, o dom o obriga a dividir com os outros o que há de melhor em si mesmo.
4) A todo ser humano foi dada uma virtude: a capacidade de escolher. O que não utiliza esta virtude, a transforma em uma maldição - e outros escolherão por ele.
5) Todo ser humano tem direito a duas bênçãos, a saber: a benção de acertar, e a benção de errar. No segundo caso, sempre existe um aprendizado que o conduzirá ao caminho certo.
6) Todo ser humano tem um perfil sexual próprio, e deve exercê-lo sem culpa - desde que não obrigue os outros a exercê-lo com ele.
7) Todo ser humano tem uma Lenda Pessoal a ser cumprida, e esta é a sua razão de estar neste mundo. A Lenda Pessoal manifesta-se através do entusiasmo com sua tarefa.
Parágrafo único: pode-se abandonar por certo tempo a Lenda Pessoal, desde que não se esqueça dela, e volte assim que for possível.
8) Todo homem tem o seu lado feminino, e toda mulher tem o seu lado masculino. É necessário usar a disciplina com intuição, e usar a intuição com objetividade.
9) Todo ser humano precisa conhecer duas linguagens: a linguagem da sociedade e a linguagem dos sinais. Uma serve para a comunicação com os outros. A outra serve para entender as mensagens de Deus.
10) Todo ser humano tem direito à busca da alegria, e entende-se por alegria algo que o deixa contente - não necessariamente aquilo que deixa os outros contentes.
11) Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal.
12) São considerados faltas graves apenas os seguintes itens: não respeitar o direito do próximo, deixar-se paralisar pelo medo, sentir-se culpado, achar que não merece o bom e o mal que lhe acontece na vida, e ser covarde.
Parágrafo 1 - amaremos nossos adversários, mas não faremos alianças com eles. Foram colocados no nosso caminho para testar nossa espada, e merecem o respeito de nossa luta.
Parágrafo 2 - escolheremos nossos adversários.
13) Todas as religiões levam ao mesmo Deus, e todas merecem o mesmo respeito.
Parágrafo único - Um homem que escolhe uma religião, também está escolhendo uma maneira coletiva de adorar e compartilhar os mistérios. Entretanto, ele é o único responsável por suas ações no Caminho, e não tem o direito de transferir para a religião a responsabilidade de suas decisões.
14) Fica decretado o fim do muro que separa o sagrado do profano: a partir de agora, tudo é sagrado.
15) Tudo que é feito no presente afeta o futuro por conseqüência, e o passado por redenção.
Revogam-se as disposições em contrário.
Copyright © 2003 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
quinta-feira, janeiro 24, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 150]
"Concentre-se mais em seu desejo do que na sua dúvida, e o sonho cuidará de si próprio. Você pode se surpreender de quão facilmente isso acontece. Suas dúvidas não são tão poderosas como seus desejos, a menos que você as torne assim."
(Marcia Wieder)
"Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui."
(Neale Donald Walsch)
"O ser humano cultuará algo, não tenha dúvidas sobre isso. Podemos pensar que nosso tributo é pago em segredo no recesso escuro de nossos corações, mas ele se revelará. Aquilo que domina nossas imaginações e nossos pensamentos determinará nossa vida e nosso caráter. Portanto, cabe a nós termos cuidado com o que adoramos, pois o que nós estamos venerando nós estamos nos tornando."
(Ralph Waldo Emerson)
(Marcia Wieder)
"Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui."
(Neale Donald Walsch)
"O ser humano cultuará algo, não tenha dúvidas sobre isso. Podemos pensar que nosso tributo é pago em segredo no recesso escuro de nossos corações, mas ele se revelará. Aquilo que domina nossas imaginações e nossos pensamentos determinará nossa vida e nosso caráter. Portanto, cabe a nós termos cuidado com o que adoramos, pois o que nós estamos venerando nós estamos nos tornando."
(Ralph Waldo Emerson)
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 149]
Descobrindo o objetivo
Quando se quer uma coisa, o Universo inteiro conspira a favor. O guerreiro da luz sabe disso.
Por esta razão, toma muito cuidado com seus pensamentos. Escondidos debaixo de uma série de boas intenções estão desejos que ninguém ousa confessar a si mesmo: a vingança, a autodestruição, a culpa, o medo da vitória, a alegria macabra com a tragédia dos outros.
O Universo não julga: conspira a favor do que desejamos. Por isso, o guerreiro tem coragem de olhar para as sombras de sua alma e procura iluminá-las com a luz do perdão.
O guerreiro da luz é senhor dos seus pensamentos.
Celebrando o ano que termina
O guerreiro viveu todos os dias do ano que passou, e mesmo que tenha perdido grandes batalhas, sobreviveu e está aqui. Isso é uma vitória. Esta vitória custou momentos difíceis, noites de dúvidas, intermináveis dias de espera. Desde os tempos antigos, celebrar um triunfo faz parte do próprio ritual da vida.
A comemoração é um rito de passagem.
Os companheiros olham a alegria do guerreiro da luz, e pensam: "por que faz isto? Pode decepcionar-se em seu próximo combate. Pode atrair a fúria do inimigo".
Mas o guerreiro sabe o motivo de seu gesto. Ele se beneficia do melhor presente que a vitória é capaz de trazer: confiança.
O guerreiro celebra o ano que passou, para ter mais forças nas batalhas de amanhã.
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Quando se quer uma coisa, o Universo inteiro conspira a favor. O guerreiro da luz sabe disso.
Por esta razão, toma muito cuidado com seus pensamentos. Escondidos debaixo de uma série de boas intenções estão desejos que ninguém ousa confessar a si mesmo: a vingança, a autodestruição, a culpa, o medo da vitória, a alegria macabra com a tragédia dos outros.
O Universo não julga: conspira a favor do que desejamos. Por isso, o guerreiro tem coragem de olhar para as sombras de sua alma e procura iluminá-las com a luz do perdão.
O guerreiro da luz é senhor dos seus pensamentos.
Celebrando o ano que termina
O guerreiro viveu todos os dias do ano que passou, e mesmo que tenha perdido grandes batalhas, sobreviveu e está aqui. Isso é uma vitória. Esta vitória custou momentos difíceis, noites de dúvidas, intermináveis dias de espera. Desde os tempos antigos, celebrar um triunfo faz parte do próprio ritual da vida.
A comemoração é um rito de passagem.
Os companheiros olham a alegria do guerreiro da luz, e pensam: "por que faz isto? Pode decepcionar-se em seu próximo combate. Pode atrair a fúria do inimigo".
Mas o guerreiro sabe o motivo de seu gesto. Ele se beneficia do melhor presente que a vitória é capaz de trazer: confiança.
O guerreiro celebra o ano que passou, para ter mais forças nas batalhas de amanhã.
Copyright © 2008 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
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