Abaixo, trecho da entrevista que o psicanalista inglês, Adam Phillips, concedeu à revista Veja, na edição 1793, de março de 2003:
Por que o número de cirurgias plásticas e implantes de silicone não pára de aumentar?
Phillips – Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas. Há uma enorme sensação de invisibilidade. Todo mundo acha que ficou de fora de algo, mas não sabe do que exatamente. É como se sempre houvesse uma festa imperdível em algum lugar e ninguém conseguisse encontrar o local. A obsessão por beleza reflete a necessidade de ser amado e aceito.
Essa necessidade é maior hoje do que era no passado?
Phillips – Na cultura atual, parece que há apenas dez pessoas que realmente estão vivendo. São as celebridades. O resto encontra-se num nível bem mais baixo. Isso tudo é um absurdo sem tamanho. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada. Esse estado de coisas deixa muita gente enfurecida e infeliz.
Por que mulheres e homens parecem totalmente obcecados por dietas de emagrecimento e exercícios?
Phillips – É uma nova versão do que Freud chamou de histeria. Mas, desde que ele escreveu sobre o assunto, as coisas pioraram. Todos devem estar se sentindo muito enfermos e vulneráveis para se preocupar de forma tão doentia com a saúde. O sexo é outro assunto preocupante. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados com o estilo de vida que levamos.
Isso tem relação com o número de casos de depressão?
Phillips – Muitas pessoas conseguem suportar o mundo contemporâneo apenas num estado de depressão. Se não estivessem assim, ficariam enfurecidas e tentariam mudar o mundo. Hoje trabalhamos e produzimos numa velocidade que impede a reflexão sobre o significado de nossa vida. Estamos hipnotizados. Vivemos em sociedades em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos, mais importante ser famoso do que amar. Isso é enlouquecedor. Estamos todos muito sós e famintos de contatos eróticos que sejam genuinamente criativos.
O que é depressão?
Phillips – Para muita gente, é melhor estar quase morto que totalmente vibrante diante de uma situação difícil. A depressão funciona como um escudo para evitar situações conflituosas. Esse tipo de comportamento certamente aumentou. Dito isso, sofremos de outro tipo de problema. É a indústria do diagnóstico. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.
Muitas crianças têm agenda lotada de compromissos. Há tempo para ser criança no mundo atual?
Phillips – Com certeza, não. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar. Há grande ansiedade da parte dos pais em relação ao futuro. Essa pressão está literalmente enlouquecendo muitas crianças. A decisão sobre a profissão está acontecendo cada vez mais cedo. No século XIV, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: "ser rico e famoso". Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.
Do ponto de vista dos pais, não é legítimo o desejo de sucesso e riqueza para os filhos?
Phillips – Claro. Não acho que as crianças deveriam ser educadas para se tornar revolucionárias. Mas é possível melhorar o que temos. Os pais devem ter como objetivo garantir o futuro de seus filhos e, ao mesmo tempo, deixá-los mais à vontade, com mais tempo e espaço para ser menos focados, menos objetivos. Adiar as decisões sobre o futuro, dar tempo ao tempo.
O senhor consegue atingir esse equilíbrio com sua filha de 8 anos?
Phillips – Acho que sim. Não fico tentando entender tudo que minha filha faz e diz. Estou mais preocupado em que se divirta. Não acredito num planejamento milimétrico para o futuro de uma criança, como se tudo pudesse ser programado.
Há alguns anos se fala da necessidade de dar limites aos filhos. Por que os pais acham essa tarefa tão difícil?
Phillips – É assim porque os pais não acreditam nos limites. É preciso acreditar neles para que funcionem. A cultura em que vivemos não facilita esse trabalho. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.
Como os pais podem resolver esse problema?
Phillips – Resolver o problema é algo muito ambicioso. O que podemos fazer é instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos. O que está a nosso alcance é ensiná-los a ser críticos. Mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas. Será que realmente precisamos de tal coisa? Será que é a melhor opção? Será que tal comportamento é o melhor? Outro problema é a incapacidade dos adultos de ser adultos. Os pais também devem aprender a ser odiados pelos filhos em algumas ocasiões. Muitas pessoas têm filhos porque acham que o nascimento deles é uma garantia de que serão amados de forma incondicional e eterna. Por isso, têm receio do ódio e da desaprovação deles. Tratam crianças como se fossem adultos. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.
Os remédios e as terapias alternativas estão acabando com a psicanálise?
Phillips – A psicanálise está apenas começando. A experiência de ser ouvido é muito poderosa. Definitivamente, tem efeito benéfico. É verdade que num mundo ideal ninguém precisaria de analista. O diálogo com os amigos daria conta do recado. O problema é que não temos a coragem de contar certas coisas aos amigos. Outras podemos até contar, mas os amigos não sabem como ajudar.
Os amigos, pelo menos, não cobram uma exorbitância para ouvir, não é verdade?
Phillips – Essa crítica é totalmente válida. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo "se um produto é caro, então é bom". Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.
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sábado, outubro 13, 2012
Lições para 'o caminho' [Km 254]
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sábado, setembro 26, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 221]
"No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?"
As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?
Copyright © 2009 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?
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sexta-feira, agosto 21, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 215]
Frequentemente, as forças do mal são mais sutis e menos manifestas. Quase tão horrível como o mal em si é a sua negação, como no caso das pessoas que passam pela vida vendo tudo cor-de-rosa. Na verdade, a negação do mal pode em certos sentidos perpetuar o próprio mal. No livro 'Em Busca das Pedras', escrevi sobre essa tendência, comum em muitas pessoas com boa situação financeira, cujo dinheiro isola-as no seu mundo de opulência. Elas não conseguem realmente enxergar a pobreza que existe bem perto delas, e assim evitam aceitar qualquer responsabilidade que por acaso tenham no problema. Muitos pegam o trem todos os dias nos seus refúgios suburbanos, para trabalhar no centro de Nova York, sem tirar as vistas de seus jornais quando passam pelos setores mais empobrecidos do Harlem. As favelas tornam-se invisíveis e o mesmo acontece, assim, com quem nelas está imerso.
De outro lado estão aqueles que têm cínica opinião a respeito do mundo e parecem acreditar que o mal se esconde detrás de tudo. A visão deles é sombria e fatalista, mesmo em meio à inocência e à beleza. Eles procuram o pior em tudo, sem nunca reparar no que é positivo e dá sustentação à vida. Quando o desespero e o cinismo são como demônios para nós, arriscamo-nos também a perpetuar o mal. Embora não possamos evitar os nossos demônios, podemos optar por não lhes dar as boas-vindas nem nos aliar a eles. Para sermos sadios, devemos combatê-los pessoalmente.
Copyright © 2009 by M. Scott Peck Todos os direitos reservados. All rights reserved.
De outro lado estão aqueles que têm cínica opinião a respeito do mundo e parecem acreditar que o mal se esconde detrás de tudo. A visão deles é sombria e fatalista, mesmo em meio à inocência e à beleza. Eles procuram o pior em tudo, sem nunca reparar no que é positivo e dá sustentação à vida. Quando o desespero e o cinismo são como demônios para nós, arriscamo-nos também a perpetuar o mal. Embora não possamos evitar os nossos demônios, podemos optar por não lhes dar as boas-vindas nem nos aliar a eles. Para sermos sadios, devemos combatê-los pessoalmente.
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domingo, agosto 09, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 213]
Dúvidas do cotidiano
(Flávio Gikovate)
As pessoas comentam que a paixão, aquele estado inicial do encantamento amoroso no qual o coração bate forte e tudo parece fascinante e assustador ao mesmo tempo, corresponde ao período mais interessante do relacionamento amoroso. Depois, com o passar do tempo, tudo tende à rotina e a uma certa monotonia já que a intensidade do amor diminui. É mesmo assim que as coisas acontecem?
Resposta: Penso de um modo diferente sobre o amor e a paixão. Acho a paixão uma condição dolorosa e na qual passamos muito medo: medo de perder aquela pessoa que, apesar de mal conhecermos, se transformou em essencial para nosso bem estar e felicidade; medo também que a relação evolua, condição na qual os compromissos mais sérios podem não estar nos nossos planos para aquele momento da vida; enfim, medo de um grande sofrimento, já que toda constituição de um elo é o embrião de uma possível ruptura! O amor, condição que se segue, corresponde a uma situação na qual os medos diminuíram muito tanto porque já conhecemos melhor o amado e desenvolvemos alguma segurança no relacionamento como porque já aceitamos de nos comprometer. Assim, paixão é amor + medo. Com o fim da paixão, vai embora o medo e o amor se mantém igual. Com o fim da paixão, acaba o filme de suspense e começa o filme de amor, mais calmo, mais doce. Amor é paz e aconchego ao lado de uma outra pessoa. Não é monótono e nem chato, mas é só isso. Acho ótimo que seja assim. Acho que temos que aprender a buscar nossas emoções mais fortes em outras áreas ao invés de tumultuarmos nossas relações amorosas. Vivenciamos tensões fortes e grande incerteza na vida prática, no trabalho, nos esportes etc. No amor, devemos buscar nosso porto seguro, adorável se houver companheirismo e afinidades intelectuais, além, é claro, das deliciosas sensações que as trocas de carícias eróticas determinam.
Como definir uma pessoa má? Trata-se de uma característica inata ou é algo que foi adquirido ao longo dos anos de formação? Como ajudar alguém a evoluir moralmente?
Resposta: Trata-se de uma questão muito complexa, mas eu penso que, para a grande maioria dos casos, a maldade é filha da fraqueza. Ou seja, não acredito que existam pessoas que gostem de ser más e se orgulhem disso. Atos maldosos são, quase sempre, derivados de emoções que escaparam do controle da pessoa, especialmente aqueles que dependem da inveja: ao admirar e valorizar algo em outra pessoa, a criatura mais fraca se sente diminuída e humilhada pela presença daquela virtude. Não sendo capaz de se conter, reage violentamente ao que foi sentido como uma agressão – a presença, no outro, da qualidade admirada e não possuída. Pessoas imaturas, egoístas e pouco tolerantes a contrariedades e frustrações é que fazem parte daquelas que chamamos de más, justamente porque investem contra nós sem que tenhamos feito algo de negativo para elas. Reagem com raiva pelo simples fato de sermos do modo como somos e isso lhes mostrar suas limitações e incompetências. É por isso que penso que se essas pessoas egoístas e invejosas conseguirem evoluir emocionalmente, o que implica em aprenderem a tolerar melhor as dores da vida, poderão perfeitamente se tornar criaturas portadoras das virtudes que tanto invejam. Tudo isso faz parte das nossas aquisições ao longo da vida e pode ser alcançado em qualquer idade. A verdade é que os egoístas gostam de mostrar que estão felizes mas não é verdade. Quem está feliz não age de forma agressiva – e gratuitamente – contra ninguém. Pessoa feliz não tem tanta inveja, não é tão insegura e ciumenta. É hora de pensarmos de forma mais séria sobre nossos valores morais e aqueles das pessoas que nos cercam. Uma sociedade que defina de modo mais claro o que são virtudes e o que são vícios ajudará tanto os adultos como suas crianças a evoluírem de forma mais rápida na direção da maturidade emocional e moral, condição fundamental para que as pessoas possam se sentir felizes, orgulhosas de si mesmas e, portanto, menos invejosas. Quem está bem se preocupa menos com os outros, com o que têm ou deixam de ter. Estão mesmo é interessadas em alcançar seus objetivos.
* Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
Copyright © 2009 by Flávio Gikovate Todos os direitos reservados. All rights reserved.
(Flávio Gikovate)
As pessoas comentam que a paixão, aquele estado inicial do encantamento amoroso no qual o coração bate forte e tudo parece fascinante e assustador ao mesmo tempo, corresponde ao período mais interessante do relacionamento amoroso. Depois, com o passar do tempo, tudo tende à rotina e a uma certa monotonia já que a intensidade do amor diminui. É mesmo assim que as coisas acontecem?
Resposta: Penso de um modo diferente sobre o amor e a paixão. Acho a paixão uma condição dolorosa e na qual passamos muito medo: medo de perder aquela pessoa que, apesar de mal conhecermos, se transformou em essencial para nosso bem estar e felicidade; medo também que a relação evolua, condição na qual os compromissos mais sérios podem não estar nos nossos planos para aquele momento da vida; enfim, medo de um grande sofrimento, já que toda constituição de um elo é o embrião de uma possível ruptura! O amor, condição que se segue, corresponde a uma situação na qual os medos diminuíram muito tanto porque já conhecemos melhor o amado e desenvolvemos alguma segurança no relacionamento como porque já aceitamos de nos comprometer. Assim, paixão é amor + medo. Com o fim da paixão, vai embora o medo e o amor se mantém igual. Com o fim da paixão, acaba o filme de suspense e começa o filme de amor, mais calmo, mais doce. Amor é paz e aconchego ao lado de uma outra pessoa. Não é monótono e nem chato, mas é só isso. Acho ótimo que seja assim. Acho que temos que aprender a buscar nossas emoções mais fortes em outras áreas ao invés de tumultuarmos nossas relações amorosas. Vivenciamos tensões fortes e grande incerteza na vida prática, no trabalho, nos esportes etc. No amor, devemos buscar nosso porto seguro, adorável se houver companheirismo e afinidades intelectuais, além, é claro, das deliciosas sensações que as trocas de carícias eróticas determinam.
Como definir uma pessoa má? Trata-se de uma característica inata ou é algo que foi adquirido ao longo dos anos de formação? Como ajudar alguém a evoluir moralmente?
Resposta: Trata-se de uma questão muito complexa, mas eu penso que, para a grande maioria dos casos, a maldade é filha da fraqueza. Ou seja, não acredito que existam pessoas que gostem de ser más e se orgulhem disso. Atos maldosos são, quase sempre, derivados de emoções que escaparam do controle da pessoa, especialmente aqueles que dependem da inveja: ao admirar e valorizar algo em outra pessoa, a criatura mais fraca se sente diminuída e humilhada pela presença daquela virtude. Não sendo capaz de se conter, reage violentamente ao que foi sentido como uma agressão – a presença, no outro, da qualidade admirada e não possuída. Pessoas imaturas, egoístas e pouco tolerantes a contrariedades e frustrações é que fazem parte daquelas que chamamos de más, justamente porque investem contra nós sem que tenhamos feito algo de negativo para elas. Reagem com raiva pelo simples fato de sermos do modo como somos e isso lhes mostrar suas limitações e incompetências. É por isso que penso que se essas pessoas egoístas e invejosas conseguirem evoluir emocionalmente, o que implica em aprenderem a tolerar melhor as dores da vida, poderão perfeitamente se tornar criaturas portadoras das virtudes que tanto invejam. Tudo isso faz parte das nossas aquisições ao longo da vida e pode ser alcançado em qualquer idade. A verdade é que os egoístas gostam de mostrar que estão felizes mas não é verdade. Quem está feliz não age de forma agressiva – e gratuitamente – contra ninguém. Pessoa feliz não tem tanta inveja, não é tão insegura e ciumenta. É hora de pensarmos de forma mais séria sobre nossos valores morais e aqueles das pessoas que nos cercam. Uma sociedade que defina de modo mais claro o que são virtudes e o que são vícios ajudará tanto os adultos como suas crianças a evoluírem de forma mais rápida na direção da maturidade emocional e moral, condição fundamental para que as pessoas possam se sentir felizes, orgulhosas de si mesmas e, portanto, menos invejosas. Quem está bem se preocupa menos com os outros, com o que têm ou deixam de ter. Estão mesmo é interessadas em alcançar seus objetivos.
* Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
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sábado, julho 04, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 207]
"Todo homem é culpado por todo bem que ele não fez."
(Voltaire)
"Você não viveu um dia perfeito a menos que você tenha feito algo bom por alguém que nunca será capaz de te retribuir."
(Ruth Smeltzer)
"A vida é na maior parte espuma e bolhas, mas duas coisas prevalecem como pedra - bondade com os problemas alheios e coragem com os seus próprios."
(Princesa Diana)
"Existe uma maravilhosa mítica lei da natureza que as três coisas que mais desejamos na vida - felicidade, liberdade e paz de espírito - são sempre obtidas quando as concedemos a alguém mais."
(Peyton Conway March)
"Não podemos buscar realização para nós mesmos e esquecer do progresso e prosperidade para nossa comunidade. Nossas ambições precisam ser amplas o suficiente para incluir as aspirações e necessidades dos outros, pelo bem deles e pelo nosso próprio."
(Cesar Chavez)
(Voltaire)
"Você não viveu um dia perfeito a menos que você tenha feito algo bom por alguém que nunca será capaz de te retribuir."
(Ruth Smeltzer)
"A vida é na maior parte espuma e bolhas, mas duas coisas prevalecem como pedra - bondade com os problemas alheios e coragem com os seus próprios."
(Princesa Diana)
"Existe uma maravilhosa mítica lei da natureza que as três coisas que mais desejamos na vida - felicidade, liberdade e paz de espírito - são sempre obtidas quando as concedemos a alguém mais."
(Peyton Conway March)
"Não podemos buscar realização para nós mesmos e esquecer do progresso e prosperidade para nossa comunidade. Nossas ambições precisam ser amplas o suficiente para incluir as aspirações e necessidades dos outros, pelo bem deles e pelo nosso próprio."
(Cesar Chavez)
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sexta-feira, janeiro 04, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 147]
Já que o termo 'karma' parece ter entrado no vocabulário cotidiano, talvez valha a pena esclarecer um pouco o conceito. 'Karma' é uma palavra sânscrita que significa "ação". Designa uma força ativa, significando que o resultado dos acontecimentos futuros pode ser influenciado por nossas ações. Supor que 'karma' seja uma espécie de energia independente que predestina o curso de toda a nossa vida é incorreto. Quem cria o 'karma'? Nós mesmos. O que pensamos, dizemos, fazemos, desejamos e omitimos cria o 'karma'. À medida que escrevo, por exemplo, a própria ação cria novas circunstâncias e causa algum outro acontecimento. Minhas palavras causam uma reação na mente do leitor. Em tudo o que fazemos existe causa e efeito, sempre causa e efeito. Em nossa vida diária, a comida que ingerimos, o trabalho que realizamos e o nosso descanso, tudo é a função da ação: nossa ação. Isso é o 'karma'. Não podemos, portanto, sacudir os ombros sempre que nos defrontarmos com o sofrimento inevitável. Dizer que todo infortúnio é mero resultado do 'karma' equivale a dizer que somos totalmente impotentes diante da vida. Se isso fosse verdade, não haveria motivo para se ter qualquer esperança. O melhor seria rezar pelo fim do mundo.
Copyright © 1999 by Tenzin Gyatso, o Dalai Lama Todos os direitos reservados. All rights reserved.
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sexta-feira, dezembro 07, 2007
Lições para 'o caminho' [Km 145]
Consumo Consciente
A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.
Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.
O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Pratique o consumo consciente e estimule sua família e amigos a fazer o mesmo.
• Compre somente o necessário
O primeiro passo para combater o excesso de lixo é combater o excesso de luxo. Evite fazer compras por impulso e não consuma além de suas possibilidades, para não desperdiçar (e não se endividar). Planeje bem antes de ir ao mercado e evite comprar grandes volumes para estoque. Quanto menos você comprar, menos vai jogar fora.
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A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.
Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.
O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Pratique o consumo consciente e estimule sua família e amigos a fazer o mesmo.
• Compre somente o necessário
O primeiro passo para combater o excesso de lixo é combater o excesso de luxo. Evite fazer compras por impulso e não consuma além de suas possibilidades, para não desperdiçar (e não se endividar). Planeje bem antes de ir ao mercado e evite comprar grandes volumes para estoque. Quanto menos você comprar, menos vai jogar fora.
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sexta-feira, agosto 24, 2007
Lições para 'o caminho' [Km 137]
Todos desejamos nos tornarmos pessoas melhores. Muitos são os homens e mulheres que alcançam algum tipo de "sucesso" - ganham fábulas de dinheiro, tornam-se mundialmente famosos -, mas não encontram felicidade nem satisfação. Por quê?
Porque essas pessoas não conhecem suas necessidades, compreendem mal os próprios talentos e não descobrem os seus desejos mais verdadeiros e profundos. O resultado é o conflito, a infelicidade e a insatisfação. A superposição de sucesso exterior com insatisfação pessoal é desconcertante; às vezes, assustadora.
Sucesso é a pessoa se tornar quem realmente é.
Poetas devem escrever poesia, artistas devem pintar, músicos devem compor, amantes devem amar, corredores devem correr. Ao escrever poesia, o poeta cria uma ligação entre sua necessidade, seu desejo e seu talento. A conseqüência desta grande combinação de necessidade, desejo e talento é paz, contentamento e um profundo senso de satisfação e realização. Para o poeta, não escrever poesia seria loucura.
Nós enlouquecemos quando tentamos ser pessoas diferentes daquelas que realmente somos.
Não podemos ser felizes querendo ser outra pessoa, por melhor que ela possa ser. Jamais encontraremos felicidade e realização seguindo o sonho de outro, por mais nobre que seja esse sonho.
O verdadeiro sucesso reside na busca de saber qual é, na verdade, o seu ser individual e único; de encontrar o seu próprio dom especial, seu talento, sua aptidão; e de desenvolver esse dom em benefício de todos. Esse tipo de sucesso enriquece a pessoa, sob todos os aspectos. Esse tipo de sucesso faz toda a sociedade evoluir.
Sucesso não é apenas realização, é também contribuição.
Copyright © 2006 by Matthew Kelly ('O ritmo da vida' - 1.a Edição - Ed. Sextante) Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Porque essas pessoas não conhecem suas necessidades, compreendem mal os próprios talentos e não descobrem os seus desejos mais verdadeiros e profundos. O resultado é o conflito, a infelicidade e a insatisfação. A superposição de sucesso exterior com insatisfação pessoal é desconcertante; às vezes, assustadora.
Sucesso é a pessoa se tornar quem realmente é.
Poetas devem escrever poesia, artistas devem pintar, músicos devem compor, amantes devem amar, corredores devem correr. Ao escrever poesia, o poeta cria uma ligação entre sua necessidade, seu desejo e seu talento. A conseqüência desta grande combinação de necessidade, desejo e talento é paz, contentamento e um profundo senso de satisfação e realização. Para o poeta, não escrever poesia seria loucura.
Nós enlouquecemos quando tentamos ser pessoas diferentes daquelas que realmente somos.
Não podemos ser felizes querendo ser outra pessoa, por melhor que ela possa ser. Jamais encontraremos felicidade e realização seguindo o sonho de outro, por mais nobre que seja esse sonho.
O verdadeiro sucesso reside na busca de saber qual é, na verdade, o seu ser individual e único; de encontrar o seu próprio dom especial, seu talento, sua aptidão; e de desenvolver esse dom em benefício de todos. Esse tipo de sucesso enriquece a pessoa, sob todos os aspectos. Esse tipo de sucesso faz toda a sociedade evoluir.
Sucesso não é apenas realização, é também contribuição.
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terça-feira, setembro 13, 2005
Lições para 'o caminho' [Km 078]
Seremos mais felizes conforme...
- Formos capazes de conhecer e compreender a interdependência entre os órgãos que compõem nosso corpo físico, bem como nossa mente e nosso espírito, dedicando tempo para conectá-los e mantê-los saudáveis.
(André Felipe)
- Conciliarmos a qualidade e a quantidade do nosso sono, a forma como descansamos e a forma como despertamos.
(Guilherme Werner / Espaço Coringa)
- Possamos ter abrigo com conforto, espaço e dignidade em doses razoáveis, acesso à riqueza material, de forma que se possa viver o mais longe possível do horror da miséria e o mais próximo possível da generosidade.
(Ioram Finguerman)
- Possamos ter acesso a educação, instrumento e treinamento, de modo a expandir nosso próprio potencial da maneira mais ampla possível, para que se possa viver melhor e compartilhar os benefícios dessa existência mais iluminada com os outros.
(Dudu Braga)
- Possamos conhecer, entender, respeitar e apreciar outras formas de pensamento, modelos de vida, culturas, filosofias, raças, opiniões, cores, expressões artísticas, físicas e culturais de modo a compartilhar valores e somar vivências.
(Christian Cravo)
- Possamos nos sentir seguros, acolhidos e protegidos na família, na comunidade e na sociedade em que vivemos.
(Kiko Ferrite)
- Possamos vivenciar e compartilhar um ambiente natural limpo, com ar, água, luz, espaço, sons e imagens que possam garantir bem-estar e saúde, preservando e garantindo a sustentabilidade futura desse ambiente [você no centro].
(Isay Weinfeld)
- Possamos expressar nossa própria criatividade, idéias e opiniões de forma livre, sendo respeitados em nossas crenças e éticas e respeitando os demais.
(Alê Ferreira)
- Tivermos a possibilidade de desenvolver um trabalho que gere prazer para si e para o outro. E, quando não for possível, encontrarmos prazer para si e para o outro no trabalho que se tem para desenvolver.
(Nika Santos)
- A quantidade e qualidade de tempo dedicado a produção, preparação e fruição dos alimentos. A qualidade dos próprios alimentos e a capacidade de eliminar o que deles não pudermos aproveitar.
(Giovanni Bianco)
- A quantidade e qualidade de tempo dedicado ao espírito, à mente, à alma, ao que está da epiderme para dentro e aos relacionamentos humanos que nos são mais caros e especiais.
(Caio Reisewitz)
Copyright © 2005. Revista TRIP (edição: 136) Todos os direitos reservados. All rights reserved.
- Formos capazes de conhecer e compreender a interdependência entre os órgãos que compõem nosso corpo físico, bem como nossa mente e nosso espírito, dedicando tempo para conectá-los e mantê-los saudáveis.
(André Felipe)
- Conciliarmos a qualidade e a quantidade do nosso sono, a forma como descansamos e a forma como despertamos.
(Guilherme Werner / Espaço Coringa)
- Possamos ter abrigo com conforto, espaço e dignidade em doses razoáveis, acesso à riqueza material, de forma que se possa viver o mais longe possível do horror da miséria e o mais próximo possível da generosidade.
(Ioram Finguerman)
- Possamos ter acesso a educação, instrumento e treinamento, de modo a expandir nosso próprio potencial da maneira mais ampla possível, para que se possa viver melhor e compartilhar os benefícios dessa existência mais iluminada com os outros.
(Dudu Braga)
- Possamos conhecer, entender, respeitar e apreciar outras formas de pensamento, modelos de vida, culturas, filosofias, raças, opiniões, cores, expressões artísticas, físicas e culturais de modo a compartilhar valores e somar vivências.
(Christian Cravo)
- Possamos nos sentir seguros, acolhidos e protegidos na família, na comunidade e na sociedade em que vivemos.
(Kiko Ferrite)
- Possamos vivenciar e compartilhar um ambiente natural limpo, com ar, água, luz, espaço, sons e imagens que possam garantir bem-estar e saúde, preservando e garantindo a sustentabilidade futura desse ambiente [você no centro].
(Isay Weinfeld)
- Possamos expressar nossa própria criatividade, idéias e opiniões de forma livre, sendo respeitados em nossas crenças e éticas e respeitando os demais.
(Alê Ferreira)
- Tivermos a possibilidade de desenvolver um trabalho que gere prazer para si e para o outro. E, quando não for possível, encontrarmos prazer para si e para o outro no trabalho que se tem para desenvolver.
(Nika Santos)
- A quantidade e qualidade de tempo dedicado a produção, preparação e fruição dos alimentos. A qualidade dos próprios alimentos e a capacidade de eliminar o que deles não pudermos aproveitar.
(Giovanni Bianco)
- A quantidade e qualidade de tempo dedicado ao espírito, à mente, à alma, ao que está da epiderme para dentro e aos relacionamentos humanos que nos são mais caros e especiais.
(Caio Reisewitz)
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