sexta-feira, outubro 15, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 248]

Cada um de nós é como um livro... Que guarda sua própria história: com início, meio e fim... Nosso corpo é só uma casa onde a alma habita e a morte é o último vôo de nossa alma... Que parte por não caber mais nessa casa, como se quisesse começar uma nova história, um novo livro.
Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver, mas eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito. Penso, logo sei que existir é uma circunstância.

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segunda-feira, setembro 27, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 247]

A vida é cheia de ilusões. Mais ainda: muitos relacionamentos são o próprio mundo das ilusões. As pessoas se iludem muito e depois se decepcionam com as fantasias que elas mesmas criaram.
Talvez a maior ilusão seja construída em torno daquela conhecida frase das histórias de cinema: "E foram felizes para sempre."
A verdade é que encontrar uma pessoa, se apaixonar, namorar e casar é apenas o ponto de partida para uma nova caminhada na nossa vida.
Mas tem um segredo: Pessoas felizes constroem um casamento feliz. Pessoas infelizes constroem casamentos infelizes. Então, você tem que dar um jeito de ser feliz sozinho, antes de querer ser feliz junto de alguém.
A primeira ilusão que as pessoas têm é de que o casamento vai resolver seus problemas. Mas casamento não resolve problema de ninguém. Pelo contrário, se você tiver essa ilusão, o casamento vai aumentar os seus problemas.
A segunda ilusão é querer encontrar a pessoa perfeita para ter como companheiro. Não busque a perfeição. Essa é uma meta inatingível. Nem você é perfeito, nem vai encontrar a pessoa perfeita.
O casamento dá certo para pessoas que não são dependentes uma da outra. Os dois têm de aprender a crescer juntos.
Mas, o mais importante de tudo é saber que o outro sempre é o seu espelho. Quando você critica o outro, na verdade não está falando dele, está falando de si mesmo. Sempre que você reclama algo de alguém, é preciso perceber como esse problema começa antes em você.
É importante entender, se quer ter um relacionamento que dê certo na sua vida, que tudo o que acontece com você, é você mesmo quem provoca.
Portanto só você mesmo pode mudar. Só você pode escolher o que quer para a sua vida, para os seus relacionamentos. A escolha é sempre sua. Portanto, olhe para dentro de você e realize a sua vocação: deixe aparecer o ser amoroso que você é.
Cuide bem de seus relacionamentos e seja feliz.

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terça-feira, maio 18, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 246]

"Não sou o tipo de pessoa que está em busca de tumbas de santos, rios sagrados, locais de milagres ou aparições. Para mim, peregrinar é celebrar. Tanto meu pai como minha mãe morreram cedo, de ataque cardíaco, e talvez eu tenha propensão para isso.
Portanto, como posso partir cedo desta vida, preciso conhecer o máximo do mundo, e ter toda a alegria que mereço.
Quando morreu minha mãe, eu prometi a mim mesma:
- Me alegrar sempre que o sol nascesse de novo a cada manhã;
- Olhar o futuro, mas nunca sacrificar o presente por causa disso;
- Sempre aceitar o amor quando ele cruzasse o meu caminho;
- Viver cada minuto, sem jamais adiar qualquer coisa que possa me deixar contente."
(depoimento de uma peregrina canadense, em Villafranca del Bierzo, Espanha - primavera de 2006)


"O crítico não conta absolutamente nada: tudo que faz é apontar um dedo acusador no momento em que o forte sofre uma queda, ou na hora em que o que está fazendo algo comete um erro. O verdadeiro crédito vai para aquele que está na arena, como rosto sujo de poeira, suor e sangue, lutando com coragem.
O verdadeiro crédito vai para aquele que erra, que falha, mas que aos poucos vai acertando, porque não existe esforço sem erro. Ele conhece o grande entusiasmo, a grande devoção, e está gastando sua energia em algo que vale a pena. Este é o verdadeiro homem, que na melhor das hipóteses irá conhecer a vitória e a conquista, e que na pior das hipóteses irá cair; mas mesmo em sua queda é grande, porque viveu com coragem, e esteve acima daquelas almas mesquinhas que jamais conheceram vitórias ou derrotas."
(parte do discurso que o presidente americano Theodore Roosevelt pronunciou na Sorbonne de Paris, no dia 23 de abril de 1910)

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terça-feira, abril 27, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 245]

Responsabilidade e risco

A raiz latina da palavra "responsabilidade" desvenda o seu significado: capacidade de responder, de reagir.
Um guerreiro responsável foi capaz de observar e treinar. Foi, inclusive, capaz de ser "irresponsável": às vezes deixou-se levar pela situação, e não reagiu.
Mas aprendeu as lições; tomou uma atitude, ouviu um conselho, teve a humildade de aceitar ajuda.
Um guerreiro responsável não é o que coloca sobre seus ombros o peso do mundo; é aquele que consegue lidar com os desafios do momento presente.
Evidente que às vezes fica apavorado diante de decisões importantes.
"Isto é grande demais para você", diz um amigo.
"Vá em frente, tenha coragem", diz outro.
E suas dúvidas aumentam.
Depois de alguns dias de angústia, ele recolhe-se ao canto de sua tenda, onde costuma sentar-se para meditar e orar. Vê a si mesmo no futuro. Vê as pessoas que serão beneficiadas e prejudicadas por sua atitude. Ele não quer causar sofrimentos inúteis, mas tampouco quer abandonar o caminho.
O guerreiro então deixa que a decisão se manifeste. Se for preciso dizer sim, ele dirá com coragem. Se for preciso dizer não, ele dirá sem covardia. Quando o guerreiro assume uma responsabilidade, mantém sua palavra.
Os que prometem e não cumprem, perdem o respeito próprio, tem vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir. Gastam muito mais energia desonrando a palavra, que o guerreiro da luz usa para manter seus compromissos.
Às vezes também ele assume uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo. Não torna a repetir esta atitude - mas, mesmo assim, honra sua palavra e paga o preço de sua impulsividade.
Claro que termina por escutar opiniões desfavoráveis. Mas, antes de dar ouvidos a qualquer coisa, procura sempre informar-se se quem dá estas opiniões já realizou um trabalho melhor que o seu. Geralmente, quem critica nunca viveu seu próprio sonho; apenas os vencedores são tolerantes e generosos.
Por que criticam?
Porque, a cada passo que o guerreiro dá adiante, esta pessoa ficou um passo atrás. Para ela, é duro aceitar que ele está atingindo tudo que ela julgou inatingível.
Isso não quer dizer que dê passos errados: vai errar muitas vezes, e não tem importância. Errar faz parte do caminho, corrigir o erro faz parte de sua responsabilidade.
Para errar menos, o guerreiro descansa de vez em quando, e se alegra com as coisas simples da vida. Sabe que as cordas que estão sempre tensas, terminam desafinando. Os cavalos que não param de saltar obstáculos, terminam quebrando a perna. Os arcos que são curvados todos os dias, já não atiram suas flechas com a mesma força.

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sábado, abril 10, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 244]

"Equilíbrio é a habilidade de olhar para a vida a partir de uma perspectiva clara - fazer a coisa certa no momento certo.

Uma pessoa equilibrada será capaz de apreciar a beleza e o significado de cada situação seja ela adversa ou favorável.

Equilíbrio é a habilidade de aprender com a situação e de prosseguir com sentimentos positivos.

É estar sempre alerta, ser totalmente focado, e ter uma visão ampla.

Equilíbrio vem do entendimento, humildade e tolerância.

O mais elevado estado de equilíbrio é voar livre de tudo e, ainda assim, manter-se firmemente enraizado na realidade do mundo."

(Brahma Kumaris)


"Uma vida fluida e produtiva requer movimento e contemplação, numa alternância onde uma ação é complementar a outra. Os extremos devem ser evitados: movimento excessivo traz euforia, alucinação e alienação; contemplação em excesso significa letargia, estagnação. Somente o equilíbrio destas ações essenciais pode devolver à vida, o sentido e a paz de espírito que tanto buscamos."

(Mestre Zen)

terça-feira, abril 06, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 243]

Moisés divide as águas

- Às vezes a gente se acostuma com o que vê nos filmes, e termina esquecendo a verdadeira história - diz um amigo, enquanto olhamos juntos o porto de Miami.
- Lembra-se dos Dez Mandamentos?
- Claro que me lembro. Moisés – Charton Heston – em determinado momento levanta seu bastão, as águas se dividem, e o povo hebreu atravessa a grande água.
- Na Bíblia é diferente - comenta meu amigo.
- Ali, Deus ordena a Moisés: "diz aos filhos de Israel que marchem". E só depois que começam a andar é que Moisés levanta o bastão, e o Mar Vermelho se abre.
"Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste".


Artistas da vida

Preciso viver todas as graças que Deus me deu hoje. A graça não pode ser economizada. Não existe um banco onde depositamos as graças recebidas, para utilizá-las de acordo com nossa vontade. Se eu não usufruir destas bênçãos, vou perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida. Um dia nos dá formão para esculturas, outro dia pincéis e tela, outro dia nos dá uma pena para escrever. Mas jamais conseguiremos usar formão em telas, ou penas em esculturas. A cada dia, o seu milagre. Preciso aceitar as bênçãos de hoje, para criar o que tenho; se fizer isso com desapêgo e sem culpa, amanhã receberei mais.


Junho 2001

A vida é como uma grande corrida de bicicleta - cuja meta é cumprir a lenda Pessoal.
Na largada, estamos juntos - compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio - ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta. E, ao cabo de algum tempo, começamos a nos perguntar se vale a pena tanto esforço.
Sim, vale a pena. É só não desistir.

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sábado, março 13, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 242]

Amor Versus Individualidade
(Flávio Gikovate)

Ao longo do segundo ano de vida a criança vivencia enorme avanço em suas competências: aprende a andar, a formular as primeiras frases, aprimora suas aptidões motoras etc. Se até então seu maior prazer era ficar no colo da mãe, usufruindo da paz e aconchego similar ao que foi perdido com o nascimento e sentindo por ela aquilo que chamamos de amor, agora ela gosta também de circular, especular sobre o ambiente, tentar entender para que servem e como é que funcionam os objetos. Coloca quase tudo que encontra na boca, tenta sentir seu tato, observa o que acontece quando deixa que caiam no chão. Dá sinais de grande satisfação a cada nova descoberta. Está praticando os primeiros atos próprios de sua individualidade - e se deleitando com eles.
Tudo isso acontece na presença da mãe. Sim, porque se ela for para um outro local, a criança imediatamente abandona o que está fazendo e sai em disparada atrás dela. O mesmo acontece se levar um tombo: corre chorando de volta para o colo. Diante da dor física ou da iminência de distanciamento exagerado da mãe, a sensação de desamparo cresce muito rapidamente e aí se torna absolutamente necessária a reaproximação. Há, pois, uma clara alternância de preferências: estando tudo em ordem, o que a criança quer é exercer os prazeres da sua individualidade em formação; ao menor desconforto, busca no aconchego materno (amor) o remédio para todas as dores.
Não há como não compararmos nossos comportamentos ditos adultos com o que acabei de descrever: queremos exercer nossa individualidade com a máxima liberdade, mas queremos voltar para casa e encontrar o parceiro à nossa espera. Ficamos bem longe da pessoa amada por algum tempo, mas depois o desejo maior é o de nos aconchegarmos; se isso não é possível, sentimos a dor forte correspondente à saudade (mistura de abandono com lembrança do calor que advém da companhia). Temos a nosso favor o benefício de um imaginário mais rico e a capacidade de nos comunicar com o amado à distância graças aos recursos tecnológicos: sentimos-nos aconchegados, mesmo longe, graças às palavras e juras de amor.
No convívio íntimo, parece que queremos mesmo é encontrar uma fórmula capaz de conciliar amor e individualidade: quero, por exemplo, assistir ao programa de TV do meu interesse e quero que minha amada esteja ao meu lado, se possível bem agarradinha. Ela, também interessada no aconchego, poderá tentar achar graça, por exemplo, no jogo de futebol que tanto me encanta. Mas talvez não consiga e aí começam os problemas. Ela se afastará, indo em busca daqueles que são os seus reais interesses individuais. Eu me sentirei rejeitado, abandonado e mal amado; tentarei pressioná-la com o intuito de fazer com que volte. Ela, prejudicada em seus legítimos direitos, irá se revoltar e a briga (chamada de briga normal dos casais) será inevitável.
O homem é, ao mesmo tempo, a criança e a mãe. O mesmo vale para a mulher. Querem exercer sua individualidade, mas sem se afastar muito um do outro. Lutarão pelo poder, para definir quem irá impor o ritmo e a programação. Por maiores que sejam as afinidades, sempre irão existir atividades que são do interesse exclusivo de um dos membros do casal. A fórmula tradicional - homens mandam e mulheres obedecem - não funciona mais (felizmente).
O que fazer? Só há um jeito: o crescimento emocional de ambos para que a dependência típica do amor infantil se atenue. Que cada um consiga se sentir em condições de exercer suas atividades, de modo a liberar o parceiro para fazer o mesmo.


** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.

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quinta-feira, março 04, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 241]

"A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar."
(Mahatma Gandhi)

"A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza daquele que ora."
(Soren Kierkegaard)

"A fé não é complacente; fé é ação. Você não tem fé e espera. Quando você tem fé, você se mexe."
(Betty Eadie)

"Todo homem precisa crer, ainda que seja apenas por algum tempo, para que a sua vida tenha um sentido e um valor."
(George Gusdorf)

"A fé consiste em acreditar quando está além do poder da razão acreditar. Não é necessário que uma coisa seja possível para que nela se acredite."
(Voltaire)

"Há duas maneiras de se compreender Deus: intelectual ou espiritualmente, com base na fé ou na moralidade. A compreensão intelectual, pode incorrer em erros perigosos; a espiritual exige ações morais. A fé, portanto, é tanto natural quanto sobrenatural."
(Immanuel Kant)

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 240]

Seu verdadeiro trabalho pode estar lhe esperando.
(John Scott, 73 anos)

Quando eu tinha 20 anos, estive em um navio que foi afundado por um submarino alemão. Ficamos à deriva em um bote salva-vidas, no meio do Oceano Pacífico, por mais de dois meses. Nossas provisões se acabaram em três semanas. Pegávamos cada gota de água de chuva, pois a fome que sentíamos não era nada em comparação à sede.
Eu decidi aceitar o que cada dia trazia em vez de lutar contra. Concentrei-me no céu – as cores, as formas, os diferentes tipos de luz. Os outros rapazes riam de mim, mas eu os ignorava. Eles pensavam então que eu estava rezando. Um a um, os homens que não conseguiram desviar a mente de sua sede morreram.
Dali para a frente, por muito tempo depois da guerra, eu via cores, formas e luzes o tempo todo, pintadas na minha mente, mas não comecei a pintar de fato até os 60 anos. Quando finalmente peguei em um pincel e comecei a pintar, percebi que esse era o meu verdadeiro trabalho. Se ao menos eu tivesse ouvido a mim mesmo da forma como ouvi naquele bote salva-vidas! Agora, estou com pressa quando poderia ter passado uma vida inteira como artista.


John Scott começou a pintar por volta dos 60 anos e concluiu mais de 50 telas. Então, desafiou a si mesmo com a fotografia. Fotografou gotas de chuva em flores, nuvens surgindo e sumindo, distorções em edifícios refletidas em janelas vizinhas e flagrantes de pessoas fazendo pausas em atividades urbanas. Todos os meses, ele separava uma parcela do seu mirrado cheque da aposentadoria para revelar um número restrito de rolos de filmes. John era um budista que acreditava no empenho pessoal para atingir uma profunda receptividade na experimentação da vida, apesar de também acreditar na aceitação do transitório. Pouco antes de morrer, ele deu um pequeno número de pinturas a alguns amigos e pediu que o restante fosse doado a uma escola local de arte, para que os estudantes carentes pudessem reutilizar suas telas.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 239]

Toda noite, antes de dormir, faça a si próprio duas perguntas simples:
De algum modo, eu cresci hoje como ser humano?
Será que hoje, de algum modo, eu transformei o mundo num local melhor para se viver?
Quando puder responder sim a estas perguntas com mais freqüência do que não, você estará vencendo – estará obtendo sucesso.
Ter um propósito na vida não é uma panaceia para a felicidade ou para os bons sentimentos perpétuos. Mas é a resposta fundamental para o que torna a vida significativa, independente da gravidade dos desafios.

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terça-feira, fevereiro 09, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 238]

O inimigo interno

Nasrudin viu um homem sentado na beira de uma estrada, com ar de completa desolação.
- O que o preocupa? – quis saber.
- Meu irmão, não existe nada interessante na minha vida. Eu tenho dinheiro suficiente para não precisar trabalhar, e estava viajando para ver se havia alguma coisa curiosa no mundo. Entretanto, todas as pessoas que encontrei nada tem de novo para me dizer, e só conseguem aumentar meu tédio.
Enfim: posso dizer sem qualquer medo que apesar de tudo que fiz, não consegui encontrar a paz que buscava. Transformei-me em meu pior inimigo.
Na mesma hora, Nasrudin agarrou a mala do homem, e saiu correndo pela estrada. Como conhecia a região, rapidamente conseguiu distanciar-se dele, pegando atalhos pelos campos e colinas.
Quando se distanciou bastante, colocou de novo a mala no meio da estrada por onde o viajante iria passar, e escondeu-se por detrás de uma rocha. Meia hora depois o homem apareceu, sentindo-se mais miserável que nunca, por causa do ladrão que encontrara.
Assim que viu a mala, correu até ela e abriu-a, ofegante. Ao ver que seu conteúdo estava intacto, olhou para o céu cheio de alegria, e agradeceu ao Senhor pela vida.
Certas pessoas só entendem o sabor da felicidade, quando conseguem perdê-la”, pensou Nasrudin, olhando a cena.

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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 237]

Tripalium versus poiesis

A ideia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra.

Por que muitas vezes a ideia de trabalho é associada a castigo, fardo, provação? Do ponto de vista itimológico, a palavra "trabalho" (assim como em francês, espanhol e italiano) tem origem no vocábulo latino tripalium, que era um instrumento de tortura, ou seja, três paus entrecruzados para serem colocados no pescoço de alguém e nele produzir desconforto.
...O trabalho como castigo persiste. Tanto que a maior parte das pessoas diz: "Quando eu parar de trabalhar, eu vou fazer isso, isso e isso". Sendo que isso é uma ilusão, porque você pode dizer: "Quando eu não tiver dependência em relação ao trabalho, eu vou fazer isso". Mas parar de trabalhar, você não vai parar nunca. Nem pode. Porque você nunca deixará de fazer a sua obra. Seja a sua obra aquela que você faz para continuar existindo, seja para ter o seu reconhecimento. Eu me vejo naquilo que faço, não naquilo que penso. Eu me vejo aqui, no livro que escrevo, na comida que preparo, na roupa que eu teço.
Etimologicamente, a palavra "trabalho" em latim é labor. A ideia de tripalium aparecerá dentro do latim vulgar como sendo, de fato, forma de castigo. Mas a gente tem de substituir isso pela ideia de obra, que os gregos chamavam de poiesis, que significa minha obra, aquilo que faço, que construo, em que me vejo. A minha criação, na qual crio a mim mesmo na medida em que crio no mundo.
Vejo o meu filho como minha obra, vejo um jardim como minha obra. Tenho de ver o projeto que faço como minha obra. Do contrário, ocorre o que Marx chamou de alienação: todas as vezes que eu olho o que fiz como não sendo eu ou não me pertencendo, eu me alieno. Fico alheio. Portanto, eu não tenho reconhecimento. Esse é um dos traumas mais fortes que se tem atualmente.
Todas as vezes que aquilo que você faz não permite que você se reconheça, seu trabalho se torna estranho a você. As pessoas costumam dizer "não estou me encontrando naquilo que eu faço", porque o trabalho exige reconhecimento - conhecer de novo.
Hoje, quando penso em um trabalho de qualidade de vida numa empresa, estou pensando em um trabalho que não seja alienado. Trabalhar cansa, mas não necessariamente precisa gerar estresse. Isso tem a ver com resultado, trabalho tem sempre a ver com resultado.
Por que um bombeiro, que não ganha muito e trabalha de uma maneira contínua em algo que a maioria de nós não gostaria de fazer, volta para casa cansado, mas de cabeça erguida? Por causa do sentido que ele vê no que faz. Por causa da obra honesta, a serviço do outro, independentemente do status desse outro, da origem social, da etnia, da escolaridade, etc.
Aí, não é suplício.

Copyright © 2007 by Mario Sergio Cortella ('Qual é a tua obra?', Ed. Vozes, 2007) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 236]

Siga a sua estrela. Espere o seu aparecimento e, enquanto aguarda, prepare-se. Torne-se íntimo de você mesmo para conhecer bem suas necessidades, talentos e desejos. Lembre-se que as circunstâncias - pareçam boas ou más - são sempre oportunidades. Quando você vir uma estrela surgir no horizonte da sua vida, caso sinta um forte desejo de segui-la e perceber que seguindo-a usará os seus talentos e satisfará as suas necessidades legítimas - não hesite.
E, uma vez que comece a segui-la, não deixe que nada o desvie.
Lembre-se: viver com grandeza não é realizar grandes feitos, mas é empenhar da maneira mais apaixonada seus talentos naquilo que faz.

Copyright © 2006 by Matthew Kelly ('O ritmo da vida' - 1.a Edição - Ed. Sextante) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 235]

"Viver sem correr riscos normalmente resulta em arrependimentos futuros. Todos receberam talentos e sonhos. Às vezes, ambas as coisas não combinam. Mas, na maioria das vezes, comprometemos as duas coisas antes mesmo de descobrirmos. Mais tarde, por mais sucesso que possamos ter, nos vemos recordando com saudades daquele tempo em que deveríamos ter perseguido nossos 'verdadeiros' sonhos e nossos 'verdadeiros' talentos por tudo o que eles valiam. Não se deixe ser pressionado a pensar que seus sonhos ou seus talentos não são sensatos. Eles nunca tiveram por objetivo ser sensatos. Eles tiveram por objetivo trazer alegria e satisfação para a sua vida."
(Richard Edler, presidente de uma agência de publicidade)

terça-feira, janeiro 19, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 234]

"A vida é curta demais para que você deixe de fazer as coisas de que gosta. Gosto de ensinar liderança. Gosto de escrever e palestrar. Gosto de passar o tempo com minha esposa, meus filhos e netos. Gosto de jogar golfe. Não importa o quanto minha agenda esteja ocupada, conseguirei tempo para essas coisas. São elas que aquecem a minha vida. Elas me dão energia e me mantêm apaixonado. E a paixão é o combustível para que a pessoa siga em frente."
(John C. Maxwell)

"Muitas coisas atraem o meu olhar, mas poucas atraem o meu coração... É atrás dessas que penso em seguir."
(Tim Redmond, escritor)