sábado, setembro 26, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 221]

"No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?"

As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?

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domingo, setembro 20, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 220]

Lembre-se com carinho de seus velhos amigos - você não vai tê-los para sempre.
(Betty Brown, 89 anos)

O mundo parece mais vazio desde que Gertrude morreu. Nós éramos as melhores amigas desde o jardim-da-infância e nos falávamos toda semana. Agora, quando o telefone toca no domingo pela manhã, au ainda dou um salto, pensando: "É Gertrude.". Sempre vou ficar triste aos domingos, sentindo a falta dela.
Você não deve nunca desperdiçar uma chance de passar algum tempo com um velho amigo. É claro que passagens aéreas são caras. Talvez você não goste do marido dela. Mesmo que vocês não vejam mais as coisas da mesma forma - que diferença isso faz? Um velho amigo pode estimulá-lo como ninguém mais é capaz. Ele sabe o que você aprontou. Conheceu seus pais. Estava com você antes que qualquer um de vocês soubesse quem eram. Há todas as velhas histórias, todas as velhas risadas. Depois de perdê-lo, não há como recuperar isso.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 219]

"Olha ali, aonde as ondas barulhentas
Estrondam-se sobre o quebra-mar
Ainda faz pouco
Tudo era poesia
Enquanto houver beleza, ouvido e olhar.
Espere, aguarde...
Não te inquietes!
A vida não é só um combate rude,
É apenas uma sucessão contínua
De dias e noites;
Alegres ou tristes.
É uma eterna e bem clara lição
Perene promessa de renovação.
Reserva um lugar seguro
Dentro mesmo do teu coração.
Um local pequeno, porém puro
Aonde nele possa morar,
De hoje em diante,
Sem tardança,
De um modo perfeito e sempre,
Seu sonho e sua esperança."
(autor desconhecido)

quarta-feira, setembro 09, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 218]

Combatendo a injustiça

Diz T.H. Huxley: "As consequências de nossas ações são espantalhos para os covardes, e raios de luz para os sábios. O mundo é o tabuleiro de xadrez. As peças são os gestos de nossa vida diária; as regras são as chamadas leis da natureza."
Apesar de estar concentrado naquilo que faz, o guerreiro da luz não olha a injustiça com indiferença. Sabe que tudo é uma coisa só, cada ação individual afeta todos os homens do planeta, e se vê alguma pessoa sendo vítima de ataques covardes, ele usa sua espada para colocar as coisas em ordem.
Mas, embora lute contra a opressão, em momento algum procura julgar o opressor. Cada um responderá por seus atos diante de Deus, e - por isso - uma vez cumprida a sua tarefa, o guerreiro não emite qualquer comentário. Um guerreiro da luz está no mundo para ajudar seus irmãos, e não para condenar o seu próximo.


Aceitando alguns erros

O filósofo alemão F. Nietzche disse certa vez: "não vale a pena viver discutindo sobre tudo; faz parte da condição humana errar de vez em quando".
Entretanto, todos nós conhecemos pessoas que fazem absoluta questão de estarem certas nos menores detalhes. Nós mesmos, muitas vezes, nos incluímos nesta categoria: não nos permitimos errar. Tudo que conseguimos com esta atitude é o pavor de seguir adiante - porque certos passos exigem decisões novas, cujos resultados desconhecemos.
O medo de errar é a porta que nos tranca no castelo da mediocridade: se conseguirmos vencer este medo, estamos dando um passo importante em direção a nossa liberdade.

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quarta-feira, setembro 02, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 217]

"O tempo é uma coisa criada. Dizer 'Eu não tenho tempo', é o mesmo que dizer, 'Eu não quero'".
(Lao-Tzu)

"Você deve viver no presente, lance-se em cada onda, encontre a sua eternidade em cada momento."
(Henry David Thoreau)

"Nada é menos merecedor de honra que um homem velho que não tenha nenhuma outra evidência de ter vivido muito, a não ser sua idade."
(Lucius Annaeus Seneca, 'O jovem')

"A vida não é perdida através da morte; a vida é perdida minuto a minuto, através do dia a dia aborrecido, e em todos os milhares de modos medíocres."
(Stephen Vincent Benet)

"O futuro não é algum lugar que estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para ser encontrados, mas criados. E a atividade de criá-los faz com que mudem tanto o criador como o seu destino."
(John Schaar)