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sexta-feira, novembro 27, 2015

Lições para 'o caminho' [Km 265]

Boa influência é coisa que não existe. Toda influência é imoral… Imoral do ponto de vista científico.
Influenciar uma pessoa é emprestar-lhe a nossa alma. Essa pessoa deixa de ter ideias próprias, de vibrar com as suas paixões naturais. As suas qualidades não são verdadeiras. Os seus pecados, se é que existe o que se chama de pecado, vêm-lhe de outrem. Essa pessoa torna-se o eco da música de outra pessoa, intérprete de um papel que não foi escrito para ela. A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade. Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo.
Naturalmente, o homem é caridoso. Dá de comer ao faminto, veste o maltrapilho. Mas a sua alma é que sofre fome e anda nua. A coragem abandonou a nossa raça. Talvez nunca a tenhamos tido. O temor da sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião… Eis as duas coisas que nos governam. Contudo sou de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão a toda ideia, realidade a todo devaneio… Creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico, um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos… Talvez a algo mais belo e mais rico do que o próprio ideal helênico. Mas o mais valoroso dos seres humanos tem medo de si mesmo.
A mutilação do selvagem subsiste tragicamente na renúncia que nos estraga a vida. Somos punidos pelo que enjeitamos. Todo impulso que nos empenhamos em sufocar incuba no nosso espírito e nos envenena. Peque o corpo uma vez, e estará livre do pecado, porque a ação tem um dom purificador. Nada restará então, salvo a lembrança de um prazer; ou a volúpia de um arrependimento. A única maneira de se livrar de uma tentação é ceder-lhe. Resistamos-lhe, e a nossa alma adoecerá de desejo do que proibimos a nós mesmos, do que as suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilegítimo. Tem-se dito que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. Também é no cérebro, e só nele, que ocorrem os grandes pecados do mundo.
(Oscar Wilde; 'O retrato de Dorian Gray')

sexta-feira, julho 17, 2015

Lições para 'o caminho' [Km 264]

Vamos morrer um dia

Grande parte das civilizações primitivas costumava enterrar seus mortos na posição fetal. "Ele está nascendo para uma outra vida, de modo que vamos colocá-lo na mesma posição que veio para este mundo", diziam.

Para estas civilizações – em constante contato com o milagre da transformação – a morte era apenas mais um passo no longo caminho do Universo.

Aos poucos, fomos perdendo a suave visão da morte. Mas não importa o que pensamos, o que fazemos, ou em que acreditamos: queiramos ou não, vamos todos morrer um dia. Então, é melhor fazer como os velhos índios iaqui: usar a morte como conselheira. Perguntar sempre: "já que vou morrer, o que devo fazer agora?"

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quarta-feira, março 04, 2015

Lições para 'o caminho' [Km 263]

Razão de existir

Sempre precisaremos ter humildade suficiente para aceitar que nosso coração entende a razão de estarmos neste mundo. É difícil conversar com o coração, mas será mesmo necessário? Basta ter confiança, seguir os sinais, viver sua lenda pessoal, e, cedo ou tarde, percebemos que estamos participando de algo, mesmo que não possamos compreender racionalmente. Diz a tradição que, no segundo antes da nossa morte, cada um se dá conta da verdadeira razão da existência. E neste momento nasce o Inferno ou o Paraíso.

O Inferno é olhar para trás nesta fração de segundo e saber que desperdiçamos uma oportunidade de dignificar o milagre da vida. O Paraíso é poder dizer neste momento: 'cometi alguns erros, mas não fui covarde. Vivi minha vida e fiz o que devia fazer'.

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quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Lições para 'o caminho' [Km 262]

16 regras básicas para ser mais feliz
(Autora: Eunice Ferrari; 10/03/2007)

1. Determine-se a sofrer menos. Lide de forma mais tranquila com as adversidades, não se desespere. Na maioria das vezes, quando nos desesperamos perdemos a capacidade de raciocínio e tomamos atitudes que, em sã consciência, não tomaríamos.

2. Procure compreender, não só racionalmente, mas com o coração, que uma das maiores leis que existe do planeta é a da transitoriedade. Nada é permanente, tudo passa. A vida é uma grande roda na qual estamos atados. Em um momento estamos em cima, e nessa hora devemos agradecer ao universo e não deixar passar as oportunidades e as bênçãos que este nos dá, e nos preparar para "os dias mais frios" que, inevitavelmente, chegarão. Quando sabemos que o inverno virá, de uma forma ou de outra, deixamos alguma lenha reservada para nos aquecer nas noites frias.

3. Busque o prazer. Pare de fazer o que não gosta só para agradar à pessoas que não dão a mínima pra você. Não seja tolo, ame-se, seja mais amoroso com você, não se violente fazendo o que não gosta. Permita-se dizer 'não'.

4. Se a vida te dá um limão, aprenda a fazer uma refrescante limonada. Pare de se queixar do que não possui. Aprecie o que a vida deu à você e, se tiver disponibilidade interna para isso, poderá observar que tem o bastante para este momento, e que se acha pouco, deve começar desde já a construir um futuro mais abundante. A queixa só mostra que você ainda está atrelado à sua criança abandonada, impotente em sua dependência. Coloque em sua cabeça que não somos marionetes nas mãos de uma grande força invisível. Se sua vida não está boa, faça melhor daqui para frente!

6. Ocupe-se de poucas coisas. Se você é o tipo de pessoa viciada em fazer muitas coisas, ter diversas atividades em um só dia... Desculpa, mas você nunca conseguirá tranquilidade. Sua alma estará sempre ansiosa e atormentada. Seja mais amoroso com você, observe seus limites e respeite-os.

7. Busque dentro de você pensamentos de paz e harmonia. Saia do desassossego. Comece por diminuir seu ritmo de respirar, de andar e até de pensar. Momentos de ócio são ótimos remédios para o corpo e a alma.

8. Aceite os obstáculos que a vida impõe à você sem se achar a pessoa mais sofredora deste planeta. Acredite, existem pessoas que neste exato momento estão sofrendo bem mais do que você. Busque a compreensão e a serenidade. mesmo em meio às adversidades.

9. Busque e pratique a simplicidade. Diminua o tamanho de sua ambição. Já parou para pensar nisso? Ou ainda está preso na armadilha social de "somente ser alguém se for bem-sucedido"? Será que você precisa mesmo de tudo o que considera importante neste momento? Seja simples e natural - no falar, no vestir, no pensar. Lembre-se: a vida é uma só e o momento é agora.

10. Viva cada momento a seu tempo, um dia de cada vez. Para isso, desenvolva a fé de que há algo ou alguém cuidando de você. Faça a sua parte e entregue o que não está sob seu controle à Deus. Confie, Ele se encarregará de cuidar para que tudo dê certo.

11. Não se submeta aos humores dos outros - viva e seja você mesmo, independentemente do que o outro é e sente em relação à você.

12. Procure ser independente. Deposite a construção de sua felicidade apenas em você. Quando você aprender a se amar, tudo te será dado. Ame-se, namore-se, cuide-se, apaixone-se por você. Não de maneira narcisista, mas como filho de Deus que você é.

13. Pare de fazer planos a longo prazo, pois dessa forma você perde o controle sobre sua vida. Faça-os ano a ano, pois dessa forma é possível organizar seus passos. Mas planeje fazer coisas que estão sob seu controle.

14. Tenha como objetivo melhorar e desenvolver o que tem de melhor e aperfeiçoar o que ainda não está bom, mas de maneira amorosa e racional.

15. Você pensa na morte? Pois pense. Você é mortal, sabia? Nenhum de nós escapará desse destino. Não pense na morte de maneira mórbida, mas como o final natural e inevitável desta linda jornada por este planeta.

16. Aprenda a envelhecer com dignidade. Cultive sua alma, suas melhores qualidades, seu amor e cuide de seu corpo, sem neuroses. Seja feliz!

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Lições para 'o caminho' [Km 261]

Uma prece dos índios ojibwa:

"Grande Espírito, já que procurei entender a voz do vento e o sopro que me criou, escuta-me:
- Eu venho a Ti como um de Teus numerosos filhos. Sou falível e pequeno; preciso de Tua sabedoria e Tua força. Deixa-me andar na Tua beleza, e faz com que meus olhos sempre percebam o vermelho e a púrpura do entardecer. Faz com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes, e que minhas orelhas consigam entender Tua voz. Faz-me sábio, de modo que eu possa absorver o que ensinastes a meu povo, e aprender as lições que escondestes em cada folha e em cada rochedo.
Eu Te peço força e sabedoria; não para ser superior a meus irmãos, mas para que possa vencer o maior inimigo que tenho: eu mesmo. Assim, meu espírito poderá retornar a ti sem pecado."

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terça-feira, novembro 26, 2013

Lições para 'o caminho' [Km 260]

Desde que iniciei as minhas viagens de barco, em 1984 – quando fiz a primeira travessia solitária do Atlântico sul a remo, indo da costa da África até a do Brasil –, eu nunca me senti só durante a navegação, sempre estive ocupado. Esse não é um mundo para quem é frágil emocionalmente. O cara que não basta a si mesmo não tem competência para a navegação solitária simplesmente porque não dá muito tempo de sofrer de saudades da família ou da namorada.
Minha viagem mais longa foi de 642 dias, no continente antártico e uma escala no ártico, entre 1990 e 1991. Para uma expedição como essa é preciso ter uma máquina que você conheça profundamente e ela tem que ser formidável. É uma demanda extrema em cima de um indivíduo que precisa ter muito autocontrole e equilíbrio. O navegador solitário não dispõe de muito tempo para ficar filosofando. Ele se envolve tecnicamente com a empreitada. É a mesma reflexão de um cara pilotando um carro de Fórmula 1: você tem que cuidar da estratégia, ficar de olho na meteorologia e prestar atenção no seu equipamento.
Qualquer um sabe velejar ou aprende, mas na navegação solitária é necessário ter competência técnica aliada à psicológica. O preparo não é só o desprendimento para se atirar sozinho três meses no mar. É preciso ter controle emocional e habilidade técnica para consertar aquilo que quebra. O navegador depende do seu próprio conhecimento e das próprias habilidades para sobreviver. O exercício de ficar sozinho é muito intenso, nesse caso, porque a embarcação demanda de você o tempo todo.
Quando você controla sozinho uma máquina, está cuidando da sua vida. A pressão é pelos problemas que acontecem pelo caminho. É cuidar para que nada quebre e, se quebrar, para saber consertar. Se a vela está com uma vibração, você nem consegue dormir de tanta preocupação. É uma navegação que treina você a ter controle em meio ao caos. Ao fim de uma jornada como essa, a sensação é magnífica. Sinto um alívio imenso. Mas é uma pressão que vicia: não demora muito e logo vem a vontade de sentir aquela adrenalina de novo.
(Amyr Klink, navegador, aventureiro, escritor)

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Lições para 'o caminho' [Km 258]

A humildade corresponde a um estado de alma no qual uma pessoa encontra alguma serenidade que deriva dela saber o tamanho de sua ignorância.

Os que toleram bem as dúvidas tendem a ser mais humildes; os que não as aceitam se apegam a convicções e as defendem com certa arrogância.

A humildade não tem a ver com submissão e obediência a outras pessoas: o importante é conseguir controlar a lamentável vaidade intelectual.

Aqueles que cultivam a humildade são eternos aprendizes, sempre dispostos a trocar suas ideias por outras que lhes pareçam mais adequadas.

A sabedoria corresponde a um estado de serenidade e grande prazer que deriva do entendimento satisfatório de si mesmo e da condição humana.

Encontrar-se com a sabedoria é difícil e trabalhoso; porém, muita gente poderá chegar lá. Fama e fortuna sempre contemplarão a uns poucos.

São poucas as pessoas que, hoje em dia, buscam a sabedoria. A maioria está voltada para atividades competitivas, essas sim muito valorizadas.
(Flávio Gikovate, médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor)

domingo, dezembro 23, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 255]

"Eu não preciso mais me importar com o que pensam ao meu respeito. Me dou o direito de não responder quem me ofende, pois geralmente, os maus se confundem sozinhos. As feridas que sofri, embora estejam fechadas, de vez em quando latejam, mas elas não podem mais me fazer sangrar. Não preciso que acreditem em mim, não preciso de aprovação daqueles que são os primeiros a pular do barco se algo der errado. Não mais. O que vivo hoje não é nada fácil, mas aprendi a ver a beleza enquanto passo a noite escura, pois por mais que estrelas não sejam o caminho, elas iluminam a estrada. Tudo que me importa, tudo que realmente me interessa, é saber que Deus me conhece. Ele conhece não só o que vivo agora, mas Ele me aceitou com toda minha história e se preocupa com o meu futuro. Só Ele sabe das minhas ações, das minhas motivações e principalmente com minhas intenções em relação a tudo que faço. De onde Ele me olha agora, sei que posso deixar Seu coração feliz, só porque o meu está grato."
(Cáh Morandi)

quarta-feira, outubro 03, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 253]

A mala de viagem

Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava hesitante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:
- Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?
E o viajante respondeu:
- É estranho, mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava.
Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.
Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:
- Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?
E o viajante disse:
- Estou contente que me tenha feito essa pergunta, porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo.
Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves.
Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma. Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal. Qual era na verdade o problema dele? A pedra e a abóbora?
Não.
Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado. Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!

O que são algumas dessas cargas que pesam na mente de um homem e que roubam as suas energias?
a. Pensamentos negativos.
b. Culpar e acusar outras pessoas.
c. Pemitir que impressões tenebrosas descansem na mente.
d. Carregar uma falsa carga de culpa por coisas que não poderiam ter evitado.
e. Auto-piedade.
f. Acreditar que não existe saída.

Todo mundo tem o seu tipo de carga especial, que rouba energia. Quanto mais cedo começarmos a descarregá-la, mais cedo nos sentiremos melhor e caminharemos mais levemente.
(Vernon Howard)

domingo, setembro 30, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 252]


   Se queremos alguma coisa mas acreditamos que não vamos ter, uma das formas de evitar a dor da decepção é minimizar o desejo ou até negá-lo. Raciocinamos que "Se não posso ter isso, então não é importante. Eu não queria isso mesmo". Se alguma parte escondida de nós continua querendo, quando outra pessoa consegue, sentimos inveja.
   Se não formos capazes de compartilhar a felicidade e o sucesso dos outros, nossas chances de conquistar a felicidade e a satisfação diminuem. Enquanto sentimos ciúme ou inveja, na verdade estamos empurrando para longe exatamente o que queremos na vida. A inveja é claramente um sinal de que estamos negando o nosso potencial de manifestar o que queremos na vida.
(John Gray, Ph.D., "Marte e Vênus recomeçando")

quinta-feira, agosto 09, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 251]

"A vida humana acontece só uma vez, e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos são dadas uma primeira, segunda, terceira ou quarta chance para que possamos comparar decisões diferentes."
(Milan Kundera)

"Pelo fato da vida ser, relativamente, tão curta e não comportar reprises, para emendarmos nossos erros, somos forçados a agir, na maior parte das vezes, por impulsos, em especial nos atos que tendem a determinar nosso futuro. Somos como atores convocados a representar uma tragédia (ou comédia), sem ter feito um único ensaio, apenas com uma ligeira e apressada leitura do script. Nunca saberemos, de fato, se a intuição que nos determinou seguir certo sentimento foi correta ou não. Não há tempo para essa verificação. Por isso, precisamos cuidar das nossas emoções com carinho muito especial."
(Milan Kundera)

terça-feira, maio 18, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 246]

"Não sou o tipo de pessoa que está em busca de tumbas de santos, rios sagrados, locais de milagres ou aparições. Para mim, peregrinar é celebrar. Tanto meu pai como minha mãe morreram cedo, de ataque cardíaco, e talvez eu tenha propensão para isso.
Portanto, como posso partir cedo desta vida, preciso conhecer o máximo do mundo, e ter toda a alegria que mereço.
Quando morreu minha mãe, eu prometi a mim mesma:
- Me alegrar sempre que o sol nascesse de novo a cada manhã;
- Olhar o futuro, mas nunca sacrificar o presente por causa disso;
- Sempre aceitar o amor quando ele cruzasse o meu caminho;
- Viver cada minuto, sem jamais adiar qualquer coisa que possa me deixar contente."
(depoimento de uma peregrina canadense, em Villafranca del Bierzo, Espanha - primavera de 2006)


"O crítico não conta absolutamente nada: tudo que faz é apontar um dedo acusador no momento em que o forte sofre uma queda, ou na hora em que o que está fazendo algo comete um erro. O verdadeiro crédito vai para aquele que está na arena, como rosto sujo de poeira, suor e sangue, lutando com coragem.
O verdadeiro crédito vai para aquele que erra, que falha, mas que aos poucos vai acertando, porque não existe esforço sem erro. Ele conhece o grande entusiasmo, a grande devoção, e está gastando sua energia em algo que vale a pena. Este é o verdadeiro homem, que na melhor das hipóteses irá conhecer a vitória e a conquista, e que na pior das hipóteses irá cair; mas mesmo em sua queda é grande, porque viveu com coragem, e esteve acima daquelas almas mesquinhas que jamais conheceram vitórias ou derrotas."
(parte do discurso que o presidente americano Theodore Roosevelt pronunciou na Sorbonne de Paris, no dia 23 de abril de 1910)

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terça-feira, abril 27, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 245]

Responsabilidade e risco

A raiz latina da palavra "responsabilidade" desvenda o seu significado: capacidade de responder, de reagir.
Um guerreiro responsável foi capaz de observar e treinar. Foi, inclusive, capaz de ser "irresponsável": às vezes deixou-se levar pela situação, e não reagiu.
Mas aprendeu as lições; tomou uma atitude, ouviu um conselho, teve a humildade de aceitar ajuda.
Um guerreiro responsável não é o que coloca sobre seus ombros o peso do mundo; é aquele que consegue lidar com os desafios do momento presente.
Evidente que às vezes fica apavorado diante de decisões importantes.
"Isto é grande demais para você", diz um amigo.
"Vá em frente, tenha coragem", diz outro.
E suas dúvidas aumentam.
Depois de alguns dias de angústia, ele recolhe-se ao canto de sua tenda, onde costuma sentar-se para meditar e orar. Vê a si mesmo no futuro. Vê as pessoas que serão beneficiadas e prejudicadas por sua atitude. Ele não quer causar sofrimentos inúteis, mas tampouco quer abandonar o caminho.
O guerreiro então deixa que a decisão se manifeste. Se for preciso dizer sim, ele dirá com coragem. Se for preciso dizer não, ele dirá sem covardia. Quando o guerreiro assume uma responsabilidade, mantém sua palavra.
Os que prometem e não cumprem, perdem o respeito próprio, tem vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir. Gastam muito mais energia desonrando a palavra, que o guerreiro da luz usa para manter seus compromissos.
Às vezes também ele assume uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo. Não torna a repetir esta atitude - mas, mesmo assim, honra sua palavra e paga o preço de sua impulsividade.
Claro que termina por escutar opiniões desfavoráveis. Mas, antes de dar ouvidos a qualquer coisa, procura sempre informar-se se quem dá estas opiniões já realizou um trabalho melhor que o seu. Geralmente, quem critica nunca viveu seu próprio sonho; apenas os vencedores são tolerantes e generosos.
Por que criticam?
Porque, a cada passo que o guerreiro dá adiante, esta pessoa ficou um passo atrás. Para ela, é duro aceitar que ele está atingindo tudo que ela julgou inatingível.
Isso não quer dizer que dê passos errados: vai errar muitas vezes, e não tem importância. Errar faz parte do caminho, corrigir o erro faz parte de sua responsabilidade.
Para errar menos, o guerreiro descansa de vez em quando, e se alegra com as coisas simples da vida. Sabe que as cordas que estão sempre tensas, terminam desafinando. Os cavalos que não param de saltar obstáculos, terminam quebrando a perna. Os arcos que são curvados todos os dias, já não atiram suas flechas com a mesma força.

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terça-feira, abril 06, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 243]

Moisés divide as águas

- Às vezes a gente se acostuma com o que vê nos filmes, e termina esquecendo a verdadeira história - diz um amigo, enquanto olhamos juntos o porto de Miami.
- Lembra-se dos Dez Mandamentos?
- Claro que me lembro. Moisés – Charton Heston – em determinado momento levanta seu bastão, as águas se dividem, e o povo hebreu atravessa a grande água.
- Na Bíblia é diferente - comenta meu amigo.
- Ali, Deus ordena a Moisés: "diz aos filhos de Israel que marchem". E só depois que começam a andar é que Moisés levanta o bastão, e o Mar Vermelho se abre.
"Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste".


Artistas da vida

Preciso viver todas as graças que Deus me deu hoje. A graça não pode ser economizada. Não existe um banco onde depositamos as graças recebidas, para utilizá-las de acordo com nossa vontade. Se eu não usufruir destas bênçãos, vou perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida. Um dia nos dá formão para esculturas, outro dia pincéis e tela, outro dia nos dá uma pena para escrever. Mas jamais conseguiremos usar formão em telas, ou penas em esculturas. A cada dia, o seu milagre. Preciso aceitar as bênçãos de hoje, para criar o que tenho; se fizer isso com desapêgo e sem culpa, amanhã receberei mais.


Junho 2001

A vida é como uma grande corrida de bicicleta - cuja meta é cumprir a lenda Pessoal.
Na largada, estamos juntos - compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio - ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta. E, ao cabo de algum tempo, começamos a nos perguntar se vale a pena tanto esforço.
Sim, vale a pena. É só não desistir.

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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 240]

Seu verdadeiro trabalho pode estar lhe esperando.
(John Scott, 73 anos)

Quando eu tinha 20 anos, estive em um navio que foi afundado por um submarino alemão. Ficamos à deriva em um bote salva-vidas, no meio do Oceano Pacífico, por mais de dois meses. Nossas provisões se acabaram em três semanas. Pegávamos cada gota de água de chuva, pois a fome que sentíamos não era nada em comparação à sede.
Eu decidi aceitar o que cada dia trazia em vez de lutar contra. Concentrei-me no céu – as cores, as formas, os diferentes tipos de luz. Os outros rapazes riam de mim, mas eu os ignorava. Eles pensavam então que eu estava rezando. Um a um, os homens que não conseguiram desviar a mente de sua sede morreram.
Dali para a frente, por muito tempo depois da guerra, eu via cores, formas e luzes o tempo todo, pintadas na minha mente, mas não comecei a pintar de fato até os 60 anos. Quando finalmente peguei em um pincel e comecei a pintar, percebi que esse era o meu verdadeiro trabalho. Se ao menos eu tivesse ouvido a mim mesmo da forma como ouvi naquele bote salva-vidas! Agora, estou com pressa quando poderia ter passado uma vida inteira como artista.


John Scott começou a pintar por volta dos 60 anos e concluiu mais de 50 telas. Então, desafiou a si mesmo com a fotografia. Fotografou gotas de chuva em flores, nuvens surgindo e sumindo, distorções em edifícios refletidas em janelas vizinhas e flagrantes de pessoas fazendo pausas em atividades urbanas. Todos os meses, ele separava uma parcela do seu mirrado cheque da aposentadoria para revelar um número restrito de rolos de filmes. John era um budista que acreditava no empenho pessoal para atingir uma profunda receptividade na experimentação da vida, apesar de também acreditar na aceitação do transitório. Pouco antes de morrer, ele deu um pequeno número de pinturas a alguns amigos e pediu que o restante fosse doado a uma escola local de arte, para que os estudantes carentes pudessem reutilizar suas telas.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 239]

Toda noite, antes de dormir, faça a si próprio duas perguntas simples:
De algum modo, eu cresci hoje como ser humano?
Será que hoje, de algum modo, eu transformei o mundo num local melhor para se viver?
Quando puder responder sim a estas perguntas com mais freqüência do que não, você estará vencendo – estará obtendo sucesso.
Ter um propósito na vida não é uma panaceia para a felicidade ou para os bons sentimentos perpétuos. Mas é a resposta fundamental para o que torna a vida significativa, independente da gravidade dos desafios.

Copyright © 1990 by David McNally Todos os direitos reservados. All rights reserved.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 236]

Siga a sua estrela. Espere o seu aparecimento e, enquanto aguarda, prepare-se. Torne-se íntimo de você mesmo para conhecer bem suas necessidades, talentos e desejos. Lembre-se que as circunstâncias - pareçam boas ou más - são sempre oportunidades. Quando você vir uma estrela surgir no horizonte da sua vida, caso sinta um forte desejo de segui-la e perceber que seguindo-a usará os seus talentos e satisfará as suas necessidades legítimas - não hesite.
E, uma vez que comece a segui-la, não deixe que nada o desvie.
Lembre-se: viver com grandeza não é realizar grandes feitos, mas é empenhar da maneira mais apaixonada seus talentos naquilo que faz.

Copyright © 2006 by Matthew Kelly ('O ritmo da vida' - 1.a Edição - Ed. Sextante) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 235]

"Viver sem correr riscos normalmente resulta em arrependimentos futuros. Todos receberam talentos e sonhos. Às vezes, ambas as coisas não combinam. Mas, na maioria das vezes, comprometemos as duas coisas antes mesmo de descobrirmos. Mais tarde, por mais sucesso que possamos ter, nos vemos recordando com saudades daquele tempo em que deveríamos ter perseguido nossos 'verdadeiros' sonhos e nossos 'verdadeiros' talentos por tudo o que eles valiam. Não se deixe ser pressionado a pensar que seus sonhos ou seus talentos não são sensatos. Eles nunca tiveram por objetivo ser sensatos. Eles tiveram por objetivo trazer alegria e satisfação para a sua vida."
(Richard Edler, presidente de uma agência de publicidade)

terça-feira, janeiro 19, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 234]

"A vida é curta demais para que você deixe de fazer as coisas de que gosta. Gosto de ensinar liderança. Gosto de escrever e palestrar. Gosto de passar o tempo com minha esposa, meus filhos e netos. Gosto de jogar golfe. Não importa o quanto minha agenda esteja ocupada, conseguirei tempo para essas coisas. São elas que aquecem a minha vida. Elas me dão energia e me mantêm apaixonado. E a paixão é o combustível para que a pessoa siga em frente."
(John C. Maxwell)

"Muitas coisas atraem o meu olhar, mas poucas atraem o meu coração... É atrás dessas que penso em seguir."
(Tim Redmond, escritor)

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 233]

"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."
(Autor desconhecido)

"A morte não é o maior medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estarmos vivos - o risco de estarmos vivos e expressarmos o que realmente somos."
(Don Miguel Ruiz)

"Não fique olhando a vida passar. Faça alguma coisa."
(H. Jackson Brown, Jr)

"A questão não é se morreremos, mas como viveremos."
(Joan Borysenko)

"Estamos sempre nos preparando para viver e não vivemos."
(Ralph Waldo Emerson)

"Em três palavras posso resumir tudo que aprendi sobre a vida: a vida continua."
(Robert Frost)

"Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida."
(Carlos Drumond de Andrade)

"Você está aqui apenas para uma rápida visita. Não se apresse. Não se preocupe. E não se esqueça de sentir o cheiro das flores no caminho."
(Walter C Hagen)

"Se existe um pecado contra a vida, ele consiste talvez não tanto no desespero de viver, como em desejar outra vida e evitar o implacável esplendor desta vida."
(Albert Camus)

"Quando estamos motivados por metas que têm significados profundos, por sonhos que precisam ser realizados, por puro amor que precisa se expressar, então nós vivemos verdadeiramente a vida."
(Greg Anderson)