Vamos morrer um dia
Grande parte das civilizações primitivas costumava enterrar seus mortos na posição fetal. "Ele está nascendo para uma outra vida, de modo que vamos colocá-lo na mesma posição que veio para este mundo", diziam.
Para estas civilizações – em constante contato com o milagre da transformação – a morte era apenas mais um passo no longo caminho do Universo.
Aos poucos, fomos perdendo a suave visão da morte. Mas não importa o que pensamos, o que fazemos, ou em que acreditamos: queiramos ou não, vamos todos morrer um dia. Então, é melhor fazer como os velhos índios iaqui: usar a morte como conselheira. Perguntar sempre: "já que vou morrer, o que devo fazer agora?"
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sexta-feira, julho 17, 2015
quarta-feira, março 04, 2015
Lições para 'o caminho' [Km 263]
Razão de existir
Sempre precisaremos ter humildade suficiente para aceitar que nosso coração entende a razão de estarmos neste mundo. É difícil conversar com o coração, mas será mesmo necessário? Basta ter confiança, seguir os sinais, viver sua lenda pessoal, e, cedo ou tarde, percebemos que estamos participando de algo, mesmo que não possamos compreender racionalmente. Diz a tradição que, no segundo antes da nossa morte, cada um se dá conta da verdadeira razão da existência. E neste momento nasce o Inferno ou o Paraíso.
O Inferno é olhar para trás nesta fração de segundo e saber que desperdiçamos uma oportunidade de dignificar o milagre da vida. O Paraíso é poder dizer neste momento: 'cometi alguns erros, mas não fui covarde. Vivi minha vida e fiz o que devia fazer'.
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Sempre precisaremos ter humildade suficiente para aceitar que nosso coração entende a razão de estarmos neste mundo. É difícil conversar com o coração, mas será mesmo necessário? Basta ter confiança, seguir os sinais, viver sua lenda pessoal, e, cedo ou tarde, percebemos que estamos participando de algo, mesmo que não possamos compreender racionalmente. Diz a tradição que, no segundo antes da nossa morte, cada um se dá conta da verdadeira razão da existência. E neste momento nasce o Inferno ou o Paraíso.
O Inferno é olhar para trás nesta fração de segundo e saber que desperdiçamos uma oportunidade de dignificar o milagre da vida. O Paraíso é poder dizer neste momento: 'cometi alguns erros, mas não fui covarde. Vivi minha vida e fiz o que devia fazer'.
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quinta-feira, fevereiro 12, 2015
Lições para 'o caminho' [Km 262]
16 regras básicas para ser mais feliz
(Autora: Eunice Ferrari; 10/03/2007)
1. Determine-se a sofrer menos. Lide de forma mais tranquila com as adversidades, não se desespere. Na maioria das vezes, quando nos desesperamos perdemos a capacidade de raciocínio e tomamos atitudes que, em sã consciência, não tomaríamos.
2. Procure compreender, não só racionalmente, mas com o coração, que uma das maiores leis que existe do planeta é a da transitoriedade. Nada é permanente, tudo passa. A vida é uma grande roda na qual estamos atados. Em um momento estamos em cima, e nessa hora devemos agradecer ao universo e não deixar passar as oportunidades e as bênçãos que este nos dá, e nos preparar para "os dias mais frios" que, inevitavelmente, chegarão. Quando sabemos que o inverno virá, de uma forma ou de outra, deixamos alguma lenha reservada para nos aquecer nas noites frias.
3. Busque o prazer. Pare de fazer o que não gosta só para agradar à pessoas que não dão a mínima pra você. Não seja tolo, ame-se, seja mais amoroso com você, não se violente fazendo o que não gosta. Permita-se dizer 'não'.
4. Se a vida te dá um limão, aprenda a fazer uma refrescante limonada. Pare de se queixar do que não possui. Aprecie o que a vida deu à você e, se tiver disponibilidade interna para isso, poderá observar que tem o bastante para este momento, e que se acha pouco, deve começar desde já a construir um futuro mais abundante. A queixa só mostra que você ainda está atrelado à sua criança abandonada, impotente em sua dependência. Coloque em sua cabeça que não somos marionetes nas mãos de uma grande força invisível. Se sua vida não está boa, faça melhor daqui para frente!
6. Ocupe-se de poucas coisas. Se você é o tipo de pessoa viciada em fazer muitas coisas, ter diversas atividades em um só dia... Desculpa, mas você nunca conseguirá tranquilidade. Sua alma estará sempre ansiosa e atormentada. Seja mais amoroso com você, observe seus limites e respeite-os.
7. Busque dentro de você pensamentos de paz e harmonia. Saia do desassossego. Comece por diminuir seu ritmo de respirar, de andar e até de pensar. Momentos de ócio são ótimos remédios para o corpo e a alma.
8. Aceite os obstáculos que a vida impõe à você sem se achar a pessoa mais sofredora deste planeta. Acredite, existem pessoas que neste exato momento estão sofrendo bem mais do que você. Busque a compreensão e a serenidade. mesmo em meio às adversidades.
9. Busque e pratique a simplicidade. Diminua o tamanho de sua ambição. Já parou para pensar nisso? Ou ainda está preso na armadilha social de "somente ser alguém se for bem-sucedido"? Será que você precisa mesmo de tudo o que considera importante neste momento? Seja simples e natural - no falar, no vestir, no pensar. Lembre-se: a vida é uma só e o momento é agora.
10. Viva cada momento a seu tempo, um dia de cada vez. Para isso, desenvolva a fé de que há algo ou alguém cuidando de você. Faça a sua parte e entregue o que não está sob seu controle à Deus. Confie, Ele se encarregará de cuidar para que tudo dê certo.
11. Não se submeta aos humores dos outros - viva e seja você mesmo, independentemente do que o outro é e sente em relação à você.
12. Procure ser independente. Deposite a construção de sua felicidade apenas em você. Quando você aprender a se amar, tudo te será dado. Ame-se, namore-se, cuide-se, apaixone-se por você. Não de maneira narcisista, mas como filho de Deus que você é.
13. Pare de fazer planos a longo prazo, pois dessa forma você perde o controle sobre sua vida. Faça-os ano a ano, pois dessa forma é possível organizar seus passos. Mas planeje fazer coisas que estão sob seu controle.
14. Tenha como objetivo melhorar e desenvolver o que tem de melhor e aperfeiçoar o que ainda não está bom, mas de maneira amorosa e racional.
15. Você pensa na morte? Pois pense. Você é mortal, sabia? Nenhum de nós escapará desse destino. Não pense na morte de maneira mórbida, mas como o final natural e inevitável desta linda jornada por este planeta.
16. Aprenda a envelhecer com dignidade. Cultive sua alma, suas melhores qualidades, seu amor e cuide de seu corpo, sem neuroses. Seja feliz!
(Autora: Eunice Ferrari; 10/03/2007)
1. Determine-se a sofrer menos. Lide de forma mais tranquila com as adversidades, não se desespere. Na maioria das vezes, quando nos desesperamos perdemos a capacidade de raciocínio e tomamos atitudes que, em sã consciência, não tomaríamos.
2. Procure compreender, não só racionalmente, mas com o coração, que uma das maiores leis que existe do planeta é a da transitoriedade. Nada é permanente, tudo passa. A vida é uma grande roda na qual estamos atados. Em um momento estamos em cima, e nessa hora devemos agradecer ao universo e não deixar passar as oportunidades e as bênçãos que este nos dá, e nos preparar para "os dias mais frios" que, inevitavelmente, chegarão. Quando sabemos que o inverno virá, de uma forma ou de outra, deixamos alguma lenha reservada para nos aquecer nas noites frias.
3. Busque o prazer. Pare de fazer o que não gosta só para agradar à pessoas que não dão a mínima pra você. Não seja tolo, ame-se, seja mais amoroso com você, não se violente fazendo o que não gosta. Permita-se dizer 'não'.
4. Se a vida te dá um limão, aprenda a fazer uma refrescante limonada. Pare de se queixar do que não possui. Aprecie o que a vida deu à você e, se tiver disponibilidade interna para isso, poderá observar que tem o bastante para este momento, e que se acha pouco, deve começar desde já a construir um futuro mais abundante. A queixa só mostra que você ainda está atrelado à sua criança abandonada, impotente em sua dependência. Coloque em sua cabeça que não somos marionetes nas mãos de uma grande força invisível. Se sua vida não está boa, faça melhor daqui para frente!
6. Ocupe-se de poucas coisas. Se você é o tipo de pessoa viciada em fazer muitas coisas, ter diversas atividades em um só dia... Desculpa, mas você nunca conseguirá tranquilidade. Sua alma estará sempre ansiosa e atormentada. Seja mais amoroso com você, observe seus limites e respeite-os.
7. Busque dentro de você pensamentos de paz e harmonia. Saia do desassossego. Comece por diminuir seu ritmo de respirar, de andar e até de pensar. Momentos de ócio são ótimos remédios para o corpo e a alma.
8. Aceite os obstáculos que a vida impõe à você sem se achar a pessoa mais sofredora deste planeta. Acredite, existem pessoas que neste exato momento estão sofrendo bem mais do que você. Busque a compreensão e a serenidade. mesmo em meio às adversidades.
9. Busque e pratique a simplicidade. Diminua o tamanho de sua ambição. Já parou para pensar nisso? Ou ainda está preso na armadilha social de "somente ser alguém se for bem-sucedido"? Será que você precisa mesmo de tudo o que considera importante neste momento? Seja simples e natural - no falar, no vestir, no pensar. Lembre-se: a vida é uma só e o momento é agora.
10. Viva cada momento a seu tempo, um dia de cada vez. Para isso, desenvolva a fé de que há algo ou alguém cuidando de você. Faça a sua parte e entregue o que não está sob seu controle à Deus. Confie, Ele se encarregará de cuidar para que tudo dê certo.
11. Não se submeta aos humores dos outros - viva e seja você mesmo, independentemente do que o outro é e sente em relação à você.
12. Procure ser independente. Deposite a construção de sua felicidade apenas em você. Quando você aprender a se amar, tudo te será dado. Ame-se, namore-se, cuide-se, apaixone-se por você. Não de maneira narcisista, mas como filho de Deus que você é.
13. Pare de fazer planos a longo prazo, pois dessa forma você perde o controle sobre sua vida. Faça-os ano a ano, pois dessa forma é possível organizar seus passos. Mas planeje fazer coisas que estão sob seu controle.
14. Tenha como objetivo melhorar e desenvolver o que tem de melhor e aperfeiçoar o que ainda não está bom, mas de maneira amorosa e racional.
15. Você pensa na morte? Pois pense. Você é mortal, sabia? Nenhum de nós escapará desse destino. Não pense na morte de maneira mórbida, mas como o final natural e inevitável desta linda jornada por este planeta.
16. Aprenda a envelhecer com dignidade. Cultive sua alma, suas melhores qualidades, seu amor e cuide de seu corpo, sem neuroses. Seja feliz!
sábado, outubro 13, 2012
Lições para 'o caminho' [Km 254]
Abaixo, trecho da entrevista que o psicanalista inglês, Adam Phillips, concedeu à revista Veja, na edição 1793, de março de 2003:
Por que o número de cirurgias plásticas e implantes de silicone não pára de aumentar?
Phillips – Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas. Há uma enorme sensação de invisibilidade. Todo mundo acha que ficou de fora de algo, mas não sabe do que exatamente. É como se sempre houvesse uma festa imperdível em algum lugar e ninguém conseguisse encontrar o local. A obsessão por beleza reflete a necessidade de ser amado e aceito.
Essa necessidade é maior hoje do que era no passado?
Phillips – Na cultura atual, parece que há apenas dez pessoas que realmente estão vivendo. São as celebridades. O resto encontra-se num nível bem mais baixo. Isso tudo é um absurdo sem tamanho. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada. Esse estado de coisas deixa muita gente enfurecida e infeliz.
Por que mulheres e homens parecem totalmente obcecados por dietas de emagrecimento e exercícios?
Phillips – É uma nova versão do que Freud chamou de histeria. Mas, desde que ele escreveu sobre o assunto, as coisas pioraram. Todos devem estar se sentindo muito enfermos e vulneráveis para se preocupar de forma tão doentia com a saúde. O sexo é outro assunto preocupante. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados com o estilo de vida que levamos.
Isso tem relação com o número de casos de depressão?
Phillips – Muitas pessoas conseguem suportar o mundo contemporâneo apenas num estado de depressão. Se não estivessem assim, ficariam enfurecidas e tentariam mudar o mundo. Hoje trabalhamos e produzimos numa velocidade que impede a reflexão sobre o significado de nossa vida. Estamos hipnotizados. Vivemos em sociedades em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos, mais importante ser famoso do que amar. Isso é enlouquecedor. Estamos todos muito sós e famintos de contatos eróticos que sejam genuinamente criativos.
O que é depressão?
Phillips – Para muita gente, é melhor estar quase morto que totalmente vibrante diante de uma situação difícil. A depressão funciona como um escudo para evitar situações conflituosas. Esse tipo de comportamento certamente aumentou. Dito isso, sofremos de outro tipo de problema. É a indústria do diagnóstico. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.
Muitas crianças têm agenda lotada de compromissos. Há tempo para ser criança no mundo atual?
Phillips – Com certeza, não. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar. Há grande ansiedade da parte dos pais em relação ao futuro. Essa pressão está literalmente enlouquecendo muitas crianças. A decisão sobre a profissão está acontecendo cada vez mais cedo. No século XIV, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: "ser rico e famoso". Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.
Do ponto de vista dos pais, não é legítimo o desejo de sucesso e riqueza para os filhos?
Phillips – Claro. Não acho que as crianças deveriam ser educadas para se tornar revolucionárias. Mas é possível melhorar o que temos. Os pais devem ter como objetivo garantir o futuro de seus filhos e, ao mesmo tempo, deixá-los mais à vontade, com mais tempo e espaço para ser menos focados, menos objetivos. Adiar as decisões sobre o futuro, dar tempo ao tempo.
O senhor consegue atingir esse equilíbrio com sua filha de 8 anos?
Phillips – Acho que sim. Não fico tentando entender tudo que minha filha faz e diz. Estou mais preocupado em que se divirta. Não acredito num planejamento milimétrico para o futuro de uma criança, como se tudo pudesse ser programado.
Há alguns anos se fala da necessidade de dar limites aos filhos. Por que os pais acham essa tarefa tão difícil?
Phillips – É assim porque os pais não acreditam nos limites. É preciso acreditar neles para que funcionem. A cultura em que vivemos não facilita esse trabalho. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.
Como os pais podem resolver esse problema?
Phillips – Resolver o problema é algo muito ambicioso. O que podemos fazer é instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos. O que está a nosso alcance é ensiná-los a ser críticos. Mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas. Será que realmente precisamos de tal coisa? Será que é a melhor opção? Será que tal comportamento é o melhor? Outro problema é a incapacidade dos adultos de ser adultos. Os pais também devem aprender a ser odiados pelos filhos em algumas ocasiões. Muitas pessoas têm filhos porque acham que o nascimento deles é uma garantia de que serão amados de forma incondicional e eterna. Por isso, têm receio do ódio e da desaprovação deles. Tratam crianças como se fossem adultos. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.
Os remédios e as terapias alternativas estão acabando com a psicanálise?
Phillips – A psicanálise está apenas começando. A experiência de ser ouvido é muito poderosa. Definitivamente, tem efeito benéfico. É verdade que num mundo ideal ninguém precisaria de analista. O diálogo com os amigos daria conta do recado. O problema é que não temos a coragem de contar certas coisas aos amigos. Outras podemos até contar, mas os amigos não sabem como ajudar.
Os amigos, pelo menos, não cobram uma exorbitância para ouvir, não é verdade?
Phillips – Essa crítica é totalmente válida. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo "se um produto é caro, então é bom". Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.
Por que o número de cirurgias plásticas e implantes de silicone não pára de aumentar?
Phillips – Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas. Há uma enorme sensação de invisibilidade. Todo mundo acha que ficou de fora de algo, mas não sabe do que exatamente. É como se sempre houvesse uma festa imperdível em algum lugar e ninguém conseguisse encontrar o local. A obsessão por beleza reflete a necessidade de ser amado e aceito.
Essa necessidade é maior hoje do que era no passado?
Phillips – Na cultura atual, parece que há apenas dez pessoas que realmente estão vivendo. São as celebridades. O resto encontra-se num nível bem mais baixo. Isso tudo é um absurdo sem tamanho. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada. Esse estado de coisas deixa muita gente enfurecida e infeliz.
Por que mulheres e homens parecem totalmente obcecados por dietas de emagrecimento e exercícios?
Phillips – É uma nova versão do que Freud chamou de histeria. Mas, desde que ele escreveu sobre o assunto, as coisas pioraram. Todos devem estar se sentindo muito enfermos e vulneráveis para se preocupar de forma tão doentia com a saúde. O sexo é outro assunto preocupante. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados com o estilo de vida que levamos.
Isso tem relação com o número de casos de depressão?
Phillips – Muitas pessoas conseguem suportar o mundo contemporâneo apenas num estado de depressão. Se não estivessem assim, ficariam enfurecidas e tentariam mudar o mundo. Hoje trabalhamos e produzimos numa velocidade que impede a reflexão sobre o significado de nossa vida. Estamos hipnotizados. Vivemos em sociedades em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos, mais importante ser famoso do que amar. Isso é enlouquecedor. Estamos todos muito sós e famintos de contatos eróticos que sejam genuinamente criativos.
O que é depressão?
Phillips – Para muita gente, é melhor estar quase morto que totalmente vibrante diante de uma situação difícil. A depressão funciona como um escudo para evitar situações conflituosas. Esse tipo de comportamento certamente aumentou. Dito isso, sofremos de outro tipo de problema. É a indústria do diagnóstico. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.
Muitas crianças têm agenda lotada de compromissos. Há tempo para ser criança no mundo atual?
Phillips – Com certeza, não. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar. Há grande ansiedade da parte dos pais em relação ao futuro. Essa pressão está literalmente enlouquecendo muitas crianças. A decisão sobre a profissão está acontecendo cada vez mais cedo. No século XIV, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: "ser rico e famoso". Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.
Do ponto de vista dos pais, não é legítimo o desejo de sucesso e riqueza para os filhos?
Phillips – Claro. Não acho que as crianças deveriam ser educadas para se tornar revolucionárias. Mas é possível melhorar o que temos. Os pais devem ter como objetivo garantir o futuro de seus filhos e, ao mesmo tempo, deixá-los mais à vontade, com mais tempo e espaço para ser menos focados, menos objetivos. Adiar as decisões sobre o futuro, dar tempo ao tempo.
O senhor consegue atingir esse equilíbrio com sua filha de 8 anos?
Phillips – Acho que sim. Não fico tentando entender tudo que minha filha faz e diz. Estou mais preocupado em que se divirta. Não acredito num planejamento milimétrico para o futuro de uma criança, como se tudo pudesse ser programado.
Há alguns anos se fala da necessidade de dar limites aos filhos. Por que os pais acham essa tarefa tão difícil?
Phillips – É assim porque os pais não acreditam nos limites. É preciso acreditar neles para que funcionem. A cultura em que vivemos não facilita esse trabalho. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.
Como os pais podem resolver esse problema?
Phillips – Resolver o problema é algo muito ambicioso. O que podemos fazer é instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos. O que está a nosso alcance é ensiná-los a ser críticos. Mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas. Será que realmente precisamos de tal coisa? Será que é a melhor opção? Será que tal comportamento é o melhor? Outro problema é a incapacidade dos adultos de ser adultos. Os pais também devem aprender a ser odiados pelos filhos em algumas ocasiões. Muitas pessoas têm filhos porque acham que o nascimento deles é uma garantia de que serão amados de forma incondicional e eterna. Por isso, têm receio do ódio e da desaprovação deles. Tratam crianças como se fossem adultos. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.
Os remédios e as terapias alternativas estão acabando com a psicanálise?
Phillips – A psicanálise está apenas começando. A experiência de ser ouvido é muito poderosa. Definitivamente, tem efeito benéfico. É verdade que num mundo ideal ninguém precisaria de analista. O diálogo com os amigos daria conta do recado. O problema é que não temos a coragem de contar certas coisas aos amigos. Outras podemos até contar, mas os amigos não sabem como ajudar.
Os amigos, pelo menos, não cobram uma exorbitância para ouvir, não é verdade?
Phillips – Essa crítica é totalmente válida. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo "se um produto é caro, então é bom". Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.
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terça-feira, abril 10, 2012
Lições para 'o caminho' [Km 250]
Qual o melhor meio de lidar com a perda de um ente querido?
- É uma experiência das mais difíceis. Por mais que alguém diga: 'Já sou uma pessoa consciente, iluminada, não vou sentir nada', é mentira. Não há como ficar indiferente, pois nos toca, dói. Ao mesmo tempo, é essencial não se apegar a essa dor – não se apegar à pessoa que parte nem à dor que fica. Quando alguém que amamos se vai, uma parte dessa pessoa também fica em nós. O essencial é dar vida a essa vida em nossa vida. Que qualidades tinha este ser que eu amava? Será que, em minha vida, consigo manifestar essas qualidades para os outros? Isso é muito importante. Assim, a pessoa que se foi não desaparece, pois continua viva em nós."
(Monja Coen, zen budista)
- É uma experiência das mais difíceis. Por mais que alguém diga: 'Já sou uma pessoa consciente, iluminada, não vou sentir nada', é mentira. Não há como ficar indiferente, pois nos toca, dói. Ao mesmo tempo, é essencial não se apegar a essa dor – não se apegar à pessoa que parte nem à dor que fica. Quando alguém que amamos se vai, uma parte dessa pessoa também fica em nós. O essencial é dar vida a essa vida em nossa vida. Que qualidades tinha este ser que eu amava? Será que, em minha vida, consigo manifestar essas qualidades para os outros? Isso é muito importante. Assim, a pessoa que se foi não desaparece, pois continua viva em nós."
(Monja Coen, zen budista)
sexta-feira, outubro 15, 2010
Lições para 'o caminho' [Km 248]
Cada um de nós é como um livro... Que guarda sua própria história: com início, meio e fim... Nosso corpo é só uma casa onde a alma habita e a morte é o último vôo de nossa alma... Que parte por não caber mais nessa casa, como se quisesse começar uma nova história, um novo livro.
Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver, mas eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito. Penso, logo sei que existir é uma circunstância.
Copyright © 2010 by Elizabeth Jhin "Escrito nas estrelas" Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver, mas eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito. Penso, logo sei que existir é uma circunstância.
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segunda-feira, dezembro 07, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 233]
"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."
(Autor desconhecido)
"A morte não é o maior medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estarmos vivos - o risco de estarmos vivos e expressarmos o que realmente somos."
(Don Miguel Ruiz)
"Não fique olhando a vida passar. Faça alguma coisa."
(H. Jackson Brown, Jr)
"A questão não é se morreremos, mas como viveremos."
(Joan Borysenko)
"Estamos sempre nos preparando para viver e não vivemos."
(Ralph Waldo Emerson)
"Em três palavras posso resumir tudo que aprendi sobre a vida: a vida continua."
(Robert Frost)
"Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida."
(Carlos Drumond de Andrade)
"Você está aqui apenas para uma rápida visita. Não se apresse. Não se preocupe. E não se esqueça de sentir o cheiro das flores no caminho."
(Walter C Hagen)
"Se existe um pecado contra a vida, ele consiste talvez não tanto no desespero de viver, como em desejar outra vida e evitar o implacável esplendor desta vida."
(Albert Camus)
"Quando estamos motivados por metas que têm significados profundos, por sonhos que precisam ser realizados, por puro amor que precisa se expressar, então nós vivemos verdadeiramente a vida."
(Greg Anderson)
(Autor desconhecido)
"A morte não é o maior medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estarmos vivos - o risco de estarmos vivos e expressarmos o que realmente somos."
(Don Miguel Ruiz)
"Não fique olhando a vida passar. Faça alguma coisa."
(H. Jackson Brown, Jr)
"A questão não é se morreremos, mas como viveremos."
(Joan Borysenko)
"Estamos sempre nos preparando para viver e não vivemos."
(Ralph Waldo Emerson)
"Em três palavras posso resumir tudo que aprendi sobre a vida: a vida continua."
(Robert Frost)
"Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida."
(Carlos Drumond de Andrade)
"Você está aqui apenas para uma rápida visita. Não se apresse. Não se preocupe. E não se esqueça de sentir o cheiro das flores no caminho."
(Walter C Hagen)
"Se existe um pecado contra a vida, ele consiste talvez não tanto no desespero de viver, como em desejar outra vida e evitar o implacável esplendor desta vida."
(Albert Camus)
"Quando estamos motivados por metas que têm significados profundos, por sonhos que precisam ser realizados, por puro amor que precisa se expressar, então nós vivemos verdadeiramente a vida."
(Greg Anderson)
quarta-feira, novembro 25, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 231]
"É isso o que torna a morte tão difícil: a curiosidade não-satisfeita."
(Beryl Markham, West with the Night, 1983, p. 25)
"O maior dos erros é a pressa antes do tempo e a lentidão ante a oportunidade."
(máxima árabe)
(Beryl Markham, West with the Night, 1983, p. 25)
"O maior dos erros é a pressa antes do tempo e a lentidão ante a oportunidade."
(máxima árabe)
quarta-feira, setembro 02, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 217]
"O tempo é uma coisa criada. Dizer 'Eu não tenho tempo', é o mesmo que dizer, 'Eu não quero'".
(Lao-Tzu)
"Você deve viver no presente, lance-se em cada onda, encontre a sua eternidade em cada momento."
(Henry David Thoreau)
"Nada é menos merecedor de honra que um homem velho que não tenha nenhuma outra evidência de ter vivido muito, a não ser sua idade."
(Lucius Annaeus Seneca, 'O jovem')
"A vida não é perdida através da morte; a vida é perdida minuto a minuto, através do dia a dia aborrecido, e em todos os milhares de modos medíocres."
(Stephen Vincent Benet)
"O futuro não é algum lugar que estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para ser encontrados, mas criados. E a atividade de criá-los faz com que mudem tanto o criador como o seu destino."
(John Schaar)
(Lao-Tzu)
"Você deve viver no presente, lance-se em cada onda, encontre a sua eternidade em cada momento."
(Henry David Thoreau)
"Nada é menos merecedor de honra que um homem velho que não tenha nenhuma outra evidência de ter vivido muito, a não ser sua idade."
(Lucius Annaeus Seneca, 'O jovem')
"A vida não é perdida através da morte; a vida é perdida minuto a minuto, através do dia a dia aborrecido, e em todos os milhares de modos medíocres."
(Stephen Vincent Benet)
"O futuro não é algum lugar que estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para ser encontrados, mas criados. E a atividade de criá-los faz com que mudem tanto o criador como o seu destino."
(John Schaar)
quinta-feira, agosto 27, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 216]
A maior viagem
O surf ensina muito a quem está a fim de aprender. Ele, em sua forma pura, uma manifestação límpida e evidente de vida, ensina sobre coisas variadas. Inclusive sobre a morte. Mostra a todo tempo nossa fragilidade diante das forças que nos rodeiam, nos lembra que ela está por perto e assim nos faz fruir mais e melhor os momentos vividos.
...Talvez a morte seja mesmo, como diz a psicanálise clássica, o supremo redutor de tensões. Mas acreditamos que ela deva estar mais perto dos nossos olhos para vivermos mais e melhor e, também, que ela possa ser a maior viagem.
(Paulo Anis Lima, 10.08.2009)
...Viver é morrer lentamente, sim. Isso é real. Qualquer biólogo pode fundamentar cientificamente esse fato. Sem romance. Essa é a natureza do ser vivo que somos. A ideia de morrer lentamente é boa porque nos ajuda a ter mais intimidade com a morte e assim entendemos melhor a delicadeza e a inteligência do viver.
Acredito que a intimidade com a morte nos proporciona mais intimidade com a vida, nos aproxima da beleza da destruição e do caos que é vital para a nossa evolução. Mas o medo de morrer nos faz negar a realidade da morte. Assim, quando ela chega, nos surpreende, ou melhor, nos assusta e aterroriza, como se não fosse esperada, como se não pertencesse ao universo dos seres vivos.
Demorei para apagar do meu imaginário a figura apavorante da morte que aparecia sempre de repente, vinda de outro mundo, como alguém que chegava para pôr fim a uma festa à qual não tinha sido convidada. A imagem da morte como penetra indesejável, invasora repentina, como fato pontual, impede que a gente conviva com ela como fato natural com o qual negociamos a cada segundo. Justamente porque a morte é um mistério amedrontador e porque vem acompanhada do sentimento de perda, a intimidade cotidiana com ela é necessária.
Não estou dizendo que é simples nem fácil. Mas que é necessário para entender a dinâmica da vida e poder negociar com a morte com mais competência, lentamente. Quem vive a morte lenta vive mais porque cuida melhor da vida. E, o melhor de tudo, não se assusta e não sofre tanto com o fim que com certeza chegará.
Daqui do alto dos meus 60 anos, convivo cada dia com mais intimidade com a morte e posso dizer que ela não me amedronta. Pelo contrário, me desperta muita curiosidade. Se posso dar um conselho para os que ainda estão longe dos 60, aqui vai: morram lentamente! Não deixem para a última hora. A vida agradece.
(Ricardo Guimarães, 10.08.2009)
O surf ensina muito a quem está a fim de aprender. Ele, em sua forma pura, uma manifestação límpida e evidente de vida, ensina sobre coisas variadas. Inclusive sobre a morte. Mostra a todo tempo nossa fragilidade diante das forças que nos rodeiam, nos lembra que ela está por perto e assim nos faz fruir mais e melhor os momentos vividos.
...Talvez a morte seja mesmo, como diz a psicanálise clássica, o supremo redutor de tensões. Mas acreditamos que ela deva estar mais perto dos nossos olhos para vivermos mais e melhor e, também, que ela possa ser a maior viagem.
(Paulo Anis Lima, 10.08.2009)
...Viver é morrer lentamente, sim. Isso é real. Qualquer biólogo pode fundamentar cientificamente esse fato. Sem romance. Essa é a natureza do ser vivo que somos. A ideia de morrer lentamente é boa porque nos ajuda a ter mais intimidade com a morte e assim entendemos melhor a delicadeza e a inteligência do viver.
Acredito que a intimidade com a morte nos proporciona mais intimidade com a vida, nos aproxima da beleza da destruição e do caos que é vital para a nossa evolução. Mas o medo de morrer nos faz negar a realidade da morte. Assim, quando ela chega, nos surpreende, ou melhor, nos assusta e aterroriza, como se não fosse esperada, como se não pertencesse ao universo dos seres vivos.
Demorei para apagar do meu imaginário a figura apavorante da morte que aparecia sempre de repente, vinda de outro mundo, como alguém que chegava para pôr fim a uma festa à qual não tinha sido convidada. A imagem da morte como penetra indesejável, invasora repentina, como fato pontual, impede que a gente conviva com ela como fato natural com o qual negociamos a cada segundo. Justamente porque a morte é um mistério amedrontador e porque vem acompanhada do sentimento de perda, a intimidade cotidiana com ela é necessária.
Não estou dizendo que é simples nem fácil. Mas que é necessário para entender a dinâmica da vida e poder negociar com a morte com mais competência, lentamente. Quem vive a morte lenta vive mais porque cuida melhor da vida. E, o melhor de tudo, não se assusta e não sofre tanto com o fim que com certeza chegará.
Daqui do alto dos meus 60 anos, convivo cada dia com mais intimidade com a morte e posso dizer que ela não me amedronta. Pelo contrário, me desperta muita curiosidade. Se posso dar um conselho para os que ainda estão longe dos 60, aqui vai: morram lentamente! Não deixem para a última hora. A vida agradece.
(Ricardo Guimarães, 10.08.2009)
terça-feira, julho 28, 2009
Lições para 'o caminho' [Km 211]
As quatro forças
O padre Alan Jones diz que, para a construção de nossa alma, precisamos das Quatro Forças Invisíveis: amor, morte, poder e tempo. É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessária a consciência da morte, para entender bem a vida. É necessário lutar para crescer - mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com isto, porque sabemos que ele não vale nada. Finalmente, é necessário aceitar que nossa alma - embora seja eterna - está neste momento presa na teia do tempo, com suas oportunidades e limitações.
Copyright © 2009 by Warrior of the light Todos os direitos reservados. All rights reserved.
O padre Alan Jones diz que, para a construção de nossa alma, precisamos das Quatro Forças Invisíveis: amor, morte, poder e tempo. É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessária a consciência da morte, para entender bem a vida. É necessário lutar para crescer - mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com isto, porque sabemos que ele não vale nada. Finalmente, é necessário aceitar que nossa alma - embora seja eterna - está neste momento presa na teia do tempo, com suas oportunidades e limitações.
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terça-feira, junho 03, 2008
Lições para 'o caminho' [Km 162]
Algumas reflexões de Carlos Castañeda (editadas)
Nada é fácil
Nada neste mundo é dado de presente: tudo precisa ser aprendido com muito esforço. Um homem que vai em busca do conhecimento deve ter o mesmo comportamento de um soldado que vai para a guerra: bem desperto, com medo, com respeito, e com absoluta confiança. Se seguir estes requisitos, pode perder uma batalha ou outra, mas jamais irá lamentar-se do seu destino.
O medo é natural
O medo da liberdade que o conhecimento nos traz é absolutamente natural; entretanto, por mais terrível que seja o aprendizado, é pior viver sem sabedoria.
A irritação é desnecessária
Irritar-se com os outros significa dar a eles o poder de interferir em nossas vidas. É imperativo deixar este sentimento de lado. Os atos alheios não podem de maneira nenhuma nos desviar de nossa única alternativa na vida: o encontro com o infinito.
O fim é um aliado
Quando as coisas começam a ficar confusas, o guerreiro pensa em sua morte, e imediatamente seu espírito encontra-se de novo com ele. A morte está em todas as partes. Podemos comparar aos faróis de um carro que nos segue por uma estrada sinuosa; às vezes os perdemos de vista, às vezes aparecem perto demais, às vezes apaga suas luzes. Mas este carro imaginário jamais se detém (e um dia nos alcança). Só a idéia da morte dá ao homem o desapêgo suficiente para seguir adiante, apesar de todos os percalços. Um homem que sabe que a morte está se aproximando todos os dias, prova de tudo, mas sem ansiedade.
O presente é único
Um guerreiro sabe esperar, porque sabe o que está aguardando. E enquanto espera, não deseja nada, e desta maneira, qualquer coisa que receber – por menor que seja – é uma benção. O homem comum se preocupa em demasiado por querer aos outros, ou ser querido por eles. Um guerreiro sabe o que deseja, e isso é tudo em sua vida (e nisso concentra toda a sua energia). O homem comum gasta o presente agindo como ganhador ou perdedor, e dependendo dos resultados, transforma-se em perseguidor ou vítima. O guerreiro, por outro lado, preocupa-se apenas com os seus atos, que o levarão ao objetivo que traçou para si mesmo.
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Nada é fácil
Nada neste mundo é dado de presente: tudo precisa ser aprendido com muito esforço. Um homem que vai em busca do conhecimento deve ter o mesmo comportamento de um soldado que vai para a guerra: bem desperto, com medo, com respeito, e com absoluta confiança. Se seguir estes requisitos, pode perder uma batalha ou outra, mas jamais irá lamentar-se do seu destino.
O medo é natural
O medo da liberdade que o conhecimento nos traz é absolutamente natural; entretanto, por mais terrível que seja o aprendizado, é pior viver sem sabedoria.
A irritação é desnecessária
Irritar-se com os outros significa dar a eles o poder de interferir em nossas vidas. É imperativo deixar este sentimento de lado. Os atos alheios não podem de maneira nenhuma nos desviar de nossa única alternativa na vida: o encontro com o infinito.
O fim é um aliado
Quando as coisas começam a ficar confusas, o guerreiro pensa em sua morte, e imediatamente seu espírito encontra-se de novo com ele. A morte está em todas as partes. Podemos comparar aos faróis de um carro que nos segue por uma estrada sinuosa; às vezes os perdemos de vista, às vezes aparecem perto demais, às vezes apaga suas luzes. Mas este carro imaginário jamais se detém (e um dia nos alcança). Só a idéia da morte dá ao homem o desapêgo suficiente para seguir adiante, apesar de todos os percalços. Um homem que sabe que a morte está se aproximando todos os dias, prova de tudo, mas sem ansiedade.
O presente é único
Um guerreiro sabe esperar, porque sabe o que está aguardando. E enquanto espera, não deseja nada, e desta maneira, qualquer coisa que receber – por menor que seja – é uma benção. O homem comum se preocupa em demasiado por querer aos outros, ou ser querido por eles. Um guerreiro sabe o que deseja, e isso é tudo em sua vida (e nisso concentra toda a sua energia). O homem comum gasta o presente agindo como ganhador ou perdedor, e dependendo dos resultados, transforma-se em perseguidor ou vítima. O guerreiro, por outro lado, preocupa-se apenas com os seus atos, que o levarão ao objetivo que traçou para si mesmo.
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