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sábado, outubro 13, 2012

Lições para 'o caminho' [Km 254]

Abaixo, trecho da entrevista que o psicanalista inglês, Adam Phillips, concedeu à revista Veja, na edição 1793, de março de 2003:

Por que o número de cirurgias plásticas e implantes de silicone não pára de aumentar?
Phillips – Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas. Há uma enorme sensação de invisibilidade. Todo mundo acha que ficou de fora de algo, mas não sabe do que exatamente. É como se sempre houvesse uma festa imperdível em algum lugar e ninguém conseguisse encontrar o local. A obsessão por beleza reflete a necessidade de ser amado e aceito.

Essa necessidade é maior hoje do que era no passado?
Phillips – Na cultura atual, parece que há apenas dez pessoas que realmente estão vivendo. São as celebridades. O resto encontra-se num nível bem mais baixo. Isso tudo é um absurdo sem tamanho. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada. Esse estado de coisas deixa muita gente enfurecida e infeliz.

Por que mulheres e homens parecem totalmente obcecados por dietas de emagrecimento e exercícios?
Phillips – É uma nova versão do que Freud chamou de histeria. Mas, desde que ele escreveu sobre o assunto, as coisas pioraram. Todos devem estar se sentindo muito enfermos e vulneráveis para se preocupar de forma tão doentia com a saúde. O sexo é outro assunto preocupante. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados com o estilo de vida que levamos.

Isso tem relação com o número de casos de depressão?
Phillips – Muitas pessoas conseguem suportar o mundo contemporâneo apenas num estado de depressão. Se não estivessem assim, ficariam enfurecidas e tentariam mudar o mundo. Hoje trabalhamos e produzimos numa velocidade que impede a reflexão sobre o significado de nossa vida. Estamos hipnotizados. Vivemos em sociedades em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos, mais importante ser famoso do que amar. Isso é enlouquecedor. Estamos todos muito sós e famintos de contatos eróticos que sejam genuinamente criativos.

O que é depressão?
Phillips – Para muita gente, é melhor estar quase morto que totalmente vibrante diante de uma situação difícil. A depressão funciona como um escudo para evitar situações conflituosas. Esse tipo de comportamento certamente aumentou. Dito isso, sofremos de outro tipo de problema. É a indústria do diagnóstico. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.

Muitas crianças têm agenda lotada de compromissos. Há tempo para ser criança no mundo atual?
Phillips – Com certeza, não. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar. Há grande ansiedade da parte dos pais em relação ao futuro. Essa pressão está literalmente enlouquecendo muitas crianças. A decisão sobre a profissão está acontecendo cada vez mais cedo. No século XIV, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: "ser rico e famoso". Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.

Do ponto de vista dos pais, não é legítimo o desejo de sucesso e riqueza para os filhos?
Phillips – Claro. Não acho que as crianças deveriam ser educadas para se tornar revolucionárias. Mas é possível melhorar o que temos. Os pais devem ter como objetivo garantir o futuro de seus filhos e, ao mesmo tempo, deixá-los mais à vontade, com mais tempo e espaço para ser menos focados, menos objetivos. Adiar as decisões sobre o futuro, dar tempo ao tempo.

O senhor consegue atingir esse equilíbrio com sua filha de 8 anos?
Phillips – Acho que sim. Não fico tentando entender tudo que minha filha faz e diz. Estou mais preocupado em que se divirta. Não acredito num planejamento milimétrico para o futuro de uma criança, como se tudo pudesse ser programado.

Há alguns anos se fala da necessidade de dar limites aos filhos. Por que os pais acham essa tarefa tão difícil?
Phillips – É assim porque os pais não acreditam nos limites. É preciso acreditar neles para que funcionem. A cultura em que vivemos não facilita esse trabalho. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.

Como os pais podem resolver esse problema?
Phillips – Resolver o problema é algo muito ambicioso. O que podemos fazer é instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos. O que está a nosso alcance é ensiná-los a ser críticos. Mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas. Será que realmente precisamos de tal coisa? Será que é a melhor opção? Será que tal comportamento é o melhor? Outro problema é a incapacidade dos adultos de ser adultos. Os pais também devem aprender a ser odiados pelos filhos em algumas ocasiões. Muitas pessoas têm filhos porque acham que o nascimento deles é uma garantia de que serão amados de forma incondicional e eterna. Por isso, têm receio do ódio e da desaprovação deles. Tratam crianças como se fossem adultos. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.

Os remédios e as terapias alternativas estão acabando com a psicanálise?
Phillips – A psicanálise está apenas começando. A experiência de ser ouvido é muito poderosa. Definitivamente, tem efeito benéfico. É verdade que num mundo ideal ninguém precisaria de analista. O diálogo com os amigos daria conta do recado. O problema é que não temos a coragem de contar certas coisas aos amigos. Outras podemos até contar, mas os amigos não sabem como ajudar.

Os amigos, pelo menos, não cobram uma exorbitância para ouvir, não é verdade?
Phillips – Essa crítica é totalmente válida. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo "se um produto é caro, então é bom". Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Lições para 'o caminho' [Km 248]

Cada um de nós é como um livro... Que guarda sua própria história: com início, meio e fim... Nosso corpo é só uma casa onde a alma habita e a morte é o último vôo de nossa alma... Que parte por não caber mais nessa casa, como se quisesse começar uma nova história, um novo livro.
Cada minuto que passa pode ser tudo que me resta para viver, mas eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito. Penso, logo sei que existir é uma circunstância.

Copyright © 2010 by Elizabeth Jhin "Escrito nas estrelas" Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sábado, setembro 26, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 221]

"No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?"

As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma "vergonha" demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.
Existe uma regra não escrita, afirmando que "o mundo é dos fortes", ou que "sobrevive apenas o mais apto". Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).
Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.
Mas não posso me viciar nisso.
A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.
A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.
No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo: é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?

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quarta-feira, setembro 02, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 217]

"O tempo é uma coisa criada. Dizer 'Eu não tenho tempo', é o mesmo que dizer, 'Eu não quero'".
(Lao-Tzu)

"Você deve viver no presente, lance-se em cada onda, encontre a sua eternidade em cada momento."
(Henry David Thoreau)

"Nada é menos merecedor de honra que um homem velho que não tenha nenhuma outra evidência de ter vivido muito, a não ser sua idade."
(Lucius Annaeus Seneca, 'O jovem')

"A vida não é perdida através da morte; a vida é perdida minuto a minuto, através do dia a dia aborrecido, e em todos os milhares de modos medíocres."
(Stephen Vincent Benet)

"O futuro não é algum lugar que estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para ser encontrados, mas criados. E a atividade de criá-los faz com que mudem tanto o criador como o seu destino."
(John Schaar)

sábado, agosto 15, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 214]

"Infeliz é o espírito ansioso pelo futuro."
(Lucius Annaeus Seneca)

"Meu futuro começa quando eu acordo toda manhã - todos os dias eu encontro algo criativo para fazer com a minha vida."
(Miles Davis)

"Enquanto você não valorizar a si mesmo, você não valorizará o seu tempo. Enquanto você não valorizar o seu tempo, você não fará nada com ele."
(M. Scott Peck)

"Cada hoje, bem vivido, faz do ontem um sonho de felicidade e de cada amanhã uma visão de esperança. Cuide, portanto, deste único dia, pois ele e somente ele é a vida."
(Poema Sânscrito)

"Não deixe o medo do tempo que levará para realizar algo ficar no caminho de fazê-lo. O tempo passará de qualquer forma; devemos igualmente colocar esse tempo passageiro no melhor uso possível."
(Earl Nightingale)

terça-feira, julho 28, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 211]

As quatro forças

O padre Alan Jones diz que, para a construção de nossa alma, precisamos das Quatro Forças Invisíveis: amor, morte, poder e tempo. É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessária a consciência da morte, para entender bem a vida. É necessário lutar para crescer - mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com isto, porque sabemos que ele não vale nada. Finalmente, é necessário aceitar que nossa alma - embora seja eterna - está neste momento presa na teia do tempo, com suas oportunidades e limitações.

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segunda-feira, maio 25, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 200]

Ver o mundo sem você faz bem à sua saúde.
(Sean O'Callahan, 68 anos)

Eu plantei uma árvore perto da minha primeira casa; uma coisinha nanica e magrela. Era o que eu podia comprar na época. O momento em que aquela árvore se transformaria em alguma coisa parecia distante no futuro. Mas quando voltei lá 40 anos depois, mal pude acreditar no que meus olhos viam. A árvore havia crescido até acima da casa, era a rainha da vizinhança.
Nesse meio tempo, eu me tornei um velho. Perto da existência daquela árvore, minha breve vida mal significava alguma coisa. Foi a primeira vez em que de fato acreditei que o mundo continuará indo muito bem depois que eu me for. Desde então, vivo na dimensão do tempo de uma árvore. É um bom jeito de viver.


Sean O'Callahan insistia em que o mundo seria um lugar melhor se todos nós nos imbuíssemos da crença de que as árvores continuam a crescer cada vez mais fortes enquanto nós ficamos mais frágeis. "Aí, todos ficaríamos adequadamente humildes.", declarou ele.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sábado, janeiro 10, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 179]

Tire um tempo para trabalhar -
Este é o preço do sucesso.
Tire um tempo para pensar -
Esta é a fonte do poder.
Tire um tempo para brincar -
Este é o segredo da eterna juventude.
Tire um tempo para ler -
Esta é a fonte da sabedoria.
Tire um tempo para ser amigo -
Esta é a estrada para a felicidade.
Tire um tempo para amar e ser amado -
Este é o alimento da alma.
Tire um tempo para compartilhar -
A vida é muito curta para ser egoísta.
Tire um tempo para rir -
Esta é a música do coração.
Tire um tempo para sonhar -
Esta é a carona para uma estrela.
(Anônimo)

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Lições para 'o caminho' [Km 151]

"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende."
(Leonardo da Vinci)

"Talvez a melhor pergunta que você pode memorizar e repetir continuamente é: 'qual o uso mais valioso para o meu tempo neste momento?'"
(Brian Tracy)

"Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar; e, as leis que você decide obedecer."
(Charles Millhuff)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Lições para 'o caminho' [Km 110]

Use o tempo, enquanto você o tem.
(Henry Ashton, 92 anos)

Hoje, as pessoas correm por aí, levando umas às outras à loucura. Eu nunca vi tanta correria. Ninguém mais tem tempo. O que aconteceu com o tempo? Na minha época, nós tínhamos tempo. Agora, todos estão tão ocupados tentando fazer tudo ao mesmo tempo que não sobra nada.
Você não tem de esperar até ir para o Himalaia. Vá para o seu quintal e ouça os pássaros. Eu estou lhe dizendo, o tempo está aí para ser usado. Está aí para você, todos os dias. Você não tem de esperar até as férias. Antes que perceba, estará com 92 anos.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Lições para 'o caminho' [Km 108]

Quando olho para trás, percebo que fiz muitas bobagens. Acertei bastante, mas também errei bastante. Quando olho para diante, tenho certeza de que vou acertar e errar bastante também. É impossível acertar sempre. Mas o importante é que não gastemos nosso tempo nem nossa energia nos torturando. A autocrítica pelo que não deu certo, além de ser nociva para a saúde, faz que a gente perca os passarinhos que a vida nos oferece no presente.

Copyright © 2006 by Roberto Shinyashiki Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sexta-feira, março 11, 2005

Lições para 'o caminho' [Km 055]

- O tempo não é uma medida: mas uma qualidade. Quando olhamos o passado, não estamos voltando uma fita, mas relembrando uma dádiva de nossa passagem sobre a terra. Não se mede o tempo como se mede uma estrada, já que damos saltos gigantescos para trás (lembranças) e para frente (projetos).

- Gerenciar não é viver “Tempo é dinheiro” é uma bobagem. Precisamos ter consciência de cada minuto, saber aproveita-lo naquilo que estamos fazendo (com amor) ou apenas na contemplação da vida. O dia compreende 24 horas e uma infinidade de momentos. Se desaceleramos, tudo dura muito mais. Claro, pode durar mais a lavagem de pratos, mas por que não usar isso para pensar em coisas agradáveis, cantar, relaxar, alegrar-se com o fato de estar vivo?

- Sintonia com a vida Arthur Rubinstein (um dos maiores pianistas do século XX) foi certa vez abordado por uma ardente admiradora, que lhe perguntou: “Como pode usar as notas com tanta maestria”? O pianista respondeu: “Eu uso as notas do mesmo jeito que os outros, mas as pausas...ah! É ai que está a arte”. Meu processo de divórcio foi extremamente doloroso, e eu achei que ficando ocupado, conseguiria superar os momentos difíceis; mas não aconteceu como previsto, já que não conseguia olhar a dor em minha alma. A partir de determinado momento, passei a “usar as pausas” – sentar, deixar que a dor viesse, me atingisse, e passasse. Pouco a pouco fui reestruturando minha vida, entendendo melhor as razões da separação, e hoje minha ex-mulher trabalha comigo no Omega Institute – porque fui capaz de enfrentar a dor, e não apenas ocultá-la por detrás de muitas tarefas.
(Stephan Rechtschaffen)*

* Médico e fundador do bem sucedido Omega Institute, em New York.

sexta-feira, julho 23, 2004

Lições para 'o caminho' [Km 029]

Faça seus dias valerem a lembrança.
(Bill Milton, 89 anos)

Há dois tipos de pessoas - as que vivem com intensidade e as que simplesmente vão levando. As primeiras são firmes consigo mesmas. Aproveitam as oportunidades. Nunca se sentem confortáveis por muito tempo. As últimas jogam com segurança. Nunca se forçam. Um ano se emenda no outro, porque os anos são na verdade a mesma coisa.
Aos jovens eu digo, vivam com intensidade! Essa é a sua primeira e única vida, o único show em cartaz. Você não vai conseguir nenhum dos seus dias de volta. Viva como se um dia você fosse ficar velho, olhando para tudo o que fez. Tudo o que você não fez é que vai incomodá-lo.


Bill Milton passou toda a sua vida profissional trabalhando como zelador e faz-tudo em uma escola pública. Ele adorava passar os verões fora, época em que organizava para si uma aventura única a cada ano. Ele viajava sozinho para algum lugar aonde nunca havia estado e levava a barraca para bem longe, na floresta. Depois que se aposentou, a artrite tornou essas longas caminhadas desconfortáveis, mas ele já havia acampado em todos os continentes, em todo tipo de terreno. Bill me disse que não se incomodava por ficar em casa porque tivera numerosos dias que valiam a lembrança.

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