quarta-feira, novembro 25, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 231]

"É isso o que torna a morte tão difícil: a curiosidade não-satisfeita."
(Beryl Markham, West with the Night, 1983, p. 25)

"O maior dos erros é a pressa antes do tempo e a lentidão ante a oportunidade."
(máxima árabe)

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 230]

É muito mais fácil culpar outra pessoa do que olhar para si mesmo.
(Edein French, 84 anos)

Quando um casal briga, na maior parte do tempo nenhum dos dois está ouvindo. Ambos colocam toda a energia que têm em sua própria defesa. Você vai se envolvendo pelo entusiasmo de culpar e isso é como um reflexo. Não requer qualquer esforço e acontece automaticamente, a menos que você se oponha com toda a sua força.
Mas se um dos dois conseguir parar e tentar compreender o outro, buscar ver realmente a mágoa da outra pessoa, a briga esfria imediatamente. Algo diferente acontece, algo interessante, em vez da mesma velha briga de novo e de novo.


Edein French fez aconselhamento de casais por mais de 50 anos. Nada a perturba porque ela já viu todo tipo de conflito e de reconciliação. Usando sua mente aguçada e seu coração sensível, ela é incansável em ensinar casais a fazerem seus relacionamentos funcionarem. Aos 84 anos, Edein ainda vê clientes de forma ocasional, tendo optado por diminuir o ritmo há apenas alguns anos.

Copyright © 2002 by Wendy Lustbader ('O que vale a pena...' - 6.a Edição) Todos os direitos reservados. All rights reserved.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 229]

Primeiras reflexões sobre a vaidade humana (*)
(Flávio Gikovate)

...Exercemos o exibicionismo por todas as formas, desde a mais inofensiva, que é o de caráter físico até a mais perigosa, que corresponde ao exibicionismo intelectual. O exibicionismo intelectual é o mais grave, porque nossa razão deveria estar a serviço de nos ajudar a ver a realidade como ela é e também a nos posicionar de forma adequada diante dos fatos.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver uma certa aversão aos fatos, especialmente aqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem os que efetivamente existem. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas ideias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas ideias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
...A vaidade cega, subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.

* Extraído e editado à partir do artigo original publicado pelo autor, em seu site.
** Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.

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sábado, novembro 07, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 228]

"Os sonhos são os parâmetros do nosso caráter."
(Henry David Thoreau)

"Todos os homens que realizaram grandes coisas eram grandes sonhadores."
(Orison Swett Marden)

"Os sonhos podem frequentemente tornarem-se desafiadores, mas desafios são o motivo pelo qual vivemos."
(Travis White)

"Sonhos são formidáveis. Quando eles desaparecem você pode ainda estar aqui, mas você terá parado de viver."
(Lady Nancy Astor)

"Os problemas do mundo não podem ser resolvidos por céticos ou cínicos cujos horizontes são limitados por realidades óbvias. Precisamos de homens e mulheres que consigam sonhar com coisas que nunca existiram."
(John F. Kennedy)

domingo, novembro 01, 2009

Lições para 'o caminho' [Km 227]

Continue no deserto

- Por que o senhor vive no deserto?
- Porque não consigo ser o que desejo. Quando começo a ser eu mesmo, as pessoas me tratam com uma reverência falsa. Quando sou verdadeiro a respeito de minha fé, então elas que começam a duvidar. Todos acreditam que são mais santos que eu, mas fingem-se de pecadores com medo de insultar minha solidão. Procuram mostrar o tempo todo que me consideram um santo; e assim se transformam em emissários do demônio, me tentando com o orgulho.
- Seu problema não é tentar ser quem é, mas aceitar os outros como são. E agir assim, é melhor continuar no deserto - disse o cavaleiro, afastando-se.


Perdoando os inimigos

O abade perguntou ao aluno preferido como ia seu progresso espiritual. O aluno respondeu que estava conseguindo dedicar a Deus todos os momentos de seu dia.
- Então, falta apenas perdoar os seus inimigos.
O rapaz ficou chocado:
- Mas não tenho raiva de meus inimigos!
- Você acha que Deus tem raiva de você?
- Claro que não!
- E mesmo assim você pede Seu perdão, não é verdade? Faça o mesmo com seus inimigos, mesmo que não sinta ódio por eles. Quem perdoa, está lavando e perfumando o próprio coração.


Qual o melhor caminho

Quando perguntaram ao abade Antonio se o caminho do sacrifício levava ao céu, este respondeu:
-Existem dois caminhos de sacrifício. O primeiro é o do homem que mortifica a carne, faz penitência, porque acha que estamos condenados. Este homem sente-se culpado, e julga-se indigno de viver feliz. Neste caso, ele não chega a lugar nenhum, porque Deus não habita a culpa. O segundo é o do homem que, embora sabendo que o mundo não é perfeito como todos queríamos que fosse, reza, faz penitência, oferece seu tempo e seu trabalho para melhorar o ambiente ao seu redor. Neste caso, a Presença Divina o ajuda o tempo todo, e ele consegue resultados no Céu.


O trabalho na lavoura

O rapaz cruzou o deserto, e chegou finalmente ao mosteiro de Sceta. Ali, pediu para assistir uma das palestras do abade - e recebeu permissão.
Naquela tarde, o abade discorreu sobre a importância do trabalho na lavoura.
No final da palestra, o rapaz comentou com um dos monges:
- Fiquei muito impressionado. Achei que ia encontrar um sermão iluminado sobre as virtudes e os pecados, e o abade só falava de tomates, irrigação, e coisas assim. Do lugar aonde venho, todos acreditam que Deus é misericórdia: basta rezar.
O monge sorriu, e respondeu:
- Aqui, nós acreditamos que Deus já fez a parte Dele; agora cabe a nós continuar o processo.

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