Saber quando refletir ou agir
Uma paciente minha, com problemas de obesidade, disse que estava disposta a a fazer qualquer coisa para curar-se. Pedi que, sempre que tivesse vontade de comer, observasse o sentimento, e não agisse. "Mas eu sinto fome!" respondeu ela. "Exatamente", foi meu comentário. Se conseguir conviver com seu sentimento, observar a fome, deixá-la vir com toda a sua intensidade, sofrer eventualmente – mas não agir – em breve conseguirá atenuar a ansiedade, e saberá ser dona de sua vontade, e não escrava de seus impulsos.
Atuando diante das emoções negativas
Quando nos sentamos em um sofá, ligamos a televisão (que na verdade, é uma maneira de "desligar-se" do mundo). Ou então ficamos extremamente ansiosos, achamos que estamos perdendo tempo, que precisamos telefonar para alguém, fazer ginástica, arrumar a casa. Por que? Porque se ficarmos quietos, toda a onda de emoções reprimidas irá nos atacar, nos deprimir, nos deixar tristes ou culpados. Mas quanto mais nos "ocupamos", mais estas emoções se acumulam, até que um dia corremos o risco de vê-las explodir sem controle.
Sim, todos nós temos nossos problemas, que precisam ser encarados – por que não fazer isso hoje? Parar. Pensar. Eventualmente sofrer um pouco. Mas no final, entender quem somos, o que sentimos, o que estamos fazendo aqui, neste momento – ao invés de querer ficar determinando a Agenda da Vida.
(Stephan Rechtschaffen)*
* Médico e fundador do bem sucedido Omega Institute, em New York.
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