segunda-feira, novembro 29, 2004

Lições para 'o caminho' [Km 046]

Segue abaixo, mais algumas sugestões sobre inteligência financeira. Tenha uma ótima semana. Relaxe! Divirta-se!!
Um grande abraço,

Oacir...


Lição Nº 2: Armadilhas ao tratar de finanças (continuação)

b.) 'Facilidades' do comércio:
- "Suaves prestações" ou "Pagamento facilitado"
Segundo meu amigo Aly Baddauhy Júnior, as quatro maiores criações da humanidade são: o fogo, a roda, a alavanca e os juros compostos. Nas compras à prazo, paga-se pela mercadoria/serviço e também pelos juros (inclusos no valor da compra, ainda que de forma implícita). Por que pagar mais caro por um mesmo produto/serviço ? A atitude mais sensata é conter a ansiedade e poupar até ter o suficiente para pagar à vista. Assim, desembolsaremos menos dinheiro e ainda ganharemos um bom desconto como bônus. Será melhor para a nossa auto estima e para a nossa saúde financeira.

- "Pagamento mínimo" da fatura do cartão de crédito
As taxas praticadas pelas administradoras de cartão de crédito são altíssimas. Nenhuma aplicação financeira (poupança, renda fixa, ações...) tem rendimentos que cheguem perto dessas taxas. Sem contar, o risco disso se tornar um hábito pouco inteligente e de conseqüências desastrosas no médio e longo prazo (efeito 'bola de neve'). Portanto, pagar integralmente a fatura mensal do cartão de crédito e de preferência, até a data de vencimento.

- Cheque pré-datado
Em nenhum outro país do mundo, existe tal forma de pagamento (pelo menos, que eu tenha conhecimento). Segundo meu amigo Aly, trata-se de um 'saque a descoberto' no orçamento pessoal. Um contrato informal, no qual o cliente se compromete a efetuar o pagamento na data combinada (garantia de saldo bancário suficiente para cobertura em data futura). Justamente por ser informal, não se tem nenhuma garantia de que o credor depositará o cheque na data combinada. Outra coisa, é a incerteza se haverá tal recurso disponível para o pagamento do cheque, nesse prazo. Mais uma vez, a 'comodidade' pode trazer consigo, surpresas desagradáveis.
Em último caso, numa emergência, se não houver como abrir mão do pré-datado, anotar no canhoto do cheque, o valor e a data combinada para o seu pagamento (depósito).

- Cheque especial
Para quem possui este 'presentinho' concedido pelo banco, o melhor é esquecê-lo. Lembrar-se de que se trata de um valor que não lhe pertence. Para usá-lo, a pessoa terá de pagar o valor contratado acrescido de juros (bem elevados). Situações de emergência podem ocorrer em nossas vidas, disso não estamos livres. Mas é preciso ter discernimento e disciplina para visualizarmos todas as alternativas disponíveis, afim de resolvermos essas situações de forma consciente e inteligente. O cheque especial pode ser usado quando a emergência limitar-se à poucos dias. Para prazos maiores, há outras opções menos onerosas. É uma questão de bom senso e inteligência.

Observação: o termo 'emergência' foi usado acima, como sinônimo de 'risco de vida'.

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